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Gente de Opinião

Silvio Santos

Zekatraca - Lenha na Fogueira 03/08/09


Zekatraca - Lenha na Fogueira 03/08/09  - Gente de Opinião
 

O Duelo da Fronteira começa esta semana.

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O Duelo, é a “briga” que acontece todos os anos em Guajará-Mirim entre os bois Malhadinho e Flor do Campo.

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Este ano o Festival tem tudo para entrar para os anais da nossa história cultural.

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Uma vez, que pela primeira vez no estado de Rondônia, o público vai apreciar apresentações de bois-bumbás num bumbodromo de verdade.

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Já pensou!

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Flor do Campo e Malhadinho

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Um dos dois vai entrar para a história como o primeiro campeão do bumbodromo.

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O governo estadual não está medindo esforços para entregar parte do bumbodromo em condições de receber o público que vai prestigiar o Duelo este ano.

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Pelo menos dois lances de arquibancada já estão prontos.

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Justamente a arquibancada da galera vermelha e a arquibancada da galera azul.

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Cada uma de um lado do bumbodromo para evitar atritos.

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A quadra aonde os grupos vão realmente se apresentar.


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Também está com o piso cem por cento pronto!

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A equipe da Secel comandada pelo Luizão deve chegar a Pérola do Mamoré na próxima quarta feira.


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Para agilizar os detalhes finais do festival.

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Que será aberto oficialmente na sexta feira dia 7.


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A equipe da RedeTV-RO deve estar em Guajará-Mirim quinta feira montando os equipamentos para a transmissão ao vivo dos três dias do evento.

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Nós, estaremos em Guajará-Mirim quarta feira para cobrir também os ensaios (geral), dos bois Malhadinho e Flor do Campo.

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E claro cobrir, a festa da independência da Bolívia no dia 6 de agosto,

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Por falar em Duelo da Fronteira.


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O Zekatraca Azul enviou noticia dizendo que o Malhadinho vai usar algumas toadas de anos anteriores e não todas como eu escrevi.

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Eu mesmo não escrevi nada disso! Escrevi que assim como o Malhadinho, o Flor do Campo vai cantar algumas toadas dos anos anteriores.

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Enquanto isso o Zekatraca Vermelho.

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Mandou um recado dizendo para prestarmos atenção na apresentação da Tribo “Mundurucu” de Juruti (PA), que aconteceu na noite do último sábado 1º.

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Diz o espião infiltrado no barracão do boi Vermelho de Guajará, que uma das toadas cantada pela tribo dos “Mundurucus” faz parte do repertório que o Flor do Campo vai apresentar no festival deste ano.

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Prestem atenção seu Mário e dona Georgina., não é o Zekatraca Silvio Santos quem está afirmando isso. É o Zekatraca Vermelho está todo dia tomando café na sua casa.

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Alo amiga Marli do Periquito da Madame.

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Alô Jesus do Periquito da Madame.


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Estamos chegando (eu e a Ana) em Guajará-Mirim quarta feira.

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Vamos mais um ano perturbar vocês por alguns dias!

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A respeito do show “Trinca de Reis” o Ernesto Melo recebeu o seguinte e-mail.

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Caro Ernesto,


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Obrigado pela oportunidade de participar deste momento histórico.

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É desnecessário reafirmar o orgulho que temos de você. Como já disse antes, se eu pudesse dizer que te conhecia já seria uma honra. Imagine podendo dizer que temos o mesmo sangue.


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Ontem foi um daqueles dias (ou noite) que não deveriam acabar. Acredite fui até Guajará-Mirim na Maria fumaça (fato que poucos vivos podem afirmar que o fizeram), revivi esses momentos. Lembrei até do pernoite em Abunã(!).

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Lembrei das noites de Porto Velho, momentos inconfessáveis. Lembrei dos meus pais, da minha infância, cresci vendo tudo isto e ontem pude ver passar à minha frente um filme arrebatador. ( está registrado nos anais)

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Acredito até que o menino chorão (ou cagão) da música do Silvio era eu.

