Zekatraca - Lenha na Fogueira 06/07/09

 O Disfarce que todo mundo (Não) Viu
 
Por Paulo Silva (*)

Disfarce. Vocábulo: 1. Ação de disfarçar-(se). 2. Aquilo que serve para disfarçar. 3. Fingimento, dissimulação. 4. Fig. Máscara. Dic. Aurélio. Ed. N. Fronteira – pág  481. A  XXVIII  Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás do Arraial Flor do Maracujá encerrada neste Domingo (5 de julho de 2009),  teve seu regulamento arranhado no quesito personagens, ítem 03 (Os Mascarados) senão vejamos: Elementos  comparativos – Indumentária, cênica, criatividade e desenvoltura. Os Mascarados que são quatro, relativamente à apresentação do Bumbá Diamante Negro, se mostraram em número de três, indo de encontro àqueles próprios do folguedo que são; Cazumbá, Pai Francisco, Mãe Maria e Catirina.  Para agravar a total desatenção dos senhores julgadores, os três “Mascarados”, que deveriam ser quatro, não usavam a tradicional e indispensável máscara, que dá nome aos personagens. Nos parece, que os julgadores do quesito (Mascarados), não perceberam o que todo mundo viu, a ausência daquelas personagens, o que tira da Comissão Julgadora a necessária isenção e o caráter de imparcialidade, que devem nortear os julgamentos. A Máscara naqueles brincantes, é componente essencial da sua indumentária, e a ausência já referida, deveria ser anotada pelos julgadores, sem esquiva, lançando na planilha de pontuação, a nota merecida (zero), atendendo dessa maneira, os termos do Regulamento da Mostra. Ao contrário do bom senso, o resultado de tal esquivança. privilegiou o grupo de Boi-Bumbá aclamado vencedor, em resultado pífio, de prejuízo irreparável, que vem em detrimento da manutenção da nossa cultura, abrindo frontais precedentes que poderão comprometer o seguimento, face à falta de conhecimento da brincadeira, bem como, a não observância ao  Regulamento.  O vencedor nada tem a ver com o resultado desastrado, mas o seu troféu está carimbado com esta pecha.   Além de convivermos com toda a imitação caricaturizada advinda da Ilha, agora,  é aplicado o disfarce de que “o regulamento não explicita que os mascarados devem usar máscaras”, como disse a respeitável professora, num frontal atentado ao óbvio ou seja; máscaras... mascarados... No entanto, necessário é atentar para o que nos resta de tradição; do contrário seremos fadados à outra pecha, a de  parafolclóricos...

(*) O autor é estudioso do folclore e demologia amazônida.
 

Flor do Maracujá

Rádio Farol adulta e
mirim vence festival

Os fenômenos da natureza deram todos os troféus do Maracujá a Rádio Farol

O Grupo Folclórico “Os Caipiras do Rádio Farol” foi o grande vencedora da XXVIII Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás do Arraial Flor do Maracujá, com seus grupos adulto e mirim. Com o tema “Radio Farol em Oração”, a “Furacão do Norte” como também é conhecida a quadrilha do Severino fez uma brilhante apresentação na noite do último sábado encantando o público que superlotou as arquibancadas do Flor do Maracujá. A despedida do marcador “Cueca” foi recheada de fenômenos da natureza como, maremoto; furacão, chuva, relâmpago e outros. Enquanto os pares evoluíam, os destaques iam surgindo no meio da arena saindo de dentro de cenários muito bem confeccionados pelo artesão Ernane Cabral. 

O público começou a sentir que o Rádio Faro adulto vinha pra cima dos concorrentes, quando a quadrilha Mirim começou sua apresentação “Radio Farol em Oração” era como se as crianças estivessem através de suas orações, pedindo proteção para que o grupo adulto fizesse uma boa apresentação. 

A Rádio Farol adulta ganhou dos jurados 419,5 pontos. “Poxa vida ainda tiraram cinco décimos da nossa quadrilha”, lamentava o presidente Severino um perfeccionista por excelência.

A Classificação final dos grupos de quadrilhas ficou assim: em 1º lugar “Os Caipiras do Rádio Farol”; 2º lugar JUABP; 3º lugar “A Roça é Nossa”; 4º lugar “Na Tonga da Mironga do Cabuletê”. 

No naipe de quadrilha mirim a campeã foi a Rádio Farol; 2º lugar Rosa de Ouro, 3º Rosa Divina e 4º Rodopio.

Descem para o grupos de acesso as quadrilhas mirins, Matutinhos do Triângulo e Juabp.

Os grupos de quadrilha adultos que desceram para a categoria de Acesso foram: Matutos na Cidade Grande e Mocidade Junina.

Terminou o Arraial Flor do Maracujá.

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Qual a classificação que o leitor daria para a XXVIII Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás do Flor do Maracujá.

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Primeiro vamos ao arraial propriamente dito.

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O arraial é onde se comercializam as comidas típicas e se brinca no parque de diversões.

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A Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbá acontece na arena ou no curral de dança montada dento do arraial.

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Muitas pessoas vão ao arraial, mas, não vão assistir os grupos de apresentando na arena.

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Lemos artigo assinado pelo Tatá publicado em vários sites, onde o presidente da Fundação Iairipuna.

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Reclama dos preços exorbitantes cobrados pelos barraqueiros.

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Realmente, não se admite pagar por uma picanha na chapa R$ 40.

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Por um Vatapá R$ 15 por um Pato ao Tucupi até R$ 50.

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A latinha de cerveja estava a R$ 3.

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O negócio estava de rachar o bolso em se falando de preço no Flor do Maracujá.

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O interessante é que esses preços também foram cobrados na Expovel.

