SEMINÁRIO DO MARACUJÁ: Centro de Convenções ganha força de movimento
Dirigentes de grupos folclóricos fecham questão em prol do centro de convenções
A construção de um centro de convenções que abriga todos os eventos e movimentos culturais em Porto Velho, é a principal reivindicação dos mais de duzentos integrantes e representantes de grupos folclóricos que participaram nos dias 31 de agosto e 1º de Setembro do Seminário Identidade e Diversidade Cultural – Arraial Flor do Maracujá, e assinaram a “Carta das Culturas de Rondônia”. “Antes de qualquer coisa, precisamos encampar o Movimento em prol da construção do nosso centro de convenções”, disse a professora Odete Marão a sugestão a partir de então, passou a ser a principal preocupação dos presentes inclusive com o professor Marco Antônio Teixeira apontando como local ideal para a construção o espaço localizado nas imediações do Campilódromo na Baixa da União. “Precisamos correr, pois a prefeitura em breve começa o processo de urbanização daquela área, nossa reivindicação deve ser entregue ao prefeito o mais rápido possível”, alertou Teixeira. Outra reivindicação colocada na Carta é que a Direção Artística da Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás que acontece no Flor do Maracujá passe para a coordenação da FEDERON. “Nós dos grupos folclóricos que fazemos a festa, é que devemos elaborar o Regulamento das apresentações durante a Mostra”, até o último arraial o Regulamento foi elaborado pelos técnicos da Secel. “O Regulamento sempre foi imposto e nunca discutido”.
A palestra mais esperada pela maioria dos participantes do Seminário
Quem foi quem no Seminário
Durante 16 horas, especialistas em culturas populares e dirigentes de grupos folclóricos participaram do “I Seminário Identidade e Diversidade Cultural – Arraial Flor do Maracujá”, promovido pela Secretaria de Cultura de Rondônia – SECEL. Entre os palestrantes convidados estava o analista cultural do MinC Geraldo Vítor – G Vítor; que discorreu sobre os temas “Cultura Popular e Fundamentos do Folclore” e “Tradição e Modernidade nas Culturas Populares”; o Artista Plástico Ariel Argobe “A Industria Cultural e as Culturas Populares”; Professor historiador Marco Antônio Teixeira que falou sobre os temas, “Culturas Populares e Identidade Local” e “Quadrilha Junina em Porto Velho”, os debates tiveram como moderadora a professora Odete Alice Marão. Além das palestras os inscritos tiveram a oportunidade de participar das seguintes oficinas. “Movimento e Ritmo” com a coreógrafa Nara Cláudia Teixeira Barbosa da Cia. de Dança “Nara Teixeira” e Sesc que se reuniu com o pessoal das “Quadrilhas; Berenice Simão do Centro de Estudos de Dança “Berenice Simão” que ficou responsável pela oficina de dança de Boi-Bumbá; A Oficina de dramatização e espaço cênico foi ministrada pela atriz e diretora de teatro Suely Rodrigues (Quadrilhas; e pela atriz e professoras da UNIR Ângela Cavalcante (Boi-Bumbá); O artista plástico Geraldo Cruz ministrou a oficina Plasticidade para o pessoal das Quadrilhas e o Ariel Argobe para o pessoal do Boi-Bumbá; Na área musical os oficineiros foram, Rubens Vaz Cavalcante – Binho (Quadrilha) e Paulinho Rodrigues (Boi-Bumbá).
Vale salientar que o Seminário teve como principal coordenadora a professora Nazaré Silva que foi assessorada pela equipe da Gerência de Cultura da Secel comanda pela Cândrica Madalena – Bebel composta pelo Silvio Santos, Lea Leandro, Juliana e Geraldo Cruz e é claro com o apoio do Secretário Jucélis Freitas que marcou presença durante todo o evento.
Foi sucesso a realização do Seminário Identidade e Diversidade Cultural – Arraial Flor do Maracujá realizado de sexta até sábado em Porto Velho.
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A equipe da Secel comandada pelo Jucélis Freitas está de parabéns pela organização do evento.
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A frequencia nos dois dias do seminário foi das melhores.
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A preocupação dos coordenadores, no sábado era se o almoço encomendado daria para servir os presentes a contento.
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Deu e o cardápio foi elogiado por todos.
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Bom, alguns dizem que o sucesso do evento só foi possível, em virtude da "pendenga" entre o presidente da Quadrilha Caipiras da Rádio Farol professor Severino Castro e o historiador e pesquisador Marco Antônio Teixeira.
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Acontece, que os dois vêm se pegando desde a divulgação das notas com o resultado da pontuação do Flor do Maracujá quando a Rádio Farol ficou em sexto lugar.
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Justamente em virtude das notas dadas pelo Marco Teixeira.
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A expectativa rondava os ambientes no Rondon Palace Hotel desde a noite de sexta feira quando da abertura do evento.
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Porém só se encerrou quando começaram os debates, após a palestra do Marco Antônio sobre o tema "Quadrilha Junina em Porto Velho".
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Marco Teixeira deu uma verdadeira aula sobre, tradicionalidade e modernidade, não deixando brecha nenhuma para os questionamentos.
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Mesmo assim o Severino partiu pra cima dele com sede de quem acabou de atravessar o deserto do Saara.
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Questionando principalmente a nota do quesito Noiva e Noivo dado a sua quadrilha pelo historiador.
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Teixeira com a calma que lhe é peculiar, fez as devidas justificativas e o que foi surpresa para muitos, foi bastante aplaudido.
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Como o negócio já estava virando para o lado pessoal mesmo com Marco Teixeira se declarando fã da Quadrilha Rádio Farol e amigo do Severino.
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Foi preciso a intervenção da moderadora Odete Marão, que alertou, que as discussões sobre os quesitos em julgamento devem acontecer durante a elaboração do Regulamento que vai ser adotado para a próxima versão da Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás.
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Na realidade, a questão da tradicionalidade e modernidade na apresentação dos grupos de quadrilhas já havia sido explanado durante a palestra do representante do Ministério da Cultura G Vítor.
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O melhor do Seminário foi que todos tomaram a decisão de pressionar nossas autoridades governamentais para que seja construído o mais breve possível um espaço definitivo onde os grandes eventos como o Flor do Maracujá possam ser realizados.
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A elaboração da minuta da carta do Seminário que recebeu o título de "Carta das Culturas de Rondônia", contou com a participação do Marco Teixeira; Professor Roberto; Silvio Santos; Odete Marão; Aluizio Guedes; prof. Chiquinho; Roberto Matias, alunas da Fatec e representante das Quadrilhas Rosa de Ouro e JUABP.
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Apresentado a plenária o documento foi aprovado por unanimidade.
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Além da Construção do Centro de Convenções de Porto Velho os folclóristas solicitam através da Carta, a Direção Artística da Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás do Flor do Maracujá.
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Até o Maracujá passado o Regulamento foi imposto pela coordenação do Arraial sem discussão nenhum com os grupos folclóricos.
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Legal mesmo foi no encerramento quando os Amos, Aluizio Guedes do Diamante Negro; Fábio Góes do Marronzinho; Nonato Guedes do Az de Ouro e Silvio Santos do Corre Campo participaram de uma "Meia Luz". Meia Lua é uma cantoria de toadas de Bois-Bumbás.
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O destaque especial na Meia Lua foi o Amo (Aposentado) Carlos Mariano que mostrou jóias do seu repertório.
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NOTA DE PESAR
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Lamentamos o falecimento do amigo JONATHAS HUGO PARRA MOTTA, ocorrido na noite de sábado, em Porto Velho. Hugo Motta era Conselheiro do Tribunal de Contas do estado de Rondônia e filho do pioneiro Moacir Motta.
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Na oportunidade manifestamos em nosso nome e em nome da família Diário da Amazônia votos de pesar pela perda prematura ao tempo em que rogamos a Deus que lhe dê uma boa acolhida e o descanso merecido.
Fonte: zekatraca@diariodaamazonia.com.br Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)