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Com é que vocês conseguem colocar a ranzinza da Dona Marize Castiel nas letras das músicas e dá certo?

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E o foto Pereira? Como é possível tanta inspiração? (a minha maneira eu estava lá!!!)

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Para concluir agradeço por ter mandado a cópia das letras das músicas, mas devo confessar que não levei de propósito. Como tirar os olhos do palco para acompanhar as letras se o show, se o bom era ver a emoção que vocês passam.

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Confesso ainda que no momento que você precisou de apoio eu também não tinha condições de ajudar. Conheço a letra, sei toda, mas engasguei no momento que você iniciou e na primeira frase e (não sei se você notou) tremeu. A emoção era tanta que eu também não conseguia falar. Ainda bem que você tem muitos amigos, como disse um dia um poeta que não lembro bem o nome. Você sabe quem é?

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Parabéns meu primo.

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Em tempo. Como consigo uma cópia do show??

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Marcos dos Santos Melo (e família).

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Para você conseguir uma cópia do show tem que contratá-lo. É só falar com o diretor Carlinhos Maracanã e acertar o cachê e o original vai até você! 




 Lucio Albuquerque

Cem anos de imprensa
em Rondônia


A noite de autografo levou muita gente à Casa da Cultura Ivan Marrocos 

Zekatraca - Lenha na Fogueira 03/08/09  - Gente de OpiniãoO jornalista escritor Lúcio Albuquerque colocou a disposição dos estudiosos e leitores de um modo geral na última sexta feira 31, sua mais nova obra literária, "Da Caixa Francesa à Internet - 100 anos da Imprensa em Rondônia". O evento aconteceu com a Casa da Cultura Ivan Marrocos repleta de admiradores da obra do Lúcio como Ieda Borzacov e Dante Ribeiro da Fonseca, escritores renomados do nosso estado, jornalistas Euro Tourinho, Zacarias Pena Verde e Pinheiro Lima que são alguns dos personagens que aparecem no livro de Lúcio. Também compareceu ao evento o secretário de cultura, esporte e lazer Jucélis Freitas e o Conselheiro do Tribunal de Contas Rochilmer Melo da Rocha. 

O livro “Da Caixa Francesa à Internet” fala sobre os principais jornais que havia no início do século 20 como O Alto Madeira, Extremo Norte além de citar os principais jornalistas que ajudaram a construir a imprensa rondoniense. 

Personagens como Zé Katraca, Odacir Soares, Victor Hugo, D. João Batista Costa, Mário Calixto e Dalton de Franco, entre tantos outros, têm espaço garantido na obra que revela os bastidores da imprensa regional. 

José Lúcio Cavalcanti de Albuquerque, amazonense da cidade de Manaus, está em Rondônia há mais de 30 anos. Trabalhou no jornal A Tribuna, O Guaporé, Alto Madeira, Estadão do Norte e na Rádio Caiari. 

Lúcio agradeceu a amigos como Euro Tourinho que o ajudaram ao longo de sua caminhada profissional e falou sobre os vinte anos de construção do livro. O escritor cita nomes que fizeram a imprensa surgir e crescer no Estado. 

Felipe Daou na televisão, Euro Tourinho na imprensa escrita, Victor Hugo no rádio, Montezuma como melhor repórter, esses são, para o jornalista Lúcio Albuquerque, os nomes mais importantes da imprensa rondoniense. Entre tantos outros que fizeram parte dessa luta o jornalista ressaltou aqueles que mais se destacaram em cada veículo de comunicação. 

Sobre o webjornalismo o escritor diz que ainda tem muita coisa para melhorar. Fala sobre a necessidade que o jornalista tem de voltar às ruas, de ver as notícias, ficar próximo dos fatos. Segundo Lúcio, a imprensa precisa parar de usar release como matéria, precisa voltar a fazer jornalismo de verdade. 

