Terça-feira, 1 de janeiro de 2013 - 07h32
Antes de começar a falar sobre em como o Rondoniense nascido em Porto Velho, José Valdir Coral dos Santos faz sucesso dançando, em shows de artistas de renome nacional e internacional, vamos desejar aos nossos leitores e amigos, Próspero Ano Novo. Que Deus ilumine a todos nós nesse novo ano que está começando.
Bom! Desde quando o Valdir Coral veio a Porto Velho como integrante do show da dupla Rick& Renne que se apresentou na Expovel há alguns anos, fiquei na expectativa de um dia contar sua história através de uma entrevista, afinal de contas, Valdir Coral é filho da dona Modesta e do seu José Moacir e irmã da nossa amiga Erenir esposa do parceiro compositor e cantor, Ernesto Melo. Quinta feira passada, quando estava fazendo a matéria sobre a última apresentação em 2012 da Fina Flor do Samba, Ernesto me informou que o Valdir estava passando as festas de final de ano com seus familiares em Porto Velho e então solicitei que ele conseguisse um espaço na agenda do bailarino, para que eu pudesse entrevista-lo. A entrevista foi marcada para as 19h00 da última sexta feira dia 28, minutos antes do inicio da Fina Flor do Samba no Mercado Cultural. Na hora marcada chegamos e o rapaz já estava nos esperando, não contamos conversa, ligamos o equipamento e começamos a conversa que os senhores passam a conhecer a partir de agora.
OBS – Aproveito para informar que estou em férias e só volta a escrever o Zekatraca no 1º de fevereiro de 2013!
E N T R E V I S T A
Zk – Vamos começar pela sua identificação
Valdir Coral – Meu nome é José Valdir Coral dos Santos e nome artístico Valdir Coral, sou nascido em Porto Velhoe atualmente moro em Balneário Camboriú - Santa Catarina.
Zk – Fala sobre como você saiu de Porto Velho para tentar se transformar num profissional da dança nos grandes centros brasileiros?
Valdir Coral – Posso dizer que foi uma aventura. Saímos daqui com a intensão de formarmos um grupo de dança lá no sul. Acontece que esse grupo não deu muito certo, a maioria foi embora outros voltaram para cá, como foi o caso do dançarino Chagas Perez.
Zk – Qual o nome desse grupo que foi tentar o sucesso no sul?
Valdir Coral – O nome do grupo era “Roda Mundo”, éramos em 11 bailarinos mais o coreografo. Na realidade, fomos para Balneário Camboriú a convite de uma amiga nossa. Só que chegamos numa época ruim, pois era inverno e em virtude disso não conseguimos nosso objetivo, pois muita gente estava sem emprego se nada, sem nenhuma ajuda e então o pessoal começou a desistir dos que saíram daqui apenas eu e mais três ficamos lá.
Zk – Antes, quando vocês ainda estávamos morando em Porto Velho o grupo participava de eventos de dança. Como era?
Valdir Coral – Na época o Roda Mundo era muito conhecido em Porto Velho e em consequência a gente sempre estava se apresentando. Lembro que uma das nossas apresentações mais interessantes aconteceu durante um evento no Ginásio Cláudio Coutinho.
Zk – Quem era o coreografo do grupo na época?
Valdir Coral – Era o Kid Sousa um coreógrafo mineiro que foi pra Santa Catarina Junto com a gente. Nosso grupo era composto de mais ou menos 25 pessoas entre homens e mulheres.
Zk – Dos que foram para Santa Catarina quem ficou e está trabalhando com dança até hoje?
Valdir Coral – Hoje em dia temos o Braga que está trabalhando com o Grupo Milênio, o Boy Leone que ministra aulas de dança, tem o Mário Jorge e o Zé Mario além do Rik Silva conhecido aqui em Porto Velho como Sola que hoje está em Buenos Aires na Argentinatrabalhando com dança.
Zk – Em Porto Velho você estudou dança aonde?
Valdir Coral – Estudei numa Academia cujo professor era o Kid Souza. Quanto ao estudo normalestudei no colégio 21 de Abril e ensino básico e no Major Guapindaia fiz o 2º grau.
Zk – Conto como foi que de repente você passou a se apresentar nos shows dos grandes cantores sertanejos?
Valdir Coral – Trabalhei durante quatro anos em Balneário Camboriú, mas era com turistas do MERCOSUL, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguaieram show para esses turistas. Quando começou o Plano Real os turistas sumiram da região e então comecei a procurar outros ares e então fui pra São Paulo.
Zk – Então vamos falar dessa fase em São Paulo?
Valdir Coral – Já em São Paulo comecei a fazer aulas, comecei a conhecer aspessoas, os artistas, fui atrás e eventos, acontece que São Paulo é muito diferente, a área cultural é muito intensa foi nesse meio que conheci uma coreografa chamada Lísia de Castro que trabalhava com alguns artistas e então fui fazer alguns testes, passei e comecei a trabalhar.
Zk – Trabalhar com quem por exemplo?
Valdir Coral – Com a dupla Rick e Rennercom quem fiquei por sete anos. O primeiro grande contrato mesmo foi com a dupla Gian & Giovanionde dancei por dois anos.
