Sábado, 8 de dezembro de 2018 - 06h00
Lenha na Fogueira
Que me
desculpem os amigos leitores, mas, hoje, por ser o grande dia da minha vida,
não posso deixar de agradecer a homenagem que a prefeitura de Porto Velho
através da Funcultural, vai me proporcionar a parir das 19h30 de hoje, no
Calçadão Manelão em frente ao Mercado Cultural, dentro do Projeto “Tributo ao
Menestrel”
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A vida
nos reserva muitas surpresas, exemplo: No começo deste ano, exatamente no mês
de janeiro, passei mal, quando estava gozando férias no Rio de Janeiro e tive
que retornar as pressas pra Porto Velho, onde foi diagnosticado problemas no
Coração.
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Graças a
boas amizades, consegui ser submetido o mais rápido possível a um cateterismo,
no qual ficou patente, que deveria ser fazer cirurgia de Ponte de Safena. Em
consequência, fui privado de pela primeira vez, não poder fazer o percurso da
Banda do Vai Quem Quer. Ainda passei o carnaval aqui e até desfilei pela minha
escola de samba Acadêmicos do São João Batista.
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Mais uma
vez fui iluminado por Deus, pois dona Ana Gurgacz se preocupou com o meu estado
de saúde e colocou a minha disposição, o Hospital São Lucas e sua equipe e lá
fui eu para Cascavel no Paraná onde recebi no peito, Três Pontes de Safena,
numa operação coroada de êxito. Obrigado família Gurgacz.
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De volta
a Porto Velho já no mês de maio, voltei ao batente, apesar dos protestos dos
familiares e amigos mais chegado. Minha análise era que, se eu ficasse em casa
o dia todo, com certeza entraria em depressão, então retornei ao trabalho tanto
no governo onde sou funcionário lotado na superintendência de Turismo – SETUR
como aqui neste Diário da Amazônia escrevendo esta coluna.
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Mais uma
vez, sob os protestos dos familiares, resolvi participar da apresentação do meu
boi bumbá Corre Campo no Arraial Flor do Maracujá defendendo o quesito Amo do
Boi.
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Devo
esclarecer, que nem tudo são flores quando se passa por uma cirurgia de safena,
ainda mais que sou diabético. Passei por alguns momentos delicados e graças a
dedicação da minha esposa Ana Santos foram e são superados, pois de vez em
quando, aparece alguma coisa.
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Aí chega
o mês de agosto e a Funcultural cria o Projeto Tributo ao Menestrel e festeja
os 80 anos do meu amigo e parceiro Bainha.
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Na festa
do Bainha, Ocampo me comunicou que o próximo seria eu. Acontece que na festa de
aniversário de Porto Velho dia 2 de outubro, resolveram homenagear o Zezinho
dos Cobras. Acontece que a minha homenagem, já estava programada desde a festa
do Bainha para acontecer no dia do meu aniversário 8 de dezembro. Por isso, o
Zezinho dos Cobras teve sua festa em outubro.
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Apesar de
o Ocampo ter me dito na festa do Bainha que eu seria o próximo sambista, o
martelo só foi batido no mês de novembro passado, então selecionamos o
repertório e a Funcultural contratou os músicos e começou o trabalho de
arranjos e harmonia.
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Confesso
que no dia que me convocaram para a reunião, na qual foi confirmada a
homenagem, fui às lágrimas, emocionado. O reconhecimento em vida, é uma coisa
muito importante para qualquer um. Por isso, aproveito esse espaço, para
agradecer a equipe da Funcultural em especial os meus amigos Ocampo Fernandes,
Altair Lopes – Tatá e o Eudes Claudino.
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Para
completar, tive a inspiração necessária para criar mais uma obra musical o
Samba Enredo para o carnaval de 2019, da escola de samba Acadêmicos do São João
Batista que os entendidos no assunto, dizem que está muito bom.
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Hoje dia
8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição completo 72 anos de idade. A
festa será de responsabilidade da Funcultural através do Projeto Tributo ao
Menestrel Sílvio Santos.
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Parabéns pra mim!
Show em homenagem ao Sílvio Zekatraca Santos
A
prefeitura de Porto Velho via Funcultural, realiza na noite deste sábado a 3ª
edição do Projeto “Tributo ao Menestrel”. Desta feita o homenageado será o
jornalista, compositor e ativista cultural Silvio M. Santos o Zekatraca.
A equipe
comandada pelo presidente Antônio Ocampo Fernandes preparou uma superprodução,
que além das apresentações artísticas, conta com toda a estrutura de palco,
tenda, iluminação artística e banheiros químicos entre outras. “Essa estrutura
será montada no Calçadão Menelão, porém nos preparamos também para o caso de
chover quando o show já estiver começado, então a festa passa a acontecer
dentro do Mercado Cultural”, comunica Ocampo.
O show
está previsto para começar as 19h30 com o desfile das Portas Bandeiras das
escolas de samba com os respectivos pavilhões, encaminhando Sílvio ao palco,
ladeado pelas bandeiras da escola de samba Os Pobres do Caiari e Acadêmicos do
São João Batista, ambas agremiações, contaram com a participação do Menestrel
homenageado em suas fundações. Durante esse desfile, os interpretes de samba
enredo Claudiomar Roca (Bana Split) e Thiago Paiva cantam o samba de Ernesto
Melo “Sílvio Santos, o Menino de São Carlos que se Tornou Zekatraca”.
