Terça-feira, 4 de dezembro de 2007 - 07h00
No próximo Sábado, dia 8 de dezembro a Fesec realiza o lançamento do CD com os sambas enredos das escolas de samba de Porto Velho.
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Além do lançamento do CD, a Federação promove o concurso "Melhor Puxador de Samba das Escolas de Samba de Porto Velho".
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A disputa, promete ser acirrada, entre os interpretes dos sambas enredos das escolas de Porto Velho.
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Banana Split. Júnior. Louro, Alex, Bainha e Ernesto Melo prometem super apresentações para convencerem os jurados que são os melhores.
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Só que a comissão julgadora vai escolher apenas um entre os seis concorrentes.
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Pode ser sete, se o Jair Monteiro puxador da escola Acadêmicos do Armário Grande resolver participar.
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A direção da Fesec, está encaminhando convite a algumas pessoas para comporem a mesa de jurados.
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Entre elas o professor Tadeu ou como é mais conhecido nas rodas de samba Walfredo da Esquina.
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Alkbal Sodré. O Alkbal é o que mais conhece nossos puxadores de samba, não apenas como pessoas, mas, como interprete também
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É o Alkbal quem produzo CD com os sambas enredos das escolas de Porto Velho.
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Então, ninguém mais abalizado para escolher o melhor puxador de samba enredo de Porto Velho do que ele.
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O certo é que a festa das escolas de samba filiadas a Fesec tem tudo para bombar.
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De acordo com a coordenação o evento está marcado para começar por volta das onze horas da manhã.
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E mais, a entrada é franca.
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Tem apenas um detalhe.
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A direção solicita as pessoas que forem ao Ypiranga que caso queiram colaborar com o Natal de Todos que é coordenado pela primeira dama de Porto Velho.
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Que leve um Brinquedo.
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Não é obrigado, levando ou não o brinquedo o sambista pode participar da festa.
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Já que estamos falando em carnaval;
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O Bloco Canto da Coruja abriu suas atividades visando o carnaval de 2008, no último Sábado dia 1º
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O pessoal que gosta do bloco dirigido pelo Cezinha, começou a brincar carnaval por volta das duas horas da tarde e quando era dez horas da noite foi que o frevo pegou fogo mesmo.
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Porque subiu ao palco a Banda Metais Corujões comandada pelo maestro Aragão e Jair Monteiro.
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A diretoria era toda sorriso com o sucesso do evento.
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Quem não gosta de marchinha e frevo ficou apreciando o ensaio do Bloco Canto da Coruja la "Dy Phora".
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A programação do Canto da Coruja acontece nos dias 8 e 15 de dezembro;
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5, 12, 19 e 26 de Janeiro de 2008
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Sendo que no dia 12 de janeiro acontece a escolha da Rainha do Bloco Coruja.
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Quem também estava com programação marcada para iniciar Sexta feira passada era o Bloco Rio Kaiary.
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Como não conseguiram a documentação necessária junto a Fundação Iaripuna a programação foi adiada para esta semana,
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Quer dizer, se tudo correr como o prometido o Bloco Rio Kaiary começa a ensaiar na próxima sexta feira dia 7.
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Quem está parado é o Bloco Galo da Meia Noite
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elo menos até a tarde de ontem a diretoria do Carijó do Caiari não tinha divulgado nenhuma programação.
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Será que o Galo está "Gogo"?
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E então, a pedida deste final de semana é o concurso "Melhor Puxador de Samba Enredo".
TEATRO: O Imaginário apresenta As Sombras de Lear
O espetáculo estréia no teatro do Sesc Esplanada no próximo dia nove
O Imaginário, de Porto Velho-Rondônia, estréia seu novo espetáculo no próximo dia 09 no Teatro Um do Sesc, às 21 horas e fará uma breve temporada: 15/12 – 19 horas – Apresentação especial para APAE 21 horas – Apresentação normal 16/12 – 19 horas – Apresentação especial para APAE 21 horas – Apresentação normal 20/12 – 19 horas - Apresentação especial para convidados filiados do SINTERO 21 horas – Apresentação normal 21/12 – 19 horas - Apresentação especial para convidados SECEL 21 horas – Apresentação normal (*) O resultado da venda dos ingressos (100%) das duas apresentações da APAE, terá a finalidade: ajudar na construção da Sede própria da APAE de Porto Velho.
Shakespeare escreveu seu texto entre 1606 e 1610, período do reinado de James I, filho de Mary Stuart, um rei que se achava culto, mas era ainda bárbaro. Para escrevê-lo o autor se inspirou numa parábola que contava a história de um rei e suas filhas, bem como em outras fontes vindas da cultura popular e da literatura oral. Na obra, Shakespeare trata do poder e sua ilusão, do relacionamento afetivo e político, do negligenciamento da responsabilidade social, com suas implicações, bem como da aprendizagem sobre o sentido da existência por meio de uma penosa caminhada do próprio rei. E, com isso, tematiza sobre a relativização do poder e da verdade, apontando para diferenças entre aparência e essência, bem como suas possíveis relações.