O jornalista fala da censura que sofreu em jornais como O Estado de São Paulo; A Notícia de Manaus; e A Tribuna de Porto Velho na época da ditadura militar. 

A escritora e historiadora Ieda Borzacov fala sobre a importância da obra. “O livro vem preencher uma lacuna na historiografia do estado de Rondônia. É o primeiro que aborda a temática. Lúcio Albuquerque produziu uma fotografia extremamente significativa e detalhada do jornalismo rondoniense. Essa será com certeza uma fonte inesgotável para outras pesquisas”, disse a escritora. 




Trova de Reis no Teatro Banzeiros

Antônio Serpa do Amaral Filho(*) 


Zekatraca - Lenha na Fogueira 03/08/09  - Gente de OpiniãoFoi uma trova de Reis, com pompa e circunstância. Sílvio Santos, Ernesto Melo e Bainha levaram ontem (30.07), ao palco do Teatro Municipal Banzeiros, no centro de Porto Velho, o espetáculo musical “Trinca de Reis”, patrocinado pelo projeto Quinta Cultural, do Banco da Amazônia/Basa, e operacionalizado pela Fundação Cultural Iaripuna. 

Se verdadeiro o adágio popular que diz que “quem foi rei sempre é majestade”, então não há como negar: os sambistas são mesmo os três reis magos da cultura popular de Rondônia. Seus colegas e antepassados, Baltasar, Melquior e Gaspar levaram ouro, incenso e mirra ao Cristo Menino. Sílvio Santos, Ernesto Melo e Bainha, reis beradeiros, sem castelo e sem coroa, ofereceram, sem nenhuma modéstia emocional, seus corações à cidade de Porto Velho. No descortino do repertório que apresentaram, ficou claro que eles aprenderam com Noel Rosa que o samba, na realidade, não vem do morro nem lá da cidade, mas nasce dentro do coração, tendo nascido para os reis tupiniquins nas noites eternas, do Triângulo ao Kilômetro Um, do Caiari ao Santa Bárbara, quando todos eles, ainda muito jovens, andavam a tira colo com Jorge Andrade, Paulo Santos, Wálter Bártolo, Manga Rosa, Nego Velho e Sabará. São reis menestréis, de origem plebéia, vassalos da lua até altas madrugadas, servos da emoção e filhos da noite de uma provinciana Porto Velho que na década de 60 só ia até a rua Presidente Kennedy, hoje Avenida Governador Jorge Teixeira. Juntos, em uníssono diapasão, falam de um tempo em que eram felizes e não sabiam. 

Sílvio Santos abriu a mostra musical do reinado homenageando a Bando do Vai Quem Quer, o maior bloco carnavalesco da Amazônia Ocidental. Beradeiro de São Carlos, mas apaixonado pela sua cidade de criação, ele viajou nas asas das calendas de antanho e pinçou poeticamente para a platéia um bico de pena de uma cidade do porto em que, na beira do rio Madeira, ao invés de canoas, já surgiam chatas, navios cargueiros de alto calado. Acompanhado por nove excelentes músicos, ele passou pelo bairro Caiari (Catega Caiari - 1995), mostrando porque é considerado um dos nossos melhores compositores de samba. Em Trem Fluvial, sapateou xote e balanceou xaxado, deixando claro que nós recebemos do sangue nordestino uma boa dose de lirismo e gosto pela folia. Amo de boi que não dá colher de chá para o terreiro do contrário, investiu-se da patente de Amo do Corre Campo, conquistada ao longo dos seus 50 anos de carreira na tropa do batalhão cultural, e serviu uma belíssima toada à moda da casa. Com a batida rítmica de Parintins, é verdade, porém bem posta e temperadamente compassada. Nostálgico, lembrou de Babá, sambista já falecido, com que compôs várias canções, das viagens de trem para Jaci-Paraná, Abunã e Guajará-Mirim pelas lendárias composições da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, e em seguida abriu alas para a performance do mestre Bainha. 

