Sexta-feira, 10 de abril de 2020 - 09h10
Desde quando me entendo como gente, (lembrando, que nasci, me criei e vivo em Porto Velho), jamais vi uma Sexta Feira Santa ou Sexta Feira da Paixão sem a realização da Procissão do Senhor Morto.
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Coisa que vai acontecer este ano, em virtude da Pandemia provocada pelo Coronavírus.
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Pois é, o arcebispo da arquidiocese de Porto Velho Dom Roque atendendo recomendações da OMS, suspendeu a realização da Procissão do Senhor Morto que aconteceria nesta Sexta Feira da Paixão.
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A Procissão do Senhor Morto, é considerada uma das mais tradicionais entre as celebrações da igreja católica em Porto Velho. Já chegou a ser considerada, como o evento religioso, que mais fiéis reúne ou já reuniu em Porto Velho.
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Isso quando a cidade tinha poucas paróquias: Catedral, Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Nossa Senhora de Fátima.
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Naquele tempo, as comunidades católicas dessas paroquias se deslocavam até a Catedral do Sagrado Coração de Jesus para participar da Procissão do Senhor Morto.
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A Sexta Feira Santa era respeitadíssima por todos os segmentos sociais de Porto Velho, inclusive, as ‘Pensões’ de Mulher Solteira como a Boate Nova Olinda (Maria Eunice), Anita, Tambaqui de Ouro, Madame Elvira e Mãe Preta não funcionavam. Aliás, só abriam após a meia noite (de sexta para sábado de aleluia).
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Era comum a presença das prostitutas na Procissão do Senhor Morto, todas com figurino adequado para a ocasião. O interessante, era que as madames as olhavam meio atravessadas, mas, respeitavam suas presenças.
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Até bem pouco tempo, a Procissão do Senhor Morto realizado pela diocese de Porto Velho, era uma atração, pois, após o cortejo, o pátio da Catedral permanecia cheio de gente.
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Muitos tentando entrar na igreja para fazer orações e outras apenas para ficar conversando com os amigos e amigas, além de degustar as iguarias comercializadas por integrantes das diversas “Irmandades” ligadas à Paróquia.
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Hoje, de acordo com nota assinada por Dom Roque, as celebrações serão restritas a no máximo cinco pessoas, incluindo o celebrante.
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Os ritos relativos a Sexta Feira da Paixão serão transmitidos através das redes sociais e rádio Caiari.
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Essas normas sevem também para as celebrações relativa ao Domingo de Pascoa. Não haverá a tradicional Missa do Galo (presencial) é tudo pelas plataformas digitais.
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De qualquer maneira, devemos nos concentrar nas orações, pedindo a Nosso Senhor Jesus Cristo que interceda junto ao Seu Pai, pelo fim da Pandemia provocada pelo Coronavírus.
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Não esqueça de lavar as mãos com água e sabão, se precisar sair, use máscara e não esqueça do álcool em gel.
Simone Norberto lança livro sobre Nazaré, neste sábado
O resultado de uma longa pesquisa realizada durante o mestrado em Letras, com foco na comunidade de Nazaré e suas manifestações culturais, será disponibilizado em formato de livro. A obra Mito e Identidade em Nazaré-RO, uma leitura pós-colonial das manifestações culturais de uma comunidade ribeirinha, de Simone Norberto, será lançada virtualmente neste sábado, durante uma live organizada pelo grupo musical Minha Raízes, um dos inspiradores do estudo.
A dissertação, defendida na Universidade Federal de Rondônia (Unir), sob a orientação de Miguel Nenevé, foi agraciada com o prêmio de dez mil reais do Edital de Literatura da Sejucel – Governo do Estado de Rondônia para editar a obra, que a partir de agora será distribuída para a população. “Para mim é muito importante difundir essa rica e importante cultura ribeirinha, o que não seria possível sem a instituição de uma política pública justa de apoio às produções culturais”, disse a autora sobre o edital.
Simone Norberto conta que a dissertação obteve nota dez na banca e já foi apresentada em diversos eventos acadêmicos nacionais e internacionais, como na Universidade da Pensilvânia (EUA) e Universidade de Macau (China). “Foram ótimas experiências, que despertaram bastante interesse, porém não queria que ficasse restrito ao mundo acadêmico, pois o livro revela histórias incríveis dos narradores de Nazaré”, destacou.
