Quarta-feira, 28 de dezembro de 2016 - 00h01
Lenha na Fogueira
Graças ao professor Edinaldo de Freitas, o dia do centenário da morte do poeta Vespasiano Ramos não passou em branco.
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Edinaldo reuniu no cemitério dos Inocentes, alguns alunos da UNIR e outros estabelecimentos de ensino e pessoas ligadas à história do poeta maranhense falecido em Porto Velho, no que ele denominou de “Um dia de poesia”.
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Na oportunidade, os jovens declamaram poemas de Vespasiano Ramos como: POBRE AMOR.
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Quando de ti me afastaram, Que sentimento! Que dor! Sei que meus olhos choraram, Quando de ti me afastaram. Pobre amor!
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Tu surpreendeste, cantando, Meu coração, ao luar! Lembro-me bem que foi quando. Eu vinha desabrochando, Para amar!
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E é grande fatalidade, Sem lenitivos à dor, Não seres minha, é verdade, É grande fatalidade, Pobre amor!
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Tua lembrança, formosa, Mil desenganos me traz: Nunca mais, alma ditosa, Para os teus braços, formosa, Nunca mais!
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O sonho de minha vida, Pobre de mim, sonhador! Toda esperança é perdida, O sonho de minha vida. Pobre amor!
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Pudesse esta alma, pudesse, Esquecendo-te, viver, Se um outro amor lhe viesse, Talvez esta alma pudesse te esquecer!
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Esquecer! Desiludida, De te esquecer, linda flor, Eu tenho esta alma perdida, O sonho de minha vida, Pobre amor!
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No mês de junho passado , o governo do estado através da Setur leia-se iniciativa do superintendente Júlio Olivar, recuperou o túmulo de Vespasiano Ramos transformando num local próprio para ser visitado por pesquisadores, estudantes e curiosos.
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Júlio inclusive está finalizando um livro com a história de Vespasiano Ramos. Em 1984 por ocasião do centenário de nascimento do poeta, o governo do estado leia-se por iniciativa da professora Yedda Bozarcov reeditou o livro “Coisa Alguma” única obra de Vespasiano Ramos em livro.
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O que queremos dizer, é que o autor do poema “Cristo”, jamais foi desprezado pelas autoridades de Rondônia. O que está faltando são as escolas trabalharem juto aos alunos a obra de Vespasiano.
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A cultura, em especial a literatura rondoniense e em especial a de Porto Velho, agradecem ao professor Edinaldo Freitas pela iniciativa.
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Por falar em poeta. sexta feira 30 Ernesto Melo o Poeta da Cidade, vai promover no Mercado Cultural a partir das 21 horas o 1° Grito de Carnaval 2017.
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Segundo o cartaz ai embaixo, o repertório será apenas com marchinhas tradicionais.
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Vai ser “A Fina Flor das Marchinhas Carnavalescas”. Os foliões estão se organizando para comparecer fantasiado. Querendo dizer: “Com pandeiro ou sem pandeiro. Ô ô ô eu brinco. Com dinheiro ou sem dinheiro, Ô, ô, ô eu brinco”
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O melhor desse carnaval é justamente esse, a entrada é franca já que é carnaval de rua, apesar de ser parado. Colaboram com os músicos, quem quer e quiser, não é obrigado. Ernesto Melo como acontece toda sexta feira na Fina Flor do Samba com certeza vai correr a “caixinha”.
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O carnaval do Ernesto Melo no Mercado Cultural servirá de esquenta para o desfile do bloco Mistura Fina, que vai acontecer sábado dia 31, a partir das 17 horas saindo do Bar do Antônio Chulé.
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É o adeus ao ano velho!
Vespasiano Ramos cem de saudades
Com uma singela manifestação na última segunda feira 26, no cemitério dos Inocentes em Porto Velho, estudantes da Unir lembraram o centenário da morte do poeta Vespasiano Ramos (1884-1916).
O jornal Diário de Caxias do Maranhão publicou a seguinte matéria na última segunda feira dia 26 sobre o centenário da morte do poeta.
100 de morte do poeta caxiense
Nascido em 13 de agosto de 1884 em Caxias, no Largo da Igreja São Benedito, onde hoje há uma praça com seu nome. Morreu em Porto Velho, Rondônia, em 26 de dezembro de 1916, com 32 anos. Está sepultado no Cemitério dos Inocentes, naquela cidade. Joaquim Vespasiano Ramos teve origem simples. Era filho de Antônio Lúcio Ramos e Leonília Caldas Ramos.
