Quinta-feira, 5 de agosto de 2010 - 06h13
AMAZÔNIA DAS ARTES
Choro Amazônico
do Pará a Rondônia
A partir das 20h30 vamos aplaudir o músico paraense Adamor do Bandolim
Chorinho, o ritmo mais brasileiro entre todos, vai ecoar durante alguns momentos na noite de hoje 5, dentro do Teatro José Saled Morheb mais conhecido como teatro Um do Sesc Esplanada, graças a programação da I Mostra Sesc Amazônia das Artes, que está acontecendo em Porto Velho desde o último sábado e que hoje, apresenta o espetáculo musical “Choro Amazônico” com o bandolinista Adamor Ribeiro e o grupo Gente de Choro de Belém (PA).
Antes de entrarmos em detalhe sobre o espetáculo Choro Amazônico, vamos dizer sobre o maravilhoso espetáculo “O Espelho da Lua”, apresentado pelo grupo acreano “De Olho na Coisa”. Entre cantos, zumbidos e coaxas próprios da floresta amazônica, a lenda da Vitória Régia vai sendo contada através de um jogo de cena e efeitos especiais jamais visto numa peça de teatro em nossa cidade. Naia (Vitória Régia) ludibriada pelo “amor” do guerreiro Tiê que se transforma em vários seres encantados da floresta, na tentativa de conquistar o coração da pequena índia, esquece, ao levá-la a passear transformado em Urubu Rei, que a lua havia voltado a ser refletida nas águas do rio. Naiá ao ver seu rosto refletido no espelho d’água se joga para nunca mais voltar, aliás, quando volta, é na forma da flor aquática mais bonita da Amazônia a Vitória Régia.
Choro Amazônico
Hoje a partir das 20h30 vamos aplaudir o músico Adamor do Bandolim, como é conhecido no meio artístico paraense. Adamor é caboclo do Marajó, nascido na cidade de Anajás, é músico autodidata, iniciou sua trajetória musical em 1958, participando de um programa de calouros, na Rádio Difusora de Macapá, foi Carteiro de 1962 a 1970.
Em 2007 lançou seu segundo CD denominado de “Choro Amazônico”, patrocinado pela Petrobrás, que será apresentado hoje pelo projeto Amazônia das Artes.
Ficha técnica:
Adamor Ribeiro – bandolim
Marcelo – cavaco
Cardoso – violão de seis cordas
Paulinho moura – violão de sete cordas
Amarildo – Pandeiro
Local: Teatro Um do SESC
Dia: 05/08/2010 – Quinta
Hora: 20h30min
Classificação: Livre
Ontem correndo o dial do meu rádio, parei no programa a “Voz do Povo” apresentado pelo Arimar Sá na rádio Cultura 107. FM
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Na realidade, costumo escutar o programa do Arimar.
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Porém, o programa de ontem foi super especial.
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O entrevistado foi o professor, historiador (de verdade), Marco Teixeira.
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Ouvir o Marco Teixeira falando sobre a história de Rondônia é somar conhecimento.
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O professor Marco é catedrático no assunto história regional de Rondônia.
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Acontece que, não sei por que, alguns ouvintes acharam de ligar perguntando a origem do nome de algumas ruas de Porto Velho.
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E o professor explicando que não é a praia dele pesquisar sobre o assunto, até porque são centenas de nomes.
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Foi aí que vi que temos uma praia muito boa para bronzearmos nossa mente de boas histórias e quem sabe, conquistar mais alguns leitores.
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É pesquisar a origem dos nomes das nossas ruas.
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Apesar de que o Gerino que trabalha no IBGE, já ter publicado uma cartilha (assim ele denomina seu livro) com a Toponímia das ruas de Porto Velho.
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Toponímia é a divisão da onomástica que estuda os topônimos, ou seja, nomes próprios de lugares, da sua origem e evolução; é considerada uma parte da lingüística, com fortes ligações com a história, arqueologia e a geografia.
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Teve quem ligasse perguntando quem foi Raimundo Cantuária nome de uma rua que atravessa o bairro Areal.
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Raimundo Cantuária era empresário e tinha uma loja de material de construção em sociedade com o seu Humberto Corrêa – O nome da empresa era Cantuária & Corrêa. Isso em Porto Velho.
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Aí perguntaram quem foi José Vieira Caula?
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José Vieira Caula foi um cidadão que até o fim de seus dias, trabalhou na empresa do Teodorino Torquato Dias proprietário da famosa Casa Saudade que ficava onde hoje funciona o Ponto Sete.
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T.T. Dias ao abrir a Loja Mundo Elegante deu a gerência para o seu Caúla que depois, foi ser gerente da Casa Saudade em Ji Paraná.
