Um espetáculo chamado Rádio Farol - A CAMPEÃ

A equipe de criatividade da Rádio Fartol, levou o Rio Madeira para a arena do Flor do Maracujá.

Durante toda semana, comentamos e opinamos sobre as apresentações dos grupos folclóricos no XXXIII Arraial Flor do Maracujá, em especial, sobre os grupos de dança de Quadrilha e nas matérias publicadas até domingo, colocamos comentários sobre quem foi o melhor até aquele dia e nos arriscamos em colocar os possíveis vencedores do Festival: A Roça é Nossa, JUABP e a Girassol das Três Marias porém, veio o domingo, a última noite das apresentações e com ele a Quadrilha campeã Rádio Farol (vídeo AQUI) e o tema:

 

Porto Velho, Minha Terra, Minha Vida

O tema foi desenvolvido através de músicas cujas letras são verdadeiros poemas. Logo de inicio o Marcador Leandro Leiras surpreende o público entrando na arena em cima de uma locomotiva e se não bastasse a ousadia, veio declamando a letra da música “Porto Velho, Pra Cima da Divisória” de autoria de Silvio M. Santos vencedora do Festival do concurso melhor música sobre o centenário. Daí pra frente, a cada “gira gira” (termo usado pelos quadrilheiros), um monumento histórico ia sendo destacado, Biblioteca Francisco Meirelles,  Catedral entre outras e os pares se desdobravam para dançar melhor a coreografia.

Chega o momento que realmente fez com que todos nós, seres humanos conscientes, concordássemos que realmente a Rádio Farol seria imbatível na apresentação de 2014. A equipe de criatividade da quadrilha do professor Severino Castro superou todas as expectativas, ao colocar em forma de cenário móvel, o Rio Madeira dentro da arena do Flor do Maracujá. A música do Silvio José Santos – Silvinho cuja letra fala sobre as tantas “Estórias” contadas pelos ribeirinhos a cerca dos encantados do Rio e da Floresta, pegou como uma luva no enredo da Rádio Farol. Caboclos remando suas canoas subiam e desciam o Rio. Quando se pensava que a cena terminaria ali, eis que surge literalmente do fundo do Rio seguindo o Canto da Yara, a Cobra Grande. Quase a arquibancada vai abaixo tanta foi a vibração da platéia.

Para fechar com chave de ouro o espetáculo em homenagem ao centenário de Porto Velho, a Rádio Farol homenageou o general Manelão colocando seu bonecão e tocando o Hino Chegou a Banda. Pode até não ganhar no voto dos jurados, mas, conquistou o voto unânime de quem marcou presença na última noite do Arraial Flor do Maracujá 2014. Parabéns!

Lenha na Fogueira
 

O Flor do Maracujá terminou no último domingo, contabilizando o maior publico de todos os tempos. Ou seja, em seus 33 anos de existência jamais recebeu tanta gente.
 

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Foi o primeiro coordenado pela Federação de Grupos Folclóricos de Rondônia – Federon, graças à indicação do Procurador de Justiça Dr. Evérton Aguiar a quem os folcloristas não cansaram de agradecer durante as 10 noites de apresentações.
 

Cristina foi show como Rainha da Maruja do Az de Ouro

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Por orientação do MP o governo do estado de Rondônia através da Secel apoiou o evento se responsabilizando pela contratação da empresa que instalou a estrutura de Tendas, Arquibancadas, Iluminação e Sonorização.

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Aqui temos que esclarecer uma coisa, muitos criticaram a Federon pela cobrança de ingresso para os Camarotes. Acontece amigos, que os Camarotes ficaram fora da negociação do apoio do governo e por isso, tiveram que ser contratados pela Federação e sendo assim, quem quisesse mais conforto para assistir seu grupo preferido, tinha que pagar ingresso. Já as arquibancadas foram liberadas sem cobrança, por que foram contratadas pela Secel. “Não sei se expliquei direito, só sei que foi assim”.