Segundo o escritor maranhense Walfredo Machado, Vespasiano Ramos “começou a trabalhar no comércio como caixeiro, aos 13 anos, interessado pelos estudos. Ele aprendia sozinho, sem professor, a um canto da loja, nos momentos de folga, escrevendo versos em papel de embrulho”.
Vespasiano, na busca constante do saber, viajou bastante. Levou seu conhecimento a outros locais do Brasil. Percorreu quase toda a Região Norte e também o Sul brasileiro propagando suas ideias e aumentando seu repertório. As pessoas da época tiveram acesso a seu material poético através de publicações em jornais e revistas. Em Rondônia ele foi o pioneiro, considerado o homem que implantou a literatura no Estado.
O caxiense parecia dedicar todo seu tempo à poesia. No começo do século fez parte de um grupo que reunia intelectuais. Entre eles estavam Joaquim Luz e Alfredo de Assis Castro. Nesse período surgiu o jornal chamado “A Mocidade”. Outros periódicos foram lançados em Caxias como “O Zéphiro”, “O Mensageiro”, “Jornal do Comércio”, “O Sabiá” e o “Correio do Sertão”. Em todos havia versos de um poeta chamado Djalma de Jesus. Era um dos mais famosos pseudônimos de Vespasiano Ramos.
A cidade de Belém do Pará foi o lugar em que viveu por longo período. Além dele, autores do porte de Humberto de Campos também se dirigiram para lá. Muitos poetas acreditam que Vespasiano era atormentado por um amor que não lhe dava retorno. Uma paixão sem esperança. A poesia era uma espécie de compensação para essa decepção.
Quando teve conhecimento das publicações de “Carvalho Guimarães” e “Sombra Pagã”, Vespasiano resolveu retornar para o Maranhão. Foi para São Luís onde morava seu irmão, o também poeta Heráclito Ramos. Ele contava com o irmão para custear as despesas no Rio de Janeiro e a publicação de “Cousa Alguma”. Ele conseguiu não só o apoio de Heráclito como também a sua presença nessa maratona. O livro “Cousa Alguma” tornou-se realidade em 1916 graças à ajuda do editor Jacintho Ribeiro dos Santos. Foram impressos mil exemplares.
O escritor deixou um registro que precisa ser mais buscado e divulgado. Alguns pesquisadores, intelectuais e professores fazem isso. Um trabalho fundamental para os estudantes caxienses e de outros estados. E todos que gostam e de poesia.
Em 100 anos pouco foi feito para prestigiar o poeta caxiense. A praça que recebe seu nome em Caxias é uma homenagem à sua memória. Mais pode ser feito. Ler sua obra, buscar entender seu pensar e seu tempo, é indispensável.
Ao Cristo
Ó Sombra!
Ó Essência!
Ó Espírito
Ó Bondade!
Soberano de todos os soberanos,
Esperança dos míseros humanos,
Jesus – Misericórdia e Caridade;
Cristo – Amor
Cristo – Luz
Cristo – Piedade!
Divino apagador dos desenganos
Tú que foste há quase dois mil anos,
Sacrificado pela Humanidade,
Prometeste voltar! Não voltes Cristo:
Serás preso, de novo, às horas mudas,
Depois de novos e divinos atos,
Porque, na terra, deu-se apenas, isto:
Multiplicou-se o número de Judas
...E vai crescendo a prole de Pilatos.
CRUEL
Ah, se as dores que eu sinto ela sentisse,
se as lágrimas que eu choro ela chorasse;
talvez nunca um momento me negasse
tudo que eu desejasse e lhe pedisse!
Talvez a todo instante consentisse
minha boca beijar a sua face,
se o caminho que eu tomo ela tomasse,
se o calvário que eu subo ela subisse!
Se o desejo que eu tenho ela tivesse,
se os meus sonhos de amor ela sonhasse,
aos meus rogos talvez não se opusesse!
Talvez nunca negasse o que eu pedisse,
se as lágrimas que eu choro ela chorasse
e se as dores que eu sinto ela sentisse! . . .
SONETO
( fatalidade )
Desde esse instante, sem cessar, maldigo,
aquele instante de felicidade!
Para que tu vieste ter comigo,
meu amor, minha luz, minha saudade?!
Dês que te foste, foram-se contigo
todos os sonhos desta mocidade...
A tua vinda - fora-me um castigo;
a tua volta - uma fatalidade!
Dês que te foste, dentro em mim plantaste
a ânsia infinita dos desesperados
porque voltando, nunca mais voltaste...
Correm-me os dias de aflições, cobertos:
eu entrei para o amor de olhos fechados
e saí para a dor de olhos abertos!
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