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Juntamente como o Pedrinho do Bar do Canto que era irmão do Teodorino, José Vieira Caúla desfilava pelo bloco das Viúvas.
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Além disso, era torcedor do Ferroviário e ao assistir o jogo do seu time no Aluizão, fazia a seguinte narração, quando o goleiro pegava uma bola ele dizia: “Agarro-la” ou Pegou-la, se chutava, Chutou-la.
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A turma gostava de assistir o jogo ao lado dele só para achar graça da sua maneira de torcer.
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E por aí vai.
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Se não fossem os políticos, Porto Velho seria a cidade mais fácil para um carteiro trabalhar, pois os nomes de suas ruas identificam os bairros.
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Por exemplo: As ruas com nome de PEIXE ficam no bairro Lagoa.
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Rua como nome de minério é no Conjunto Mal Rondon.
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Músicos de renome: Conjunto 4 de Janeiro.
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Rua com nome de madeira: Conjunto COHAB Floresta e bairro Nova Floresta
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As ruas paralelas ao rio Madeira até a Jorge Teixeira ganharam nomes de pessoas e políticos de destaque nacional:
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Percival Farquar, Presidente Dutra, José de Alencar, Gonçalves Dias, Tenreiro Aranha, Mal. Deodoro, Salgado Filho e Jorge Teixeira.
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Nesse meio, tem a rua Brasília e a rua Guanabara que segundo seu Miranda, o homem que abriu a maioria das ruas de Porto Velho e lhes deu nome. Foram denominadas assim, por que: A Brasília foi aberta no ano da inauguração da capital federal. A Guanabara foi aberta quando criaram o estado da Guanabara.
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Após a Jorge Teixeira as ruas ganharam nome de países da América latina como Uruguai. Venezuela. Nicarágua, México etc...
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Para o lado Norte da cidade os nomes foram em homenagem aos distritos e alguns padres que fizeram pelas localidades do baixo Madeira.
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Rua Abunã, Calama, Jamari, Pe. Ângelo Cerri, Pe. Chiquinho. Pio XII etc...
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Depois temos as ruas que lembram nossos grandes rios:
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Rua Rio Madeira, Guaporé e Mamoré.
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Com certeza os carteiros agradeceriam se os nobres vereadores não mudassem tanto a Toponímia das ruas da nossa cidade.
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Voltando ao programa do Arimar Sá e a entrevista com o professor Marco Teixeira.
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Foi uma verdadeira aula de história regional. Valeu!
A Volta da Esperança
Amir Haddad (*)
Estive em Porto Velho para o “Amazônia Encena na Rua”. Saí de lá com a sensação exata, de que em apenas um dia e duas noites de permanência, eu tinha participado de um evento que, de tão grande, que poderia ser, fazia com que ele então parecesse pequeno, diante do que ainda poderá ser.
Nos tempos em que vivemos raramente a esperança tem nos visitado. Na imensidão da Amazônia, em um novo mundo em formação, os caminhos ainda estão abertos, mais abertos que nos grandes centro e aglomerados urbanos.
Que ninguém mais se vanglorie do progresso acelerado. Já sabemos onde isto nos leva. Porto Velho pode construir uma corrente de Desenvolvimento Cultural e Cidadania, que a ajudará escapar da encruzilhada e dos perigos deste “progresso acelerado”
Por suas características urbanas e geográficas, é uma cidade apta a acolher em seus braços e praças a manifestação livre e espontânea da cidadania, através de seus ritos e celebrações culturais. Os moradores, e advindos de outras regiões também, trazem consigo manifestações, em algum lugar, de sua etnia e Identidade Cultural. E a cidade ainda não soterrou a todos embaixo da poeira cinza esbranquiçada do desenvolvimento econômico, voraz e destruidor, apesar de algumas boas intenções...
Em Porto Velho ainda há possibilidade de um vislumbre de esperança, se a Vida Cultural não for descuidada. Alem do que já está feito, sente-se que ainda há muito o que fazer, e muito o que crescer. Por isto ainda tão pequeno. Por isto tão grande.
Por isso também o “Amazônia em Cena na Rua” me pareceu tão promissor, jovem, vibrante, transformador. O evento tem as características necessárias para promover o desenvolvimento de uma política cultural de ocupação dos espaços públicos urbanos e devolve-los para o convívio e valorização da cidadania e da cidade.
Dentro de cada apresentação naquela pequena grande praça iluminada, havia uma luz maior que a de fora: a luz do prazer de se apresentar em praça publica para todos, e de trazer dentro do peito o sonho ainda possível da Utopia.