Zk – Outros artistas famosos com quem você trabalhou?
Valdir Coral – Na mesma época trabalhei com A Sula Miranda quando ela apresentava o programa na Rede Manchete de Televisão “Sula Miranda Show”todos os sábado durante dois anos. Trabalhei também com o Netinho de Paula, Grupo Caxinguelê, trabalhei inclusive com a Tiazinha, foram muitos artistas.
Zk – Como é o dia-a-dia do dançarino que trabalha com esses artistas?
Valdir Coral – Durante a semana a gente trabalha montando as coreografias e a partir de quinta feira era viajando por tudo quanto era canto desse país. Interior de São Paulo fiz todo, Goiânia, Brasília, Minas inclusive, dancei aqui em Porto Velho no show do Rick & Renner na Expovel
Zk – Geralmente trabalham quantos dançarinos com esses cantores?
Valdir Coral – Depende muito! Tem época que são apenas dois casais, com o Rick & Renne eram três casais, quando dancei no show do Daniel eram quatro casais.
Zk – Como é a convivência de vocês com os artistas?:
Valdir Coral – Quando a gente trabalha com os artistas direto a convivência é normal, não tem como se manter afastado. Lógico que tem se mantém aquelas coisas profissionais, contratante e contratado mas, não tem como manter distancia porque estamos viajando juntos direto.
Zk – Qual dos artistas que você viajou junto é mais exigentes com a produção no camarim, tipo exigir flores, toalhas, cardápio especial, essas coisas?
Valdir Coral – Na verdade, no Brasil os artistas são menos escandalosos, são mais sensíveis, não tem essa coisa de muitas toalhas. O que nossos artistas exigem em sua maioria e ter no camarim bebida, água, refrigerantes, sucos e frutas da região. Alguns pedem energéticos, a água não pode ser gelada mas, de especial não tem nada não.
Zk – A vida dos dançarinos é estressante, cansativa?
Valdir Coral – É bem cansativa, porque o show completo leva mais de uma hora e você passa esse tempo todo subindo e descendo para o camarim para trocar de figurino. Se você faz quatro show na semana, quinta, sexta, sábado e domingo chega no último mais cansado. Teve época que cheguei a fazer 25 shows no mês aí realmente puxa bastante pelo físico.
Zk – Dançarino recebe muito assédio das meninas?
Valdir Coral – Tem bastante. Como você trabalha com um pessoal é muito conhecido como eles são, você se torna também conhecido no meio e então as meninas ficam mais entusiasmadas e algumas partem pra cima mesmo.
Zk – Rola clima de namoro entre os casais bailarinos que trabalham no mesmo show?
Valdir Coral –As vezes acontece. Quando o bailarino ea bailarina são solteiros muitas vezes acontece. No meu caso não porque sou casado.
Zk – Você saiu de Porto Velho casado?
Valdir Coral – Casei emSanta Catarina minha mulher é deBalneário Camboriú o nome dela é Bianca, entre namoro e casamento estamos com 15 anos.
Zk – Fala sobre seus pais?
Valdir Coral – Minha mãe é a dona Modesta Coral que é a responsável por eu estar aqui hoje. Meu pai José Moacir infelizmente já morreu
Zk – Com quantos anos você começou a dançar?
Valdir Coral –Na verdade comecei muito tarde, já tinha 18 anos de idade quando resolvi ser bailarino. Acontece que quando você percebe isso em você não tem como não aderir ou passar a praticar e então fui procurar o melhor para mim por isso resolvi partir em busca do meu objetivo quando surgiu a oportunidade com o grupo Gira Mundo.
Zk – Sabemos que nem sempre você está trabalhando com artistas. Nesse período o que você faz?
Valdir Coral – Nunca fico parado, dou aula de dança de salão samba de gafieira, bolero, forró, valsa, zuk, tango enfim todos os ritmos. Além disso, participo de apresentações de dança de jazz, já dancei balé clássico, contemporâneo e um pouquinho de hip hop.
Zk – Existe a possibilidade de retornar a Porto Velho montar academia?
Valdir Coral – Possibilidade sempre tem até porque minha família mora aqui minha raiz está plantada aqui mas, hoje em dia é um pouco difícil porque tenho minha vida láum espaço conquistado lá. Se isso acontecesse seria um pouco mais pra frente.
Zk – Antes de se transformar em bailarino profissional o que você fazia em Porto Velho?
Valdir Coral – Trabalhei no governo estadual como agente administrativo. Comecei a trabalhar no governo com 14 anos de idade e quando tinha 21 deixei tudo e fui atrás do meu sonho.
Zk – O que você tem a dizer aos jovens que pretendem investir na carreira de bailarino ou dançarino?
Valdir Coral – A dança é muito difícil. Se você quer transformar a dança em sua profissão tem que procurar se aprimorar, estudar muito. A dança exige muita disciplina, se você quer ser realmente um profissional da dança tem que procurar os grandes centros onde as oportunidades são maiores em virtude da existência de boas Companhias. Aconselho também procurar se formar em outra profissão pois a dança não é pra sempre. Dá pra viver de dança sim é só se dedicar e aproveitar as oportunidades.
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