Quarta-feira, 27 de junho de 2012 - 05h28
KLAUSS VIANNA
Com sonoridade amazônica o título deste projeto nos remete as mais longínquas paragens destas rechans amazônidas
Ao quente arfar das virações, barrancos e correntezas do Baixo Madeira, foi concluída (no Distrito de Nazaré), a segunda etapa das Oficinas de capacitação em Dança, oriunda do Projeto “Caiari, Barrancas e Correntezas – Cotidiano”, realizada pela Waku’mã Produções, com a administração do seu titular Paulinho Rodrigues, e da Oficineira Lívian Luíza. Esta quarta Oficina é resultado do Prêmio Klauss Vianna 2011, do Minc/Funarte, sendo este, o segundo ciclo do Projeto que terá sua conclusão no mês de julho próximo, com dez apresentações do Grupo Waku’mã de Danças (Núcleo Nazaré), durantes os festejos daquela localidade.
Com sonoridade amazônica o título deste projeto nos remete as mais longínquas paragens destas rechans amazônidas. O termo “CAIARI”, remota ao Século XVI, quando das primeiras Expedições da Coroa Portuguesa (Bandeiras) que por aqui passaram, e, ouviram dos nativos a expressão, quando se referiam ao atual Rio Madeira. Por ações da Waku’mã Produções e patrocínio do Minc/Funarte, a partir dos Prêmios de Dança Klauss Vianna, as manifestações gestuais do Distrito de Nazaré, foram resgatadas, e já revitalizadas, apesar do “custo amazônico”, aos poucos começam a ser difundidas em Porto Velho e nos festejos das localidades ao longo das barrancas do Madeira.
Além de ensinar dança, resgatando e revitalizando valores, como manifestação cultural oriunda das barrancas do Rio Madeira, em relação à população ribeirinha, se constitui em atividade fim, de verdadeiro exercício de cidadania e inclusão social, direcionada principalmente, a jovens carentes de informações culturais, sem perspectivas de manter suas raízes ricas em manifestações populares, hoje, com sérias distorções de valores. As oficinas formam estratégias motivacionais, para através do desenvolvimento de atividades artísticas de dança, capacitar jovens, fortalecendo e despertando neles o interesse e a dedicação, com vistas ao crescimento social, sem abandonar sua rica tradição, promovendo informações acertadas para que a nossa cultura seja conhecida e mantida, e, não sofra tanto com as influências atuais, evitando o seu aniquilamento. Dizer que na Amazônia o “Rio Comanda a Vida”, não é mera referência à obra do escritor Leandro Tocantins, e, face as curvas e meandros do Rio Madeira, no nosso dia-a-dia e imaginário, presentes estão seus barrancos, suas correntezas, que em seus r e b o j o s, traduzem a alegria e a força do povo daqui. Por isso, a força do nosso gestual artístico dançante. Nas oficinas de capacitação com aulas teóricas e práticas, somadas, serão desenvolvidas habilidades específicas inspiradas no cotidiano ribeirinho.Estes conteúdos visam provocar uma reflexão da condição dos jovens, de protagonistas, frente às próprias vidas e a realidade em que vivem.
Manifestações populares
Além da capacitação, está o resgate das manifestações populares e do imaginário, quase esquecidos, pelos incontroláveis fluxos migratórios, que trouxeram juntos sua cultura e hábitos, achatando a sabedoria local. Neste particular o termo r e s g a t e retrata de maneira mais do que necessária à vontade de soerguer as lendas, mitos, mistérios, costumes e tradições ofuscados pelo natural progresso. Em dias de globalização, necessário é gerenciar com equilíbrio os processos evolutivos sem, no entanto, dizimar com a base do conhecimento empírico, celebrando entre o presente e o passado uma justa sintonia de valores éticos, étnicos, culturais e científicos. No repertório dançante estão; Povo Moreno, Chamada, Arapuê, Gigante Sagrado, Caiari a Dança dos Banzeiros, e, a adaptação de Xiou o Bôto (Timaia e Tullio Nunes), do Grupo Minhas Raízes de Nazaré, tudo inserido no contexto de “Caiarí, Barrancas e Correntezas – Cotidiano”, presente este ano, nos próximos Festejos de São Pedro em Nazaré. No campo da Usina, a população local e vizinhança (São Carlos, Calama, Brasileira, Terra Caída, Cuniã, Pinga Fogo, Abelhas e Santa Catarina), terão oportunidade de assistir o espetáculo resultado do Projeto, juntamente com as manifestações tradicionais da quadra junina.