Parabéns aos organizadores e boa sorte no futuro.
(*) Amir Haddad é diretor, ator e autor de textos teatrais, um dos maiores incentivadores do teatro de rua.
Show
Sílvio Santos brilha na escuridão
Por Antônio Serpa do Amaral Filho (Basinho)
Apesar da Fundação Iaripuna ter deixado o palco às escuras, por falta de iluminação artística, o show de Sílvio Santos brilhou no escuro da noite como um diamante fosforescente desafiando as trevas da falta de sensibilidade operacional dos nossos gerentes administrativos. A apresentação do incandescente compositor e folclorista Sílvio Santos aconteceu no último circuito do projeto “Ernesto Melo e a Fina do Samba”, apresentado dia 30 de julho, na sexta-feira passada, no Mercado Cultural, no centro histórico de Porto Velho. Em que pese o projeto Fina Flor do Samba ser hoje o maior ponto de encontro de sambistas da capital e ser também a produção cultural que mais divulga uma das maiores obras do prefeito Roberto Sobrinho, o Mercado Cultural, a administração petista insiste em tratar o projeto com a miopia digna dos que têm olhos sãos e não querem enxergar um elefante branco trotando à luz do dia. Sílvio, que não dá bom dia a cavalo, foi providencialmente irônico e, na abertura do seu espetáculo musical, cumprimentou e agradeceu ao Tatá, presidente da Fundação Iaripuna, “o patrocínio da iluminação do show”. A platéia compareceu em massa, curtiu, cantou e dançou, prestigiando a performance do compositor.
Trajando um blazer estiloso, Sílvio inaugurou seu leque repertorial com “Amor de Quatro Dias’, relembrando nostalgicamente, ainda que de passagem, o caso de amor da dupla mais romântica dos velhos carnavais: os clássicos Pierrot e Colombina. E a partir daí seguiu desfiando seu novelo de composições, surpreendendo a quem só o conhecia como amo de boi e jornalista do Diário da Amazônia e maravilhando quem já sabia desse seu potencial. O samba do Cara de Paca, como também é chamado, tem a marca da heterogeneidade, tanto temática quanto estilística. Daí ele ser capaz de encerrar um belíssimo samba-canção e ingressar frenético em meia dúzia de sambas-enredos, depois de ter passeado de sapatinho branco na passarela do samba de breque. Em “Porto, Velho Porto” sua veia memorialista deságua na ilharga de uma suburbana cidadela temperada pelo papo sadio, pequenos senões e uma beleza sem par numa Porto Velho de João Barril que ninguém imaginava que fosse se transformar no que é hoje. Acelerando o andamento e colocando no arranjo um acorde perfeito maior, Zé Katraca, como também é conhecido o compositor, apresentou ao público seu pout porri de marcantes e vitoriosos sambas-enredos, construídos a partir de profundo mergulho na literatura nacional e internacional, na lembrança dos personagens históricos do país, da cidade e do nosso carnaval, como Camões, o poeta genial, e Afonso Henriques, fundador da primeira dinastia (de Borgonha), Marize Castiel, o bairro Caiari, a feira e outros. A canção “Odoiá Bahia”, feita em parceria com Valdemir Pinheiro da Silva, o Bainha, merece registro especial por ter sido a grande vencedora do primeiro Festival de Música Popular Brasileira de Rondônia – o FEMPOBRO. Uma outra pétala clássica do buquê de notas musicais de Sílvio, a lendária “Ceará, Lendas, Rendas e Crenças”, escrita em parceria com Babá e Haroldo, fez o público relembrar e cantar junto uma das mais bonitas páginas da composição regional no gênero samba-enredo. Nesse momento de absoluto êxtase musical, depois de ter reverenciado o também compositor Ernesto Melo, cantando Veriana, de 1984, todos os espíritos que perfazem a história e a memória da cidade desceram no centro histórico, como se estivessem sendo abduzidos por seus cavalos no chão de terra batida de Santa Bárbara e Samburucu. Para fechar em grande estilo sua apresentação e mostrar o potencial criativo da gente Guaporé só faltava mesmo Sílvio Santos convidar o povo a cantar as marchinhas do maior bloco carnavalesco da Amazônia ocidental, a Banda do Vai Quem Quer - o que foi feito. A lua brilhando no céu e a fluorescente poesia do samba reluzindo em frente ao Palácio Presidente Vargas deixaram uma só certeza: nada substitui o talento e a espiritualidade da gente desta terra, em meio ao violento processo de transformação por que estamos passando. Apesar dos pesares, o show de Sílvio Santos brilhou na escuridão cênica do Bar do Zizi. Salve o compositor popular!
Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com
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