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Silvio Santos

Sem repasse, grupos folclóricos não se apresentarão no Flor do Maracujá


Comunidade no Sertão substitui Maracujá

Em reunião realizada na noite da última segunda feira 16, na sede da Federação de Grupos de Quadrilhas e Bois Bumbás de Rondônia – Federon ficou decido pela maioria absoluta, que as disputas entre os grupos folclóricos de dança Quadrilha e Bois Bumbás, vão acontecer entre os dias 27 de junho e 6 de julho no “Arraial Comunidade no Sertão” que também é conhecido como “Arraial do Fernandão”. A pauta era para discutir o Regulamento das apresentações no “Comunidade”, porém, a direção do bumbá Corre Campo solicitou ao presidente Fernando Rocha que informasse, sobre o andamento das conversas com a Superintendência de Cultura – Secel sobre apoio financeiro aos grupos. “A Secel publicou chamamento público, convocando entidades sem fins lucrativos para a montagem da estrutura de iluminação, som, arquibancadas e camarotes. Quanto a repasse para os grupos folclóricos, o que sabemos é que oficialmente, ou seja, o governo não vai fazer, até porque não pode, em virtude daquela ação do Tribunal de Contas”, disse Fernando prosseguindo, “Vamos esquecer o Flor do Maracujá”.

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O tesoureiro da Federon Severino Castro que também é presidente da quadrilha Rádio Farol, consultado sobre o assunto, declarou: “Já discutimos esse assunto em reunião e todos nós, não sei se vocês se lembram, foram unânimes em concordar de que só iremos dançar no Flor do Maracujá deste ano (2014), se o governo fizer o repasse dos R$ 300 Mil dos arraiais passados e mais Hum Milhão para a gente dançar este ano”.

Diante disso, ficou decidido que a disputa vai acontecer mesmo durante o Arraial “Comunidade no Sertão”. O Regulamento, em virtude do avançado da hora, ficou para ser discutido e aprovado na reunião da próxima segunda feira dia 23, no Teatro Banzeiros as 18h30.

Cumprindo convenio assinado com a prefeitura de Porto Velho via Funcultural e Grupo Diz Farsa, os grupos folclóricos se apresentam até domingo no Arraiá Leste.

A partir desta quarta feira 18, os Bois Bumbás Tira Teima, Marronzinho e Manhoso, serão as grandes atrações do arraial promovido pelo Maicom no Campo JK na Zona Leste. As apresentações folclóricas começam as 21h00.




 

Lenha na Fogueira

 

Agora é pra valer, disseram os dirigentes de grupos folclóricos: Ninguém vai se apresentar no Arraial Flor do Maracujá se o governo não fizer repasse financeiro antecipado.

Sem repasse, grupos folclóricos não se apresentarão no Flor do Maracujá  - Gente de Opinião

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Se o ouvido não me nega, tenho a impressão que já ouvi essa frase outras vezes. Ano passado foi a mesma coisa, em todas as reuniões da Federon, os grupos diziam que não iriam se apresentar no Flor do Maracujá caso não houvesse repasse. Até que...

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...A secretária Eluane compareceu com sua “tropa de choque” numa reunião e todo mundo baixou a crista e até assinou um documento se comprometendo a ir dançar no Arraial e mesmo os grupos tendo conseguido mais de R$ 200 Mil em emendas parlamentares, o dinheiro não foi repassado.Gente de Opinião

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Na época o grande aliada da Secretária Eluane foi justamente o presidente da Rádio Farol, que convenceu os grupos a se apresentarem no Flor do Maracujá 2013.

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Agora, o mesmo presidente da Rádio Farol é quem está liderando o “Movimento não vai ter dança folclórica do Flor do Maracujá”.

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Isso quer dizer que o Movimento está muito forte, pois a Rádio Farol é a quadrilha referencia de todos os grupos folclóricos de Porto Velho. Eles influenciaram inclusive na mudança do jeito de se dançar quadrilha.

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Se a Rádio Farol não vai, ninguém vai. É tipo aquela música: “Aonde a vaca vai, o boi vai Atrás”.

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Quanto aos Bois Bumbás, parece que acontecerão apenas apresentações no Arraial Comunidade no Sertão. A decisão se vai acontecer a disputa ficou para ser discutida na reunião da próxima segunda feira dia 23, no Teatro Banzeiros.

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Os dirigentes dos bois Diamante Negro e Az de Ouro alegam que o tempo é muito curto para a confecção de cenários e alegorias. Pois de acordo com tabela de apresentação. O Diamante Negro vai se apresentar no dia 3 de julho, o Corre Campo no dia 4 e o Az de Ouro no dia 5.

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Como a segunda parcela do convenio da prefeitura só deve estar na conta dos grupos, provavelmente sexta feira dia 27, justamente no dia da abertura do Arraial, fica muito difícil a montagem dos cenários. Até porque as apresentações dos bumbás devem começar a partir do dia 30 de junho.

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Por via das dúvidas, os grupos de Bois Bumbás estão ensaiando a todo vapor; Corre Campo no morro do Triângulo na quadra ao lado do campo de futebol.

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Az de Ouro na Toca da Águia no bairro São João Batista, Diamante Negro no Cedel em frente a COE.

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Boi Vencedor ensaia no Ferro Velho do bairro Boa Esperança o Marronzinho na Vila Tupi e o Tira Teima em sua sede no bairro Ulisses Guimarães.

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É como diz o ditado: “Se queres vencer a guerra te prepara para a batalha”. A batalha entre os Bois Bumbá em Porto Velho é uma verdadeira guerra, principalmente entre os grupos Diamante Negro, Az de Ouro e Corre Campo.

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Tem mais um agravante com o Arraial Comunidade no Sertão, é o carnaval dos blocos de trio elétrico que começa justamente no dia 2 de julho com o desfile do Bloco Êxtase.