Despertar nos indivíduos com potencial latente, suas qualidades e habilidades, despertando seus talentos, utilizando o gestual do dia-a-dia em mescla com os rituais tribais e o ballet clássico, juntando diferentes linguagens de expressão musical e dançante, com técnicas de dinâmica muscular, sem perder, no entanto, a plasticidade de sua magia, e o lúdico cotidiano de cada lugar, é a proposta de “Caiari, Barrancas e Correntezas-Cotidiano”, que a Waku’mã Produções, este ano, tomou para si como desafio e exercício de cidadania, para junto aos jovens de Nazaré, lapidar talentos.
Festival de Cinema Curta Amazônia continua no dia de hoje com programação pela manhã a partir das 8h00; À tarde a partir das 14h00 e a noite sempre começando as 19h00.
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Tudo no Cine Sesc Esplanada onde acontece também todas as noites, a partir das 19h00 a Mostra Competitiva.
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Hoje a abertura pela parte da manhã vai contar com a palestra sobre o Centenário da Madeira Mamoré que será ministrada pelo Anizinho Gorayabe
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A assessoria de comunicação do 3º Curta Amazônia enviou o seguinte texto:
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Você conhece sua própria historia?
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O cineasta Carlos Levy, que está realizando a 3º edição do Festival de Cinema CURTAMAZÔNIA desde o dia 23 e vai até o dia 30 de junho, inseriu na programação deste ano um seminário alusivo ao Centenário da EFMM, cujo tema é: “Centenário de construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré – Você conhece sua própria Historia”?
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O cineasta convidou o economista, jornalista e historiador Anísio Gorayeb, que já vem realizando dezenas de palestras sobre a centenária ferrovia, para ministrar uma palestra no dia de hoje quarta feira 27, no Teatro 1 do Sesc Esplanadas, às 08hs da manhã.
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Após a palestra, os presentes serão convidados a assinar o Livro Ata: “Compromisso pela reativação e conservação da Madeira Mamoré”. A entrada é franca e já confirmaram presença os alunos das escolas Olavo Pires e Murilo Braga.
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O evento contará também com exposições fotográficas e apresentações no Audi Cine do SESC Esplanadas, Teatro 1 do SESC, Praça Madeira Mamoré, Casa do Ancião e no Bairro Mocambo. Acesse o site www.curtamzonia.come conheça a programação completa.
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Vamos lá prestigiar e participar do debate com o nosso amigo Anizinho.
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Enquanto isso p artista plástico Geraldo Cruz diretor da Casa da Cultura Ivan Marrocos o Rei dos Painés em MDF
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Informa a programação da Casa.
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Exposição ÁFRICA, ESSA SOU EU (Maria Regina) de 22 de junho a 13 de julho de 2012
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Exposição PONTUANDO(Ariel Fietz) de 24 de junho a 04 de julho de 2012.
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Projeto SALVE O CINEMA(GTA) 26 de junho de 2012 às 17h com exibição do filme
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Brincando Nos Campos do Senhor,com mediação de Elizabeth Cristofoletti e às 19h debate sobre o filme.
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Exposição do artista Roberto Marchiori – de 29/06 a 13/07.
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Seminário Antropológico do Instituto Gnóstico de Antropologia do Brasil – IGA – dia 30 de junho, das 15h30 às 19h30
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Lançamento dos livros LEADER COACH e MANUAL DO COACH – dia 30 de junho às 19h30
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Pois é, apesar da falta de compromisso para com as nossas tradições culturais, pois estamos atravessando o mês de junho sem que, pelo menos uma programaçãozinha junina aconteça.
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Em Porto Velho é assim, se o governo do estado não realiza a prefeitura não faz.
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A Fundação Iaripuna está perdendo a grande oportunidade de entrar como produtora, realizadora ou apenas fomentadora de festas juninas em nossa cidade.
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Bastava realizar, no Mercado Cultural nas datas do santos do mês de junho: Santo Antônio, São João e São Pedro apresentações de grupos folclóricos.
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Podem até dizer, mas, no Mercado Cultural acontece o Jam Bera, a Seresta Cultural e a Fina Flor do Samba mais a Roda de Samba do Beto Cezar.
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Essa programação é toda particular e por isso poderia ser suspensa para liberar o local para apresentações de grupos folclóricos, no mês de junho.
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O que está faltando é pulso, dos dirigentes da Fundação Iaripuna.
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Aí com certeza, o Diretor de Cultura vai enviar um e-mail para este colunista, dizendo que a Fundação está promovendo esse encontro todo final de semana na Praça Aluizio Ferreira.
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E eu vou contestar; Que encontro é esse que apresenta apenas um grupo de dança por final de semana?
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Fica aqui a pergunta: Quem manda no Mercado Cultural?
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Enquanto isso, espero e sonho que tudo volte ao normal. será o dia em que:
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Cachoeira será um simples acidente geográfico.
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Arruda será uma simples plantinha pra espantar mal olhado;
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Genuíno será algo verdadeiro;
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Genro apenas o marido da filha;
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Severino apenas o porteiro do prédio; E
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Freud voltará a ser só criador da psicanálise;
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