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O Flor do Maracujá foi sucesso quase em tudo, não aconteceu nenhum registro policial, nenhum “arranca rabo” foi detectado pelos policiais militares, que durante as 10 noites fizeram a segurança do evento.

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Aliás, temos que elogiar o trabalho da Policia Militar de Rondônia, do Corpo de Bombeiros, da SAMUR, da Secretaria Municipal de Saúde, da Vigilância Sanitária (não se teve noticia de que algum alimento comercializado no Arraial fez mal a alguém). Caerd, Eletrobrás, Emdur, Semobe e em especial a Secel e a Funcultural de Porto Velho.

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Elogios maiores para todos os dirigentes dos grupos folclóricos, que nos proporcionaram super e emocionantes espetáculos durante as dez noites do Arraial.

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Como nem tudo é perfeito e ninguém agrada todo mundo. Já dizia Nelson Rodrigues: “A unanimidade é burra”. Algumas coisas falharam ou deixaram a desejar.

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A estrutura de arquibancada e camarotes foi muito pequena para um evento do porte do Maracujá e a culpa foi da Federon que limitou o espaço para a instalação da estrutura.

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Apesar do esforço da VW a sonorização falhou muito. Toda noite e em cada apresentação o som falhava. A iluminação funcionou em parte.

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Tinha hora que ninguém sabia o que os apresentadores estavam narrando, tanto era a interferência na sonorização. Para o ano a Federon tem que exigir mais da empresa que for contratada para fazer a sonorização.

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Funcionou bem mesmo foi a área destinada a concentração dos grupos. Pela primeira vez os brincantes dos grupos não tiveram que trocar de roupa na vista do povo. A quadra do colégio Flora Calheiros serviu de camarim.

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A Federon colocou a disposição de todos os grupos, todas as noites, água mineral, coisa que nunca ocorreu quando o evento era totalmente coordenado pelo governo e estadual. A assistência médica para quem passasse mal após a apresentação era imediata, nota dez pra equipe da SAMUR e Corpo de Bombeiros.
 

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O pelotão da Policia Militar que toda noite prestava segurança, controlou os possíveis BOs sem se utilizar de truculência, até porque não aconteceu nenhum caso grave. Nota Dez para o comandante responsável por aquele pelotão.

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Enfim. O Flor do Maracujá 2014 só não foi melhor porque nada é perfeito. Parabéns a equipe do Denis Carvalho e o pessoal da Federon!

Az de Ouro – O melhor Pajé do Maracujá

O Boi Bumbá Az de Ouro fez boa apresentação na noite do último domingo, no encerramento do XXXIII Arraial Flor do Maracujá. O grupo do bairro Nova Floresta que tem a frente o Silfarney Silva colocou na arena, ótimas personagens: Rainha da Batuca , Porta Estandarte, Rainha do Folclore, Cunhã Poranga, Sinhazinha da Fazenda e Pajé e o grupo de dança que veio da cidade amazonense de Humaitá, foi super aplaudido pelo público que lotou arquibancadas e camarotes.

Entre todas as apresentações dos itens, uma se destacou especialmente, foi o espetáculo proporcionado pelo Pajé, o rapaz sabe trabalhar tanto o ritual como sua dança de apresentação. Como nem tudo são flores, a direção do Az de Ouro deixou a desejar quanto aos quesitos: 1° Vaqueiro e Barreira e 1° Rapaz e Barreira, o Regulamento diz que no mínimo tem que ter cinco vaqueiros (O Az colocou penas 4), os integrantes da Rapaziada só apareceram na arena quando o Boi já estava se apresentando a mais de uma hora. Segundo um membro da Comissão de Avaliação, durante a contagem, que acontece antes do grupo entrar na arena, não “existia ninguém caracterizado como Rapaz” o que pode ter prejudicado o grupo na pontuação final. Vamos ficar assim o Az de Ouro merece nota 10 nos itens Rainha da Maruja, Sinhazinha da Fazenda, Porta Estandarte, Cunhã Poranga e Pajé e no quesito Tribos Indígenas.