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Gente de Opinião

Silvio Santos

O nosso teatro é uma autarquia; Rir para não chorar...



Lenha na Fogueira

 

O nosso teatro é uma autarquia; Rir para não chorar... - Gente de OpiniãoO leitor Flávio Daniel Pereira da Silva militante cultural desde os tempos da “revolução”. Me ligou solicitando espaço para publicar um artigo. De imediato disse que era só mandar que a gente publicava. Ontem o tal artigo caiu na minha caixa de e-mail e como havia garantido ao Flávio que publicaria. Estou cumprindo o palavra dada.

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Leiam e comentem o desabafo ou o alerta do Flávio Daniel sobre a pretensão de alguns empresários, com o aval do presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia – ALE em querer transformar o Palácio das Artes Rondônia numa igreja evangélica:

 O nosso teatro é uma autarquia; Rir para não chorar... - Gente de Opinião

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Em nome de Jesus (*)

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“Maurão intermedia uso do teatro em Porto Velho”, assim está estampado neste Diário, na página A4 do caderno Política, de 20/09/2015, onde, na matéria alhures o presidente da Assembléia Legislativa, intermedia o uso do teatro da capital para fins culturais religiosos.

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Só o título da matéria já nota-se que há interesse, explique-se. O presidente do recinto legislativo estadual, com uma tal associação denominada “Homens de Negócio do Evangelho Pleno”, os executivos da fé, tentam, em vão, solicitar ao Governo do Estado que libere o único teatro da capital a fim de que esse também possa servir de espaço para as “manifestações culturais gospel.”

Rir para não chorar. Cumpre lembrar que em 12/03/2014, mediante o Autógrafo de Lei n. 927/2013, o Circo Legislativo Estadual reconhece a música gospel e os eventos a ela relacionados como manifestação cultural. É cediço que os nossos representantes na Assembléia não tenham lá tanto conhecimento ou estudo, mas querer ignorar a Carta Magna deste País já é demais. Pergunto-me o porquê dessa exclusividade a música gospel. Esse apartheid religioso acentua ainda mais a ignorância dos nossos deputados estaduais, mas também que a Assembléia há muito tempo deixou de ser laica, indo de encontro a Lei Maior.

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Felizmente o Governo do Estado vetou o Projeto de Lei, valendo-se para isso da nossa Constituição – alguém sensato! Com a vênia do leitor, impõe-me o dever de explicar o que significa Estado laico, talvez os nossos deputados e seus assessores (leia-se irmãos) não saibam o quê significa. Estado laico é um estado oficialmente neutro em relação às questões religiosas, não apoiando nem opondo-se a nenhuma religião. Todos seus cidadãos devem ser tratados igualmente, não devendo dar preferência a indivíduos de certa religião. E fim de papo. Anotou aí, Maurão?

 

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O mais engraçado nisso tudo é que um dos irmãos que compõe a associação citada, é um ex-promotor da gandaia, da cultura mundana – como os evangélicos referem-se ao carnaval – talvez tenha se “convertido” porque o mundo gospel é mais lucrativo, não tem crise.

 

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O nosso teatro é uma autarquia que não pode ser usado para fim de ganância de um determinado grupo. Vocês têm as igrejas, têm seus próprios eventos, atrações, etc. Deixem o nosso teatro, deixem o nosso povo se divertir, não misturem as coisas.

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Importa lembrar que essa novela já passou uma vez, onde, o pano de fundo foi o saudoso ginásio Cláudio Coutinho. Todo final de semana, religiosamente, havia um evento gospel, deteriorando o espaço e principalmente o piso, que não fora projetado para receber um número maciço de pessoas. Deu no que deu.

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Por fim, esperamos que os nossos representantes deixem de lado suas convicções religiosas na hora de legislar e não esqueçam que a sociedade está atenta no que diz respeito as decisões e interesses da referida Casa.

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A cultura não pode perder mais essa, já basta os MP's da vida meterem o dedo no nosso, quase extinto, carnaval.

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Jesus não cobra o ingresso, o pastor cobra.

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(*) O autor Flávio Daniel - é carnavalesco e funcionário público aposentado.


