O surgimento da Banda do Só Vai Quem Quer – I + Lenha na Fogueira

Pouca gente sabe ou se lembra de que o estado de Rondônia foi oficialmente criado no dia 22 de dezembro de 1981, através da Lei Complementar nº 4, sancionada pelo Presidente João Batista de Figueiredo.

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Lembro que naquele dia 22 de dezembro de 1981, pouca gente foi às ruas festejar a transformação do Território Federal de Rondônia em Estado de Rondônia.

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Até porque a maioria de nossas autoridades constituídas se encontrava em Brasília e elas sim festejaram o Ato da Assinatura da Lei pelo Presidente Figueiredo.

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A festa mesmo só aconteceu no dia 4 de janeiro de 1982, quando da Instalação do 23º Estado Brasileiro que aconteceu no hall do Palácio Presidente Vargas com a presença de várias autoridades foi governo federal que deram posse ao 1º governador (nomeado) do estado de Rondônia Coronel Jorge Teixeira que havia sido nomeado no dia 29 de dezembro de 1981.

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Então meus amigos, neste 22 de dezembro de 2019, o Estado de Rondônia está completando 38 anos de existência. Parabéns a todos que de uma maneira ou de outra contribuíram com o progresso do nosso querido rincão.

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Não tem festa, pelo menos não foi anunciada nenhuma solenidade para comemorar a data. A festa mesmo deverá acontecer no dia 4 de janeiro vindouro.

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Logo após o dia 22 de dezembro de 1981, a professora Marise Castiel então carnavalesca da escola de samba Os Pobres do Caiari e o carnavalescos Leônidas O’Carol Chester da escola de samba Os Diplomatas foram convidados, para uma reunião no gabinete do governador e ali o governador Teixeirão sugeriu que as duas escolas, desfilassem no carnaval de 1982, contando a história da transformação do Território Federal de Rondônia em Estado.

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Cada escola apresentaria na avenida um tema, contando a história do Território enquanto a outra contaria o surgimento ou a transformação em Estado.

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Teixeirão também sugeriu que não acontecesse disputa pelo 1º lugar, que fosse apenas uma apresentação conjunta e mais, as duas desfilando praticamente juntas. A que estivesse contando a história do Território abriria os desfiles.

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No sorteio para ver qual o tema de cada escola, a Caiari ficou com a historia do Território: “Adeus Meu Território, Adeus”  e a  Diplomatas  com a Nova Estrela no Azul da União ou “Riquezas de Rondônia”.

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O governo ou o governador, garantiu às duas escolas de samba que bancaria as despesas, o que aconteceu.

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Depois conto como nasceram os sambas enredos das escolas Pobres do Caiari para o carnaval de 1982, que dava Adeus ao Território e as Boas Vindas ao Novo Estado e da Diplomatas “Riquezas de Rondônia”.

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Por falar em enredo, o tal de “Acadêmicos do Cheirim” voltou com força total e deve passar o ano infernizando os torcedores do Rubro Negro. De qual quer maneira, devemos reconhecer que o Flamengo foi guerreiro e lutou até o finalzinho, infelizmente, deu azar! E atrapalhou o faturamento de muitos bares espelhados por esse Brasil afora.

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Agora, só resta esperar o próximo ano chegar e tentar novamente. Só sei que não ‘guento’ mais esse CHEIRIM de quase.

O surgimento da Banda do Só Vai Quem Quer – I

Em 2020, a Banda do Só Vai Quem Quer vai completar 40 desfiles no carnaval de Porto Velho, sempre saindo no sábado de carnaval, que no próximo ano, cairá no dia 22 de fevereiro.

A direção do bloco, que tem a frente a advogada Sicília Andrade – Siça vai promover uma série de eventos, para comemorar a ousadia dos foliões, que tiveram a coragem e enfrentar o poder público e colocar na rua, um Bloco totalmente independente.

HISTÓRIA

Aproveitando a onda dos festejos, resolvemos colocar nossos leitores, a par de como e porque surgiu a idéia de se criar um bloco carnavalesco, sem contar com auxilio de órgãos públicos, desfilando no carnaval de Porto Velho.

Tentaremos contar essa história, através de uma série de artigos que passarão a ser publicados semanalmente, (sempre aos domingos). Nossa pretensão é fazer com que a história dos bastidores da criação da Banda do Só Vai Quem Quer seja conhecida pelos nossos leitores.

A Corte do Rei Momo

A Coordenação Municipal de Turismo - COMTUR era a responsável pelos desfiles de carnaval em Porto Velho, e em janeiro de 1979, convidou o Manelão para ser o Rei Momo 1º e Único. Naquele tempo, nossa turma se reunia aos finais de tarde, no Chaveiro Gold ou então, na Pizzaria Roda Viva de propriedade do Mikael que ficava na Galeria do Ferroviário, na avenida Rogério Weber esquina com a 7 de Setembro; aos sábados, o encontro era no Bar Capivara de propriedade do Wagner Caminha na esquina da Joaquim Nabuco com a Almirante Barroso no bairro Santa Bárbara, quando Wagner entregou o ponto (era alugado), o Cassimiro resolveu toca-lo já que era o proprietário do imóvel.

Alguns da nossa turma vinham do Bloco do Purgatório que havia parado de se apresentar no carnaval de rua, por isso, Manelão colocou na roda, a proposta da prefeitura, para que ele assumisse a Corte como Rei Momo do carnaval de 1979. Colocada em votação, a turma concordou e a Corte foi formada com os seguintes integrantes: Rei Momo Manelão, Tocador de Clarim Moraes, Arauto Ozires Lobo, Bobo da Corte Jurandir Zé Bonitinho, Pierrô Emilzinho, Arlequim Narciso Freire, Tocador de Tarol José Carlos (barabada) e membros Antônio Edson - Nenem e Claudio Carvalho. Silvio Santos apesar de presente, por ter compromisso com a escola de samba “Os Pobres do Caiari”,  não aceitou participar da Corte.

Outra, na Corte do Manelão a Rainha e as Princesas também eram indicadas pela Comissão de Carnaval da COMTUR.

Foi um show de Corte, os jornais (impressos) elogiaram suas apresentações nos clubes e nas “Batalhas de Confete”.

Com o sucesso do carnaval de 1979, quando chegou o mês de janeiro de 1980, Manelão mais uma vez foi convidado para assumir como Rei do Carnaval junto com a equipe da Corte anterior, o que foi aceito e mais uma vez, o sucesso foi grande.

A prefeitura através da COMTUR se responsabilizava pelas despesas da Corte e o contrato para atender seus membros, foi firmado com a RODA VIVA.