A obra, editada pela Temática Editora, tem projeto gráfico de Rogério Mota, ilustrações do artista plástico Flávio Dutka e revisão final de Abel Sidney. Será disponibilizada em PDF ao grande público para que todos tenham acesso. “Planejávamos fazer um lançamento presencial, porém, diante do advento da pandemia do coronavírus, optamos por um formato virtual, para que todos possam ter acesso, sem precisar sair de casa”, explicou Simone.
Tema
A questão inicial que se apresentou como motivadora para a pesquisa foi como se dava a comunicação da população ribeirinha de Nazaré, mediada pela narrativa mítica, e a partir dela identificar e explorar sob uma perspectiva pós-colonial usos e costumes presentes na comunidade de Nazaré, por meio das histórias e memórias do povo. Desta forma, foi possível contribuir para a preservação e valorização da cultura local, dando empoderamento ao ribeirinho, o que significa descolonização.
Essa identidade, em dado momento, também foi ressimbolizada por meio do estudo da produção artística do grupo Minhas Raízes, mecanismo comprovado diante da forte presença de elementos simbólicos, que podem facilmente ser lido, ouvido e sentido em seus “poemas musicados”.
Como as canções do grupo Minhas Raízes estão repletas de temas e motivos sobre mitos ribeirinhos, se tornaram ponte para a conexão com a comunidade. A partir de narrativas sobre os mitos, se buscou se identificar visões e atitudes de mundo, relações humanas e políticas, além dos componentes culturais e simbólicos presentes na(s) identidade(s) dos moradores de Nazaré.
Nazaré Encantada
A dissertação também resultou em um documentário, o Nazaré Encantada, já exibido em diversos eventos. A diretora destaca a pré-estreia, ocorrida durante o festival de Nazaré, com um momento especial, no qual a comunidade ficou emocionada ao se ver na tela. “Para nós foi uma grande satisfação assistir aos nossos depoimentos. É um trabalho digno para a comunidade. Você usou a sua teoria e o seu respeito para com o nosso povo para levar a nossa voz para o mundo”, agradeceu seu Venâncio, um dos narradores retratados no documentário e agora eternizado no livro. O documentário tem trilha sonora do Minhas Raízes, por isso é para autora tão importante fazer o lançamento no evento virtual do grupo.
Rádio Falante da Escola Orlando Freire completa uma década
No dia 10 de abril de 2010 entrava no "ar" em caráter experimental a Rádio Falante Orlando Freire. O projeto ficou um mês em fase de teste, definindo qual o seguimento que a “emissora” seguiria. Nesse tempo os coordenadores ficaram qualificando os alunos e os técnicos que iriam atuar no projeto. Quando o seguimento foi aprovado a rádio entrou no ar, trazendo uma proposta diferente, não só com músicas e recadinhos, mas agregando notícias, informações e incentivo ao hábito da leitura. Priorizando entrevistas com pessoas ligadas ao meio cultural e educacional.
A primeira equipe da rádio foi formada pelo idealizador e coordenador do projeto professor Reinaldo Ramos das Neves, pelas alunas Anne Nascimento (locutora) e Camila (operadora de áudio). Depois juntaram-se ao time o coordenador-técnico professor Alcemir Ribeiro e a professora Suely Souza. Quem implantou o projeto na escola foram as gestoras Olinda Lacerda Monteiro (diretora) e Valda Nogueira (vice-diretora).
Ao longo desse tempo o projeto já recebeu vários prêmios, inclusive, voto de louvor da Câmara Municipal de PVH e da Assembleia Legislativa de RO e foi divulgado em diversos veículos de comunicação em Rondônia e em nível nacional. No decorrer dessa década a equipe do projeto adquiriu um estilo próprio e eficiente, sempre trabalhando com confiança e criatividade no meio educacional e cultural. Hoje a rádio faz a diferença, e se orgulha do pioneirismo de ter o seu caminho próprio no seguimento de rádio escolar.
Colhendo frutos
A equipe da rádio trabalha sempre no sentido de aprimorar e oferecer opções de vanguarda aos alunos, a comunidade escolar e ao entorno. O orgulho maior da equipe "Falante" e dos demais atores do cotidiano escolar, é do projeto ser bem sucedido no campo da educação e da cultura: sendo tema de TCC do curso de jornalismo da UNIRON e de pós-graduação da Faculdade Católica / RO. Além de ser destaque nacional no Portal do MEC, e em duas matérias vinculada em nível nacional pela Rede Globo (jornal Hoje e Programa "Como Será?", apoiado pelo então projeto Amigos da escola.
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