Quinta-feira, 6 de novembro de 2008 - 07h27
Escola
Diplomatas do Samba
Comemora 50 anos
A programação conta com show da troupe da bateria e Mestre Sala e Porta Bandeira
O Grêmio Recreativo Escola de Samba "Os Diplomatas", realiza hoje a noite, na sede do Ferroviário, festa em comemoração aos seus 50 anos de fundação.
O presidente Eufrásio Barbosa e sua diretoria estarão homenageando com certificados e troféus, várias pessoas e entidades que de uma maneira ou de outra contribuíram para o sucesso da agremiação, durante esses cinqüenta anos.
Entre os homenageados destacamos os fundadores da agremiação Antônio Chagas Campos popularmente conhecido como Cabeleira e Waldemir Pinheiro da Silva o Bainha os únicos fundadores vivos. A lista de homenageados é vasta e conta com nomes como o de Sônia Maria Rocca; Jair Monteiro; Agnes Davis Campos, Silvia Ribeiro da Silva; Vilmar Zimmerman, Silvio Macedo dos Santos, Nair Pinheiro da Silva, Gracindo Caslow, Severino Castro, Alexandre Ducan Davis, Osíris Leal Lobo, Oscar Dias Knigthz, Edna Graça Alves, Leônidas O'carol Chester (homenagem póstuma); Jose Ribamar Silva, Paulo Soares de Souza, João Leal Lobo (homenagem póstuma); Eliezer Santos (homenagem póstuma); Roosevelt Pierre Maturim, José de Jesus Oliveira, Álvaro Pires Júnior, Patrícia Ribeiro, Cátia Maria da Silva, Maria Laide da Silva, Ione Rodrigues da Silva, João Lima de Araújo, Ellis Regina, Carlos Alberto Soccol, Prefeito de Porto Velho Roberto Eduardo Sobrinho; Secretário da Secel Jucelis Freitas, Secretário da Semusp Jair Ramires e o presidente da Fundação Iaripuna Júlio Yriarte.
A festa está marcada para começar às 20 horas com a animação do grupo "Sem Moderason" liderado pelo Jair e pelo cavaquinista Audízio.
Estarão atuando como mestre cerimônia o João Carlos Alves (Carlinhos Maracanã) e a Socorro.
Quando nasceu a escola de samba Os Diplomatas, quais os seu principais fundadores e o enredo quem a escola vai apresentar no carnaval de 2009.
Surge uma escola de samba sem nome
No carnaval de 1958 a professora conhecida como dona Jóia, colocou para desfilar na Avenida Presidente Dutra o Bloco infanto/juvenil "Os Scaramuches,". Essa prática dona Jóia vinha executando a alguns anos, sempre o nome do bloco, era o nome de um filme que estivesse em cartaz nos cinemas de Porto Velho, em especial, no Cine Brasil. Assim o público de Porto Velho já havia aplaudido o bloco do "Zorro"; "Piratas" etc..
Tão logo terminou o carnaval o esposo de dona Jóia, Valério Souza e seu filho Ricardo, começaram a articular a transformação daquele bloco, em uma escola de samba. O tempo foi passando, Ricardo passou a integrar como baterista, o Conjunto "Bossa Nova" recém criado pelo Paulo Santos e Manga Rosa; Também passaram a fazer parte do "Bossa Nova" os carnavalescos Waldemir Pinheiro da Silva – Bainha; Antônio Chagas Campo – Cabeleira e o Leônidas O'carol Chester.
Vale salientar que o carnaval de Porto Velho naquela época, começa no mês de outubro com a realização das famosas batalhas de confete e dos bailes que eram denominados "Grito de Carnaval" pelos dirigentes do clubes sociais, Ypiranga, Guaporé, Imperial, Bancrévea e Danúbio Azul Bailante Clube.
Valério e Ricardo vendo os bailes carnavalescos acontecendo, resolveram colocar em prática o Projeto da Escola de samba. Convocaram para uma reunião os percussionistas do Bossa Nova Bainha e Cabeleira e juntos, numa tarde do dia 4 de novembro de 1958 resolveram criar uma escola de samba para desfilar no carnaval de 1959. Tudo praticamente acertado, porém, para se colocar uma escola de samba na avenida, não é como colocar um bloco infanto/juvenil. Da reunião que aconteceu na residência da Dona Jóia que ficava a Rua Joaquim Nabuco sub esquina com a Almirante Barroso, os quatro desceram para a Rua Barão do Rio Branco com o objetivo de convidar o Diretor de Obras da Prefeitura Municipal de Porto Velho Tário de Almeida Café, para ser o presidente da agremiação recém criada, que ainda não tinha nