Domingo, 10 de maio de 2015 - 08h55
A noite de sexta feira 08 foi super especial para os apreciadores da história de Porto Velho. A Funcultural promoveu na biblioteca Francisco Meirelles o lançamento do livro “Porto Velho cidade centenária, Porto Entrevisto”, de autoria do jornalista escritor Renato Menghi.
Das doze pessoas cujas entrevistas compõem o livro, apenas duas não compareceram à solenidade, o poeta Antônio Cândido que mandou avisar que não estava se sentindo bem de saúde e o empresário Ismael Camurça que mandou sua filha Cristiane representá-lo.
O clima de sarau logo tomou corpo, pois os convidados eram recebidos por uma dupla de músicos cantores, interpretando ótimas canções, enquanto na parede transformada em telão, cenas da cidade de Porto Velho eram reproduzidas. “Fotos o tempo do inicio da cidade até os dias atuais nos fazia lembrar o tempo de infância e adolescência”.
O jornalista José Gadelha assumiu o púlpito como cerimonialista e convidou os co-autores (os entrevistados) do livro, a tomarem acento na mesa localizada no palco e assim foram sentando Dom Moacyr Grechi, Pastor Joel Holder, Euro Tourinho, Adaídes Batista – Dada, Abnael Machado de Lima, Yedda Borzacov, Ivaneide Bandeira, Dante Ribeiro da Fonseca, Silvio Santos – Zekatraca, Cristiane Camurça e Anísio Gorayeb – Anizinho.
Discursos
O autor do livro Renato Menghi foi o primeiro a usar a palavra e ao tempo que agradeceu os entrevistados, pediu que os mesmos não se alongassem muito em seus discursos. “Sinto-me privilegiado por ter tido a oportunidade de montar esse livro com a parceria dessas pessoas que são na realidade, a verdadeira história da nossa querida Porto Velho”, disse Menghi. Depois cada um passou a lembrar trechos da entrevista e de como ficou satisfeito com o convite do Renato para participar do livro do Centenário de Porto Velho. “Não vou falar muito porque todos aqui conhecem a minha trajetória de vida, porém tenho que dizer, que no meu tempo de juventude quase não tínhamos escritores em nossa cidade e hoje estou sentado ao lado de vários, alguns inclusive, membros da Academia Rondoniense de Letras isso é ótimo para todos nós”, disse Euro Tourinho. Dom Moacir lembrou de como veio para no Acre e depois Porto Velho. “Demorei a aceitar a designação do Papa para assumir como arcebispo de Porto Velho em virtude do meu envolvimento com o povo acriano, porém quando aceitei, tomei a decisão de me dedicar a Porto Velho e fiquei três anos sem retornar ao Acre”. Pastor Joel lembrou da localização da primeira igreja Assembléia de Deus construída em Porto Velho. “A igreja ficava onde hoje é o Shopping Cidadão e era um casarão de madeira”.
Platéia emocionada
A cada lembrança de parte da história de cada um, notava-se no semblante da platéia que parcialmente lotou o auditório da Francisco Meirelles sorrisos de felicidade. “Passaria a noite aqui ouvindo essas histórias”, disse o Gerente de Cultura da Funcultural Flávio. As histórias continuaram desta feita, com o professor Dante Ribeiro se dizendo bastante gratificado por ter sido selecionado pelo Renato Menghi para fazer parte do livro. “Acho que nesta mesa sou o mais jovem em se tratando de vivencia na história da cidade de Porto Velho, mesmo assim, espero agradar aos que lerem minha entrevista”. A professor Yedda Borzacov lembrou a relação do patrono da biblioteca, Francisco Meirelles com sua família assim como lembrou do seu pai Dr. Ary Tupinambá Pena Pinheiro. Abnael Machado de Lima é a história viva da nossa cidade, pois em sua entrevista conta que seu pai quando vinha do seringal para fazer negócios em Santo Antonio do Madeira parava na “choupana do Velho Pimentel”. A sorte foi que o Antônio Cândido não marcou presença, se não com certeza, a polemica sobre a existência do Velho Pimentel teria voltado à cena. Cristiane Camurça leu uma carta escrita pelo seu Pai Ismael agradecendo ao escritor e lembrando alguns momentos vividos com algumas das pessoas que ali estavam. Ivaneide Bandeira a mais ferrenha defensoras dos povos indígenas em Rondônia e talvez no Brasil e no mundo, disse que ficou surpresa quando o Renato chegou no escritório da Kanindé dizendo que ia entrevista-la. “Na realidade a surpresa foi porque poucas pessoas de Rondônia nos procuram, pois sou muito mais conhecida fora da minha cidade e até do Brasil” disse Neidinha que na entrevista postada no livro, prefere falar da sua história como atriz, pintora (artista plástica) e dos movimento culturais dos quais participou em décadas passadas.
Silvio Santos começou agradecendo a Deus por estar participando de uma mesa com tantos intelectuais. “Eu que tinha tudo para ser um marginal e que graças Deus consegui me livrar das armadilhas da vida”. Finalizando os discurso, o Jornalista Anizinho Gorayeb falou da sua luta pela divulgação da história de Rondônia em especial a de Porto Velho.
Depois de tudo isso, nada melhor do que degustar os maravilhosos salgadinhos e sucos naturais, servido pela Funcultural.
Se você quer uma exemplar do livro “Porto Velho cidade centenário, Porto Entrevisto” solicita ao Renato Menghi na assessoria de comunicação do gabinete do prefeito de Porto Velho no palácio Tancredo Neves.
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