De acordo
com o diretor musical do show, Silvinho Santos o repertório será todo com
composições do Menestrel homenageado. “Selecionamos músicas do Sílvio compostas
em vários ritmos com Salsa, Bolero, Xote, Baião, Xaxado, Samba de Breque,
Reggae, Samba Romântico, Toada de Boi Bumbá, Marchinhas e é claro Samba
Enredo”, confirma Silvinho.
Alguns
parceiros do compositor, subirão palco como será o caso do Bainha e do Torrado.
Os
convidados especiais são Bado, As Pastoras do Asfaltão, Thiago Paiva e Branco
Moraes e o Zezinho dos Cobras.
Escolas de Samba
A direção
da Federação das Escolas de Samba de Rondônia – Fesec convidou as agremiações
filiadas, para também, prestarem homenagem ao Sílvio Santos apresentando o
Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, Rainha da Bateria e cantando os sambas
de enredo para o próximo carnaval. “Nesse naipe, a escola pode optar por
apresentar apenas o samba de 2018, caso o hino de 2019 ainda não esteja
harmonizado”, disse o presidente Reginaldo Makumbinha. A Fesec também foi a
responsável pela seleção dos ritmistas que irão acompanhar os interpretes das
escolas de samba. “É uma trupe de responsa”, informa Reginaldo.
Segundo
programação da Funcultural, as escolas de samba apresentarão seus sambas a
partir das 22 horas. “Acontece que o show do Sílvio está previsto para ser
realizado em no máximo 2 (duas) horas, quer dizer, termina as 21h30, então
entram as escolas de samba”, disse Makumbinha.
Banda
Base
Silvinho
Santos convidou para fazer parte da banda os músicos: Maestro Alkbal Sodré
(teclados), Louro Rodrigues (cavaco), Catatau (bateria), Etmilson Macedo
(baixo), Thiago Paiva (percussão), Branco Moraes (percussão), Júnior de Castro
Alves (teclado – toada de boi) e Silvinho Santos (direção e violão). “Para a
apresentação dos sambas enredos, cada escola leva o seu cavaquinista”, disse
Silvinho.
Tributo ao Menestrel
O Projeto
Tributo ao Menestrel é uma criação da Funcultural de Porto Velho que tem como
objetivo, valorizar o trabalho dos artistas nascidos ou que residem em Porto
Velho.
Sílvio Santos – Breve biografia
Sílvio
Macedo do Santos nasceu no Distrito de São Carlos do Madeira (RO), na
localidade Santa Terezinha, no dia 8 de dezembro de 1946, filho de Inez de
Macedo dos Santos e José Caminha dos Santos.
Ainda
adolescente, começou a compor músicas em especial as marchinhas de carnaval e
logo se transformou no primeiro compositor de um samba enredo para uma escola
de samba de Porto Velho, no caso a escola “Os Pobres do Caiari”, agremiação da
qual fez parte da fundação em 1964.
Paralela
a atividade musical, Sílvio Santos passa a se envolver com a comunicação, ao
ser contratado em 1958, como office boy do Jornal Alto Madeira.
Em 1960,
ingressa na Sociedade de Cultura Rádio Caiari como seu primeiro sonoplasta e
daí pra frente, não mais parou de atuar nos meios de comunicação de Porto
Velho.
Desde de
junho de 1994 escreve para o jornal Diário da Amazônia a coluna Lenha na
Fogueira.
Sílvio é
um dos fundadores das escolas de samba Os Pobres do Caiari (1964), Mocidade
Independente do KM-1 (1975), Banda do Vai Quem Quer (1981), Escola de Samba
Unidos da Nova Porto Velho (1983), Acadêmicos do São João Batista (2002).
Além de
compositor de samba enredo, é Amo do Boi Bumbá Corre Campo e tem mais de 100
toadas apresentadas ao longo dos anos no Arraial Flor do Maracujá.
Tem
músicas gravadas pelo Zezinho Maranhão, Os Cobras do Forró, Alciréia Calmon,
Jossé, Quinzinho e Jorginho da Mocidade (Rio de Janeiro), Quarteto dos Cobras,
Vivaldo Garcia, Baba, Walfredo Tadeu (da Esquina), Torrado, Bainha, Claudiomar
Roca (Banana Split) e Silvinho Santos entre outros.
Fez samba
enredo para a escola de samba “Praça da Bandeira” de Roraima; Unidos de Rolim
de Moura e Falcões do Planalto também de Rolim de Moura.
Participou
como parceiro de Mazinho da Piedade e Murilo Colares do concurso de Samba
Enredo no ano de 1990, da Escola Portela do Rio de Janeiro.
Em 2019,
a escola de samba Acadêmicos do São João Batista vai cantar o samba de autoria
de Sílvio Santos:
“Meu
Caiari Minha Vida – De Sinhá Moça e a Abolição ao Ceara de Iracema. Por Marize
Castiel, Chagas Neto, Bianor e Cabo Omar”.
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