Bainha, que de batismo recebeu o nome de Waldemir Pinheiro da Silva, nasceu no Forte Príncipe da Beira e se criou onde ele mesmo diz, “eu sou da 7 de Setembro/lá do Kilômetro Um/terra de gente bamba/de muita mulher, futebol e samba”, também iniciou seu reinado musical rendendo tributo à Banda do Vai Quem Quer, ao Galo da Meia Noite, cordão carnavalesco para o qual fez várias marchas, ao seu bairro e ao saudoso Babá (Sebastião Araújo da Silva). Bainha, filho de Dona Marieta, é o mais velhos dos reis: 7.0 (e, em agosto deste ano, mais precisamente dia 11, completará 71 anos de idade e robusta majestade). No palco, com uma boa dose de negritude nas veias, o decano dos sambista rondonienses não contou conversa fiada, chamou a cozinha à ordem e entoou alguns dos seus melhores sambas, parando apenas para chamar um outro rei ao palco: Ernesto Melo, o sambista do Mocambo. 

Foi dele o momento de maior emoção da noite. Feito menino, chorou no palco, durante sua apresentação, emocionado com sua própria obra: Porto Velho Meu Dengo, samba vencedor do Festival Aberto de Música do Sesc. Comovido com as lágrimas do poeta da cidade, o público imediatamente o socorreu e passou a cantar aquele samba, como se o show fosse da platéia para o criador da peça musical vitoriosa e ufanista. Os reis têm saudade. Mas o que parece senti-la com maior intensidade, a ponto de preferir quase sempre o tom menor, com sua inexorável atmosfera de nostalgia, é o compositor e intérprete Ernesto Melo. Sua moldura rítmica e melódica, antes de se colocar pura e simplesmente a serviço da alegria e da descontração, serve, sim, de guia turístico numa viagem ao túnel do tempo, onde habitam pessoas, fatos e lugares de uma época pretérita, que, no discurso poético do artista, são declaradamente nomeados para que o povo não esqueça seus personagens, sua memória e suas marcas existenciais cravadas no tempo histórico. Não se esqueça, por exemplo, que o Morro do Querosene veio abaixo e hoje não tem Baixa da União por ação do 5º BEC (Batalhão de Engenharia e Construção). “Se o tempo da boemia passou, quero que passe o tempo dos generais”, disse ele exorcizando o fantasma da Ditadura Militar que se instaurou no Brasil em março de 1964. Para Ernesto Melo, lembra é preciso, viver não é preciso. Daí a longa lista de nomes de pessoas que emergem das suas criações, bem como os sítios nostálgicos (Bancrévea Clube, Ypiranga, Clube Imperial, Bar do Zizi, Bar do Casemiro, Praça Marechal Rondon e tantos outros) com os quais ele entrelaça a saudade que tem de um tempo que não volta mais, lamentos, suspiros, amores, costumes, lembranças, paixões, perda e ganhos, bares e boêmios, alegrias e tristezas, passado e presente, como se dentro do poeta morasse um bêbado e um equilibrista querendo andar na mesma corda bamba. São as antíteses barrocas da música popular karipuna! 

No olho do furacão da sua página histórica mais caótica e decisiva, Rondônia precisa colocar esses reis não apenas no palco iluminado, mas principalmente na estrada da vida para que eles visitem e cantem em todos os recantos deste Estado e sirvam ao povo o melhor que têm dentro de si: um vendaval de paixão e amor pelas coisas de sua gente. Salve Bainha, Ernesto Melo e Sílvio Santos, os Reis Trovadores de Porto Velho!

(*) O autor é poeta e escritor

Fonte: SILVIO SANTOS - zekatracasantos@gmail.com
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