Sexta-feira, 23 de julho de 2010 - 07h12
O grupo paraense foi super aplaudido durante e depois de sua apresentação
A lenda da Cobra Norato apresentada pelo grupo de Belém (PA) In Bust Teatro de Bonecos, na noite da última quarta feira 22, dentro da programação do Festival Amazônia Encena na Rua, que está acontecendo na praça das Caixas D’água em Porto Velho, pelo menos até aquela noite, foi o melhor e mais aplaudido espetáculo apresentado no evento promovido pelo grupo de teatro O Imaginário. Aliás, a peça é um “causo” típico do Imaginário Popular da região amazônica, no caso do grupo In Bust acontecido no Rio Guamá. Um espetáculo com texto em formato cordel cantado pelo “cego” Jurandir (Paulo Ricardo) entremeado pelas intervenções da mãe de Honorato vivida pela atriz Marileia Aguiar e a Cobra encarnada pelo ator e bonequeiro Aníbal Pacha. É o seguinte: “Fio de Pão, a Lenda da Cobra Norato” resgata do imaginário popular a história de uma cabocla que, atraída por um cobrão embruxado, dá a luz duas cobras: Norato e Caninana. Os irmãos têm sinas diferentes: Caninana de ser má, enquanto Norato de ter que encontrar alguém que possa desencantá-lo para virar gente. Pois foi em busca desse desencantamento que Norato encontrou a cabocla Guajarina “linda índia paraense, entre todas a mais fina, mas brava que nem onça, acabou com a sua sina”, aí já virado gente, Norato namorou Guajarina e passaram a nadar em noite de lua cheia pela águas do rio Guamá. É o final da peça. Encantada, a platéia invade o espaço, na tentativa de abraçar, de parabenizar de tirar fotografia com os três atores, que realmente proporcionaram o melhor espetáculo até então, do Festival Amazônia Encena na Rua 2010.
Não poderíamos deixar de elogiar também o trabalho do grupo O Imaginário com a peça “Limpador de Placas” um operário que passa o dia limpando placas de rua vivido pelo ator Chicão Santos.
O pessoal de Cuiabá integrantes da Cia Thereza João através da “Locomotiva de Histórias” transformou o público em composição ferroviária e reviveu histórias contadas pelos nossos avós, foi aplaudido calorosamente.
Programação desta sexta feira
Festival de Teatro Amazônia Encena na Rua
19 horas – “O Homem Banda”
Cia UmPédeDois – Porto Alegre (RS)
Quando ao longe se escuta um harmonioso acordeon acompanhado de chocalhos, pratos, bumbos e apitos... Imagina-se que aí vem a banda! E vem mesmo, mas não uma banda comum e sim uma banda inteira orquestrada por um homem só! É ele, Maurolauropaulo quem chega...
20 horas – “Se Ao Menos Eu Pudesse Ver o Sol”
Grupo Sentidos – Porto Velho (RO)
Uma mulher perdida entre seus devaneios e conflitos existenciais em busca da comunhão com Deus, apesar de suas dúvidas.
21 horas – “A Menina e o Palhaço”
Grupo do Palhaço Tenorino – Rio Branco (AC)
Tem alguma coisa errada pairando no fundo do quintal! A menina chora sentindo falta da melhor amiga que se foi deixando saudades e tristezas. Agora só resta brincar sozinha, com suas bonecas de pano, panelas de lata, bonecos de caixa de papelão e garrafas. No meio de tanta solidão surge o Palhaço Tenorino. Um encontro emocionante e divertido que vai mexer com seu coração.
Festival de Dança
- Grupo de Dança Yaporanga. Estilo: Boi-Bumbá
- Cia de Dança Minemônico. Estilo: Hip-Hop
- Cia. De Dança Nara Teixeira. Estilo: Dança Afro e Dança do Ventre Masculina e Feminina
- Cia. De Dança As Meninas do Axé. Estilo: Axé
- Performance da Bailarina Cláudia Regina/AC.
Foi bonito ver integrantes de grupos de vários estados que estão participando do Amazônia Encena na Rua, correndo para abraçar os integrantes do grupo paraense In Bust de Teatro de Bonecos logo após a encenação da Lenda da Cobra Norato.
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Ao meu lado o diretor, autor e ator Júnior Santos do Rio Grande do Norte, assim que a encenação terminou bradou. “Isso é a essência do teatro de rua – Apenas três pessoas encantaram dezenas de expectadores com essa brilhante apresentação”.
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Foi realmente maravilhosa a apresentação do pessoal de Belém.
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A atriz Marileia Aguiar Mãe de Norato e o ator Aníbal Pacha dominaram o espaço apesar do Cego Jurandir vivido, pelo ator Paulo Ricardo não ficar atrás.
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A diferença era que enquanto o Cego contava através da literatura de cordel cantando acompanhado de um violão, Mãe e Filho encarnavam os personagens que iam sendo cantados.
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Aliás, o espetáculo é composto também pela manipulação de bonecos que representam além da Mãe o próprio Norato, mais a Guajarina e o avô de do Cego Jurandir.
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Não teve pra ninguém, os aplausos ecoavam a cada “bocanhada” (escondida de sua mãe) do menino, nas bolachas que deveriam ser distribuída entre o público.
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O sucesso foi tanto, que logo assim que a apresentação terminou, membros de outros grupos se reuniram para combinar que votariam em favor do grupo paraense para integrarem a comitiva que vai participar do encontro de grupos de Teatro de Rua em Brasília. “Esse grupo não pode faltar em Brasília”, era o comentário.