No “Rei Lear” de Shakespeare a maldade está presente, bem como a cegueira, a vaidade, a arbitrariedade, o orgulho, a presunção e a ambição. É uma tragédia onde o rei depara-se com a necessidade de enfrentar a revisão de sua própria existência, por meio de uma pedagogia da dor. Este Rei Lear, velho, resolve dividir seu reino entre as filhas com a intenção de que elas sejam suas tutoras e ele possa continuar com o status de majestade porém, sem os encargos e tarefas do reino. No entanto, ao contrário do que imagina, é traído pelas filhas ingratas que ambicionam obter todo o poder e riquezas. Uma outra filha, por não aceitar bajulá-lo e fazer os jogos do poder no momento da partilha do reino, é banida por Lear que se sente ofendido por sua postura verdadeira. Ele não percebe sua honestidade e, cego simbolicamente, acaba precipitando-se e sendo arbitrário em bani-la do seu reino desencadeando, assim, sem querer, sua própria via crucis. Nesta caminhada, Lear vai se deparar com a busca do entendimento de si, de sua passagem de rei a homem. Seu processo de humanização é doloroso, ainda que tenha como guia um bobo da corte que, de bobo não tem nada.
Este, por meio de versos, cantos e modos diferentes e divertidos de ser, apresenta a Lear toda a verdade que ele não quer ver e entender. Esta verdade, portanto, dói. Mas dói também toda uma circunstância em que ela é apresentada a ele, mesmo porque, neste processo, Lear também começará a perceber seu ato precipitado em deserdar sua filha boa. Doente do coração, magoado, irado, delirante, Lear sofrerá até encontrá-la, junto com a morte.
No espetáculo As sombras de Lear, a história da relação do rei com as filhas está presente. Esta sustenta a trama que finaliza com a caminhada-expiação contínua do rei e, paralelamente, a tomada-instalação do poder do reino pela filha má. Nosso Lear não morre. Damos a ele a opção de mudar por meio deste percurso. Fazemos isso inspirados numa característica da tragédia do Renascimento, que é diferente da tragédia grega onde não há opção.
São três atrizes em cena que fazem o Rei, a Filha má e a Boboca. Ao contrário da época de Shakespeare, onde mulheres não podiam atuar, aqui mulheres sobem ao palco e jogam com a representação. Não são mulheres fazendo papéis masculinos, mas são mulheres artistas jogando com o teatro e suas possibilidades de brincar com a verdade, com o real e o imaginário. Em todo o espetáculo esta brincadeira está presente. A montagem não se pauta numa linguagem realista-naturalista. Ao contrário, buscamos o jogo, seja por meio da recriação da fábula de origem, tornando Shakespeare nosso contemporâneo, historicizando os temas e os aproximando de fatos e situações rondonienses, seja por meio da própria atuação.
A encenação brinca com a seguinte figuração: em cena está um tapete vermelho no formato do mapa do estado de Rondônia, um trono confeccionado sob a inspiração das matérias e objetos símbolos da exploração extrativista locais e uma série de painéis que sugerem ao público um jogo com o imaginário do encantado da floresta. No percurso de Lear os objetos se deslocam jogando a desterritorialização de seu poder. E Lear, ao sofrer uma espécie de processo de “desmaterialização”, cai com o cenário.
Nossa história também apresenta relatos e imagens reais como o depoimento de pessoas com deficiência visual, fragmentos de textos sobre a expedição para a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, e imagens do tombo da Cachoeira de Teotônio.
Nosso Lear está em tormenta, vivendo num tombo, numa queda. Ao lado dele há aquela que quer afogá-lo de vez, a Filha má, e há aquela que o ajuda na passagem desta sua expiação por caminhos tão difíceis, a Boboca. Ele é sua própria sombra e esta assume formatos variados. (Na época de Shakespeare a palavra sombra designava, também, o ator por causa da transitoriedade das personificações que este assume. No nosso espetáculo, as sombras são também as atrizes que brincam com suas identidades, atuando e narrando uma história diversa e de modos diferentes.) Assim, Lear nos mostra que a construção do humano é uma ficção. E com ele supomos que todos estamos, também, atuando sempre, construindo e reconstruindo identidades.
Não sabemos se Lear irá conseguir a iluminação em sua existência. O fato é: ele, agora, a cada dia, caminha perguntando como sobreviver no escuro e como obter uma outra iluminação que não seja oriunda somente de uma usina.
Realização - O Imaginário, Funarte/Ministério da Cultura/Governo Federal.
Patrocínio: Petrobras. Apoio: Sintero, Secel, Sesc, Feter e Semed
Este espetáculo foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz/2007, com o patrocínio da Petrobras.
Fonte: zekatraca@diariodaamazonia.com.br
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