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Só que na Expovel um local para instalar um restaurante custa R$ 2 Mil.

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E no Flor do Maracujá apenas R$ 600.

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Dois Mil Reais contra Seiscentos Reais.

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Uma diferençazinha de Um Mil e Quatrocentos Reais.

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Bom!

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Para uma festa popular, realmente os preços estavam muito salgados.

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Agora, ninguém era obrigado a comer no arraial.

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Acontece, que quando vamos a uma festa no estilo Flor do Maracujá, vamos com a intensão de degustar qualquer comida típica.

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Seja Pato ao Tucupi, Picanha, Bolo de Macaxeira, Mungunzá ou Curau.

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Galinha Picante e outros iguarias próprias da época.

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Se formos com a família, Mulher e dois filhos lascou-se.

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Com menos de R$100 não dava para sentar em qualquer barraca.

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Sabemos que existe uma políticas no meio dos turismologos na qual festa típica deve ser cobrado pelos olhos da cara,

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Pois imaginam os turismologos que quem freqüenta esse tipo de festa são apenas turistas que estão de passagem por pela cidade.

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Escrevo isso porque o responsável pelo Departamento de Turismo Municipal quando da inauguração do Mercado Cultural orientou o Zizi a cobrar preço alto justificando que o ambiente é para ser freqüentado por turistas e fazer turismo é caro.

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Ou só faz turismo quem pode.

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Conceito muito errado para ser empregado numa festa como o Flor do Maracujá.

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As pessoas que freqüentam o Flor do Maracujá em sua maioria são de origem humilde.

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São familiares dos integrantes dos grupos folclóricos.

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Com os preços praticados este ano pelos barraqueiros.

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Teve nego que saiu do arraial com a barriga colocada nas costas de tanta fome.

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No mais que conseguiu comer, foi uma “Maçã do Amor” que custava apenas R$ 2.

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E na arena ou no curral de dança?

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Os grupos foram maravilhosos.

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Apesar dos horários não terem sido obedecidos à risca.

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Muito luxo, e muita pobreza também de alguns grupos.

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O Luxo ganhou da pobreza disparado.

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A revelação foi o Jair Monteiro como levantador de toadas.

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A grande decepção foi a não observância do que constava no Regulamento da festa.

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A Comissão Coordenadora literalmente rasgou o REGULAMENTO da apresentação dos grupos.

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O grande ganho foi a transmissão por quatro redes de televisões.

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Coisa que só aconteceu até agora no Flor do Maracujá de Porto Velho.

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É nisso que precisamos pensar

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Nosso grupos foram visto quase no mundo todo.

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Nossa caixa de e-mail está cheia de recados de praticamente todos os estados brasileiros e de alguns cidade do exterior.

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Nossos grupos de quadrilhas estão sendo elogiados até por pessoas que moram em Caruaru-PE e Campina Grande-PB.

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Nosso Bois-Bumbás estão sendo elogiados por pessoas que residem no Japão, Alemanha e tantas cidades brasileiras.

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Independente de quem foi o vencedor do troféu de primeiro lugar.

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E apesar da iluminação e do som que não foram lá essas Brastemp.

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Todos nós estamos de parabéns!

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Do mais humilde integrante da Comissão Organizadora ou Coordenadora ao mais graduado.

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Os seguranças particulares, os decoradores, a policia militar, Samu e outros órgãos que operaram dentro do Arraial.

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Parabéns ao secretário Jucélis, ao Coordenador Luizão e sua equipe.

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Parabéns principalmente aos grupos folclóricos que nos proporcionaram maravilhosos espetáculos.

Diamante Negro é campeão

O Boi-Bumbá Diamante Negro com apenas cinco décimos de diferença, 658,8 contra 658,3 derrotou o contrário Corre Campo na XXVIII Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás no Arraial Flor do Maracujá. Preservação - Das Raízes às Emoções foi o tema apresentado pelo boi dirigido pelo folclorista Aluízio Guedes e sua esposa Eleida. O interessante foi que mesmo após a Comissão Organizadora divulgar o resultado oficial, dando o grupo como vencedor do festival, seus integrantes presentes no “curral” de dança do Flor do Maracujá, não festejaram. “Parece que eles não acreditaram no resultado”, disse Edvan diretor do boi Veludinho. Na realidade o que pegou, foi a falta de punição ao grupo por não ter colocado de acordo com o que reza o Auto do Boi-Bumbá em relação ao quesito “Mascarados”. O Diamante Negro não colocou esses personagens caracterizados como consta no manual do julgador distribuído pela coordenação a imprensa e jurados. “Todos que estavam nas arquibancadas do Flor do Maracujá viram que os mascarados do Diamante Negro estavam sem máscara, porém o regulamento não diz que Mascarado tem que usar máscara”, palavras infelizes da professora Nazaré Silva justificando o indeferimento do recurso impetrado em tempo hábil pela direção do Corre Campo.

Sendo assim o Diamante Negro foi anunciado como campeão com a seguinte pontuação: 658,8 pontos; em 2º lugar com 658,3 pontos, 3º lugar com 646,9 Boi Marronzinho e em 4º com 646,9 lugar o Boi Az de Ouro. O Tira Teima ficou com 5º lugar e o Boi “Vencedor” foi o último colocado.

No naipe Boi-Bumbá Mirim o grande vencedor foi Estrelinha com 647,0 pontos; 2º lugar Mimosinho com 617,0 pontos, em 3º lugar Brilhantinho com 601,5 pontos e em último lugar o Boi Veludinho com 557,2 pontos.

 Fonte: Sívio Santos / www.gentedeopiniao.com.br / www.opiniaotv.com.br
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