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No dia da apresentação do Diamante Negro 3 de julho, desfile o Galo da Meia Noite.

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No dia da apresentação do Corre Campo quem desfila é o bloco Us Dy Phora que fica no reduto do boi o bairro do Areal,

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O Az de Ouro está previsto para desfilar justamente no sábado dia 5, data do desfile da Banda do Vai Quem Quer. O presidente Silferney Silva solicitou a transferência da apresentação do seu grupo para domingo dia 6. “Mesmo assim ainda estarei de ressaca da Banda do Vai Quem Quer”, disse.



 

Teatro Guaporé será entregue
com clássico de Nelson Rodrigues

Sem repasse, grupos folclóricos não se apresentarão no Flor do Maracujá  - Gente de OpiniãoO Teatro O Guaporé, com 236 lugares – integrante do Teatro Estadual Palácio das Artes – será entregue ao público na próxima sexta-feira, 20, com a apresentação da peça “A Falecida”,  um texto de Nelson Rodrigues, com montagem da Companhia Paulista das Artes que trabalha com pesquisa de textos do autor carioca, fanático por futebol,  e que tem Lucélia Santos, Walter Breda e Eduardo Silva e grande elenco.

Por suas referências ao futebol, o texto foi escolhido pelo governo federal para circular nas cidades sedes da Copa do Mundo de Futebol, mas o governo estadual pediu à ministra Marta Suplicy e o espetáculo será visto também pelo público rondoniense.

O Palácio das Artes – sala com capacidade para receber cerca de mil pessoas, será entregue à população em data oportuna, pois ainda se encontra em fase de ajustes técnicos de equipamentos e finalização de obras. Com a conclusão, a sala estará apta para apresentação de brandes produções nacionais e locais.

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Apresentação

Sobre as apresentações, a superintendente estadual de cultura, Eluane Martins, lembra que no dia 20 será fechada para convidados. “Para as apresentações dos dias 21 e 22 os ingressos serão distribuídos gratuitamente e deverão ser retirados uma hora antes das apresentações na bilheteria do teatro”.

Para o governador Confúcio Moura, o Teatro O Guaporé será entregue à população que aguardava ansiosamente pelo espaço. “O Guaporé é uma sala com 236 lugares e será uma pré-estreia do grande ato final que será a entrega do Palácio das Artes, que será inaugurado em breve”.

Rumo ao futuro

Suely Rodrigues, atriz, diretora artística do grupo de teatro rondoniense Raízes do Porto, pernambucana de nascimento, mas que há 23 anos está radicada em Rondônia, tendo escrito e dirigido espetáculos de grande sucesso como os infantis “Minhoca na Cabeça”, “Saltimbancos” e “Avoar” e os adultos “Frei Molambo”, “Eu, vocês e Eles” e “Confidências de um espermatozoide careca”, está entusiasmada com a inauguração do teatro estadual.

Para ela, esta obra é “um passo que Rondônia está dando em relação a cultura, e ao futuro”, especialmente pelo Estado ter progredido e crescido consideravelmente em relação a todos os outros estados da Federação, “ter um teatro estadual é muito importante”, salienta a diretora pois este “teatro tem espaço com capacidade que pode receber produções de qualidade e produções que não chegavam aqui devido a estrutura que não havia”.

“Todas as pessoas que vem ao nosso estado em busca de algo diferente, vão poder ver produções locais que vão crescer dentro de um  processo diferenciado”, afirma a diretora, pois tendo este espaço disponível vai possibilitar ao artista que ele “possa sonhar, ‘viajar’ e fazer grandes produções, mostrando os artistas que nós temos, que são pessoas altamente capazes”.

Produção vai melhorar

O teatro estadual vai proporcionar o engrandecimento das produções, afirma Suely Rodrigues, pois haverá a oportunidade de mostrar “o talento que os cenógrafos, diretores, os atores daqui possuem para todo o Brasil”. Para ela, esta projeção de Rondônia já deveria ter ocorrido há muito tempo.

Como representante do grupo teatral Raízes do Porto, Suely participou de todo o princípio da obra desde “o lançamento da pedra fundamental, dos abandonos, dos protestos… e hoje a gente pode dizer que está com o teatro pronto para receber o público”.

Intercâmbio

“A partir de agora, afirma, será possível mostrar as nossas produções e também para fazer uma troca. Trazer as produções de fora e levar as nossas produções para outros espaços no Brasil, desta forma realizar uma espécie de permuta cultural que vai fazer o artista crescer e ajudar a formar um público que seja constante, que seja contínuo e que tenha acesso a este tipo de cultura”, assinala Suely.

Sobre a criação de uma Fundação para administrar o teatro, Suely acha um bom caminho:  “É uma forma de captar recursos, de fazer parcerias com instituições, com empresas privadas”,  diz. Segundo ela, esse modelo elimina a total dependência  da verba governamental para administrar.

Estreia com Nelson Rodrigues

A Falecida, foi considerada um marco na obra de Nelson Rodrigues. Pela primeira vez o autor aproveitou sua experiência na coluna de contos “A vida como ela é…” para retratar o típico subúrbio carioca, com suas gírias e discussões existenciais.

Os personagens não representam mais arquétipos nem revelam alguma parte escusa da alma dos brasileiros. O que Nelson Rodrigues mostra agora é o cotidiano vulgar dos brasileiros. A falta de dinheiro, as doenças, o dedo no nariz das crianças, as pernas cabeludas de uma mulher, as cartomantes picaretas e o lado mais grosseiro da vida serão presenças constantes em suas peças daqui para frente.
 

Fonte
Texto: Geovani Berno
Fotos: Marcos Freire
Decom - Governo de Rondônia

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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