Crianças serão protagonistas de filme

O nosso teatro é uma autarquia; Rir para não chorar... - Gente de Opinião

Cinema, em qualquer formato, possui uma dimensão inexplicável, feita de sonho. Tanto para quem faz como para quem vê. E para crianças que já se encantaram com filmes de animação que foram sucesso de bilheteria mundo afora, produzir o seu próprio filme sempre parece sonho impossível de ser alcançado. Os filmes produzidos pelos alunos serão projetados durante a 13ª edição do Festcineamazonia que acontecerá de 6 a 10 de outubro no Sesc Esplanada em Porto Velho.

Pois para dezenas de crianças das escolas rondonienses Duque de Caxias, Barão do Solimões e Castelo Branco, sonhar é fazer. Além de aprender a filmar, as crianças também serão as protagonistas dos filmes que elas produzirem. E o passaporte para esse mundo mágico foi a técnica de animação, conhecida como Pixilation. Apesar do nome soar estranho, Pixilation é uma técnica antiga. Usa a animação ‘stop motion’ na qual atores vivos são utilizados e captados quadro a quadro (como fotos), criando uma sequência de animação.

As oficinas foram resultado de uma parceria entre o Festcineamazônia com apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Porto Velho. A idéia é difundir a técnica Pixilation, numa aproximação com a comunidade, usando uma forma lúdica para levar a mensagem ambiental.

Idealizado pelo cineasta e criador do Cineamazonia, José Jurandir da Costa, o projeto prevê a realização de três filmes de animação com a proposta de fomentar a criação de um núcleo de animação no Estado de Rondônia.

O Festcineamazônia 2015 tem o patrocínio do BNDES, Governo Federal, Ministério da Cultura, Secretaria do Audiovisual, Lei Rouanet, apoio cultural da Prefeitura de Porto Velho, Funcultural. Governo de Rondônia através da SEJUCEL, Sesc Rondônia, Iphan. O Festcineamazonia é membro do Greenfilm Network e do Fórum dos Festivais.


Tiago Santos apresenta
Elos do Mau Agouro

Gente de OpiniãoNo Brasil, uma atrocidade acobertada pelo Vaticano tem macabras implicações no passado, presente e futuro. Tal fato nos leva ao íntimo de uma comunidade fechada na Espanha, de onde saem atormentados personagens: um padre, uma noviça e um terrorista do ETA. 

Elos do Mau Agouro é uma trama de terror psicológico com limites tênues entre a ficção e a realidade. Uma saga repleta de sangue e amputações que beira o torture porn, onde a onipresente figura do Diabo é subliminarmente discutida a cada página. 

Na obra, os meandros da perturbação psíquica são traduzidos em bizarras narrativas, entrelaçando a construção de atores cujas ações colocam Deus em xeque. O texto imprime andamento cinematográfico, proporcionando uma imagética torturante ao leitor, situando-os na mente dos personagens. Falamos de canibais, malévolos sacerdotes e membros de sociedades secretas... Todos egressos de masturbatórios experimentos de engenharia social por um fim comum: a morte. 

“Sim! A Morte, que já não mais usava uma foice, pois roubara o tridente do Diabo”. Não tenha vergonha se der razão a quem arranca pernas a machadadas, deixando que outrem sangre até o passamento, pois Elos do Mau Agouro lhe trará conforto. 

Sobre o autor: Tiago Santos-Vieira / Nascido na mitológica Caratinga (MG),  fez implicitamente voto de pobreza ao optar pelo jornalismo, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF - MG). Da miséria, passou à escravidão voluntária, trabalhando com periódicos em São Paulo. Foi seu lapso temporal mais produtivo, com publicações na Rolling Stone, TPM, Riders, Diário de Guarulhos... Esse ciclo se fechou, depois de ter identificado o jornalismo como um extravaso a sua paixão pelas letras. Voltou então à Terra do Nunca, vulgo Caratinga, passando um ano trancafiado num quarto escuro. Quando viu a luz, fora aprovado em um concurso público e estava grávido de um livro. Reside hoje em Brasília, onde, após uma sanguinolenta gestação, pariu Elos do Mau Agouro (Giostri Editora).

Livro: Elos do Mau Agouro

Autor: Tiago Santos-Vieira
Editora: Giostri - SP (www.giostrieditora.com.br)
Gênero: terror psicológico / torture porn  
Público: 
jovem / adulto
Páginas: 152

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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