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Gente de Opinião

Silvio Santos

Zekatraca - Lenha na Fogueira 04/06/09


 

Enquanto isso:

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Culturalmente falando!

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Porto Velho vai continuar sem contar com um espaço digno para apresentações de eventos culturais de grande porte.

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Como é o caso do arraial Flor do Maracujá, carnaval tradicional e fora de época, shows religiosos e tantos outros grandes acontecimentos que contribuem com o turismo de eventos.


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Até quando vamos continuar sem ter um estádio de futebol digno de uma capital de estado?

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Estamos nos reportando sobre o assunto, depois de ler que o governo de Rondônia, conseguiu a contra partida que queria, junto à empresa construtora da Usina de Jirau.

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Aliás, recentemente aqui neste espaço, elogiamos e concordamos com a decisão do governador de Rondônia em não liberar a licença para a Usina de Jirau.

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Agora estamos vendo que a estratégia do governador deu certo.

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O que nos chamou atenção foi como a compensação financeira vai ser aplicada.

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A nota distribuída e publicada nos meios de comunicação de Rondônia e do Brasil,

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Diz que dos R$ 90 milhões que serão repassados ao estado de Rondônia como compensação ambiental.

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15 milhões serão usados na ampliação do sistema prisional, com a construção de mais três pavilhões no Presídio Enio Pinheiro.

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E mais quatro novos pavilhões num presídio de segurança máxima a ser construído.

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Quer dizer, a preocupação das nossas autoridades, é apenas em dar conforto aos marginais, bandidos que vivem atazanando a vida da nossa população.

Será que precisamos realmente da ampliação do sistema prisional?

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Será que não seria bem melhor, investir parte desse dinheiro, num centro de formação!

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Com escola de música, teatro, artesanato, artes plásticas, luthier, bonequeiros, contadores de história etc.

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Melhor mesmo, seria se esse dinheiro fosse investido num centro de convenção, onde todos esses cursos pudessem ser ministrados, além de se criar um espaço, onde seriam realizados os grandes eventos culturais.

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Esse centro deveria ser construído na Zona Leste, local onde se registra o maior índice de ocorrências policiais na cidade de Porto Velho.

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Inclusive o Estádio de Futebol, deve ser construído naquela Zona de Porto Velho.

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É necessário que nossas autoridades saibam que a violência só será combatida realmente, através da educação cultural e esportiva do povo.

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Não adiante se construir mais espaço para se abrigar marginais.

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O que precisamos, é ressocializar os que existem e trabalhar para que nossas crianças e jovens, não sejam atraídas para o mundo do crime.

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Oportunidades como essa que a empresa responsável pela construção da Usina de Jirau está disponibilizando, são raras.

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E quando vemos anunciarem que parte dos recursos serão investidos na marginalidade, na bandidagem.

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Ficamos tristes.

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Até porque, o Ministério da Justiça tem programa voltado para a construção e ampliação de presídios.

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É só correr atrás que o dinheiro chega.

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Agora quero ver o Ministério da Cultura e do Turismo com uma política de construir centros culturais.

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Principalmente centros culturais onde se desenvolva ações relativas à formação de mestres da cultura popular.

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Nossa esperança, é que quando a segunda parcela do acordo com a empresa construtora da Usina de Jirau for liberada.

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Ou seja, R$ 45 Milhões que virão depois.

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Que os técnicos do governo estadual, orientem o governador, a destinar parte do dinheiro para a construção do nosso centro de convenção cultural. O nome mais adequado seria.

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Centro de Desenvolvimento das Culturas Populares de Rondônia “Ivo Cassol”.

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Aí já é “puxação” de saco.

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Vamos nos pegar com tudo quanto é santo católico, entidades da umbanda e candomblé, cultos milagrosos evangélicos, visões provocadas pelo chá de mariri e daime, despacho nas cachoeiras que ainda existem no rio Madeira, descarrego nas encruzilhadas.


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Tudo que for possível.

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Para abrir a mente de nossos governantes estaduais e municipais.

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No sentido de aplicarem com o maior proveito, as verbas de compensação repassadas pelas usinas do rio Madeira.

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Já pensou, o Flor do Maracujá sendo realizado num espaço sem lama,


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Com estacionamento bacana.

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Com um espaço super iluminado para a concentração dos grupos folclóricos.

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Já pensou o público sentado com todo conforto em arquibancadas com cadeira!

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Vamos até mudar o nome de centro cultural.

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Para “Cidade das Culturas Populares”.

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Aí no tempo das festas juninas seria a “Cidade do Folclore”.

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E no tempo do carnaval “Cidade do Samba”.

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No tempo da Cavalgada: “Cidade Country”

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No tempo da Macha para Jesus. “Cidade Evangélica”

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No tempo da parada do orgulho gay “Cidade GBLTS”!

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Chega de dar conforto a bandido

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Povo sem cultura é povo sem história!

Fonte: Sílvio Santos

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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