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Por falar em Brasília, tá o maior rebuliço na Federon para se saber qual o grupo que vai representar Rondônia no Festival de Quadrilha que vai acontecer no dia 8 de agosto na capital Federal.
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Rádio Farol, JUABP, Roça é Nossa disputam a preferência das indicadas.
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Acontece que quem indica é a Federon e sendo assim, diz o Severino presidente da Rádio Farol.
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O presidente vai querer mandar a quadrilha dele “Roça é Nossa”.
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Ou então que vai mandar é o tesoureiro presidente da JUABP.
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Na realidade quem deveria ir também nessa embaixada era uma equipe da Secel.
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Porque estamos sugerindo que uma equipe da Secel vá acompanhar o Festival de Brasília.
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Para ver e tomar conhecimento de como se apresentam os grupos de dança de quadrilha dos demais estados brasileiros e aplicar o modelo no Flor do Maracujá em Rondônia.
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Quem deve participar desse festival representando a Secel são funcionários de carreira e não os comissionados. Vai que o governo atual não seja reeleito?
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A turma de comissionados deve não permanecer na secretaria de cultura, daí a sugestão para se enviar funcionários de carreira.
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O estilo de apresentação dos grupos folclóricos no Flor do Maracujá deve ser revisto urgentemente.
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Pois, do jeito que a coisa vai, vamos ver grupos pregando o “evangelho” pelo quesito criatividade.
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Este ano teve até música gospel.
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Isso é falta de criatividade.
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Vamos rever os conceitos do Flor do Maracujá.
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Chega de jurado escolhido nas “coxas”.
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E de muita purpurina nas dançarinas de quadrilha.
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O artigo que o José Monteiro escreveu e que tivemos o prazer de publicar em nossa página está sendo comentado dentro do Ministério da Cultura.
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Assim nos disse o Tatá que se encontra em Brasília participando de encontros de Secretários Municipais de Cultura.
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A página do Zekatraca tem “Poder”!
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Por falar nisso!
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Segunda feira vamos publicar entrevista que fizemos com os diretores da BIA – Biblioteca Integrada da Amazônia.
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João Moura e Leonardo o Argentino.
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Pra quem não sabe a BIA é a entidade que está produzindo o Festival Folclórico de Guajará Mirim conhecido também como “O Duelo da Fronteiro” entre os Bois Flor do Campo e Malhadinho.
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O negócio na Pérola do Mamoré vai ser dos melhores.
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Leiam segunda feira na Página Zekatraca e fique por dentro de como vai acontecer o Duelo da Fronteira que vai acontecer em Guajará Mirim nos dias 13, 14 e 15 de agosto.
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O Argentino vem aí arrebentando a boca do balão.
MERCADO CULTURAL
Grupo Kizomba Axé no Fina Flor
Ernesto Melo através do Projeto “A Fina Flor do Samba”, apresenta a partir das 20h00 de hoje 23, no Mercado Cultural em Porto Velho, show com o Grupo Kizomba Axé.
O Grupo Kizomba Axé foi criado no ano de 1988, ano em que se comemorava o centenário da libertação dos escravos no Brasil. Neste mesmo ano a Escola de Samba Unidos de Vila Isabel sagrava-se campeã do carnaval do Rio, com o tema de enredo Kizomba, a Festa da Raça, criação de Martinho da Vila e samba de enredo de Rodolfo, Jonas e Luiz Carlos da Vila.
O Grupo ganhou maior projeção e seu nome rompeu fronteiras. O toque refinado, o molho, o suingue, a simpatia e a interação com a platéia, cativaram ainda mais o público e os shows passaram a acontecer também fora do município de Porto Velho, como por exemplo, Guajará Mirim, Ji-Paraná, Humaitá, Bolívia, Manaus, Cerejeiras e Ariquemes.
Agora, nesta nova era, a moçada um pouco mais vivida, retoma o caminho e se apresenta no Mercado Cultural, no Projeto a Fina Flor do Samba, prometendo reviver grandes sucessos do passado e também do presente, em um belo show.
MUSICAL
Grupo Madeira no Cesta Musical
O Grupo Madeira formado pelo flautista Eric Botelho, pelo pianista Guilherme Barros, Mauro Araújo no contrabaixo e Junior Lopes na Bateria é a atração na noite de hoje 23, do Projeto Cesta Musical do Sesc. O grupo Madeira começou suas atividades musicais em 2008 como fruto do encontro desses quatro músicos e amigos que vêm trabalhando pela boa música nos palcos da cidade. Em conversa com nossa reportagem, o pianista Guilherme Barros fez o seguinte comentário: O repertório é basicamente constituído de música brasileira e Jazz, não existindo barreiras, pois acreditamos que a música é uma linguagem universal. Nosso som combina a beleza dos ritmos brasileiros com ricas harmonias e improvisos característicos do jazz. A proposta deste trabalho é tocar músicas de compositores consagrados, num estilo próprio e livre, assim como a apresentação de próprias composições.
“O projeto Cesta Musical está voltado para compositores, músicos e intérpretes do Estado de Rondônia, com o objetivo de difundir e fortalecer a produção musical desenvolvida nessa localidade, oferecendo ao artista, espaço e estrutura adequada para apresentações musicais” disse Ceiça Farias complementando. “O formato desse projeto também alcança aos artistas que residem em outros estados e tem um trabalho de referência e qualidade na modalidade música”.
Entrada: Convite (adquirir na seção de cultura no Sesc Esplanada).
Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com
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