Quinta-feira, 3 de dezembro de 2009 - 05h41
Semana passada, postei em uma das colunas, que não gostava muito de me meter nos fatos sobre a história da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
********
Até porque o assunto Madeira Mamoré é muito complexo.
*******
Começa que toda vez que temos que nos referir à estrada ferro temos que grafar a palavra “complexo” da Madeira Mamoré.
*******
Quer dizer o “bicho” já nasceu complexo.
*******
Aí me meti a dar apoio, a campanha encabeçada pelo pessoal do site Rondônia ao Vivo que denunciou o descaso do IPHAN para com a caldeira da "Serraria das 11”.
******
E sem consultar meus alfarrábios dos tempos de criança, quando ia tomar banho na “Bueira” que ficava atrás da Serraria “Tiradentes” ou então ancorar as toras de Cedro que a gente pegava no meio do Rio Madeira para vender na Serraria.
*******
Tasquei nos meus comentários, que o nome da Serraria da 11 Horas era “Santo Antônio”. Mancada total ou “amnésia” profunda.
*******
Como foi, que fui esquecer o nome da Serraria onde a nossa turma da feira ia brincar nas serragens praticamente todos os dias no final da tarde.
*******
Como esquecer o nome da Serraria onde praticamente todos os dias ficávamos pescando Mandi de cima das toras de madeira que ficavam a espera de ser serradas?
******
Foi então que o grande Mestre, o historiador dos historiadores, o reparador de todas as mancadas dos nossos historiadores.
******
Mestre, escritor, poeta e porque não, HISTORIADOR Antônio Cândido se apressou em nos corrigir, publicando (antes nos enviou e-mail) no site Gente de Opinião o artigo:
*******
A CALDEIRA DO MERCADO DO CAI N’ÁGUA
******
Onde mostra que a caldeira que na matéria publicada no Rondônia ao Vivo, consta como a que forneceu energia para a Serraria serrar os milhares de dormentes assentados sob os trilhos da Estrada Ferro Madeira Mamoré.
*******
Não “tem nada a ver com a construção da Estrada de Ferro e muito menos com o corte de DORMENTES”.
*******
Chama a nossa atenção por termos colocado o nome de Santo Antônio na serraria, quando o correto é Serraria “Tiradentes”.
*******
Como nosso espaço é pequeno.
*******
Vamos divulgar apenas parte do texto do Antônio Cândido recomendando nossos leitores, que acessem o Gente de Opinião para ler a aula sobre história de Rondônia completa.
*******
De ante mão, agradecemos ao Antônio Cândido pela reparação em nosso comentário.
*******
Vamos à parte do texto do poeta do “Vagão dos Esquecidos”:
*******
“Tenho acompanhado com interesse a discussão em torno da demolição do “Mercado do Cai N’água,” e do possível destino que será dado à caldeira ali instalada nas décadas 50/60 do Século passado.
*******
A caldeira foi elevada à categoria de bem histórico e digna, portanto, de debate popular na imprensa local onde os mais estapafúrdios comentários estão sendo feitos em torno do assunto.
*******
Silvio Santos tem razão quando diz que qualquer assunto referente à Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, gera discussão, o que não devia ser o caso, porque a caldeira e a cobertura do Mercado do Cai N’água nunca pertenceram à serraria instalada pelos americanos (após 1908), quando começou, também, a ser instalado todo o parque ferroviário.
*******
Assim, não podemos dizer que os dormentes utilizados na construção da ferrovia foram serrados com ajuda dessa caldeira, porque dormentes são lavrados e não serrados e, no caso da Madeira-Mamoré, os quase 600.000 dormentes utilizados, vieram 350.000 da Austrália e o restante do Norte e Nordeste brasileiro.
*******
Aqui ele publica as fotos da serraria Tiradentes e a foto da serraria da Estrada de Ferro batida pelo americano Dana Merril (veja no site).
*******
Isto posto, convém esclarecer que o “Mercado do Cai N’água” realmente abrigou uma serraria, que nunca foi “serraria das 11” como quer o Senhor Valmir Queiroz e nem “Serraria Santo Antônio” como quer o meu preclaro amigo Silvio Santos.
*******
O galpão, a serraria e tudo o que nela existia, foi construído pelo governo do Território Federal do Guaporé, como disse, entre os anos 50/60 do Século passado, anterior ao governo de Petrônio Barcelos, com o nome de “SERRARIA TIRADENSTES.”
********
A serraria Santo Antônio, existiu na BR–364, logo depois do Trevo do Roque, sentido Rio Branco de propriedade do senhor Emil Gorayeb, cujo galpão ainda está lá e pode ser visto por quem quiser.
********
A gente discute com o Antônio Cândido de teimoso que somos, mas que o cara conhece nossa história conhece.
*******
Valeu historiador, poeta e professor Antônio Cãndido.
Lenha na Fogueira com o filme "O Pecado de Paula" e os Editais da Lei Aldir Blanc
A Fundação Cultural do Estado de Rondônia (Funcer), realiza neste sábado (16), o ensaio para a gravação do filme em linguagem teatral "O Pecado de Pau
Lenha na Fogueira com o Museu Casa Rondon e a eleição da nova diretoria da FESEC
Entrega da obra do Museu Casa Rondon, em Vilhena. A finalidade do Museu é proporcionar e desenvolver o interesse dos moradores pela rica história
Lenha na Fogueira com o Dia de Nossa Senhora Aparecida e o Dia das Crianças
Hoje os católicos celebram o Dia de Nossa Senhora Aparecida a padroeira do Brasil. Em Porto Velho as celebrações vão acontecer no Santuário de Apareci
Jorgiley – Porquinho o comunicador que faz a diferença no rádio de Porto Velho
Tenho uma maneira própria de medir a audiência de um programa de rádio. É o seguinte: quando o programa ecoa na rua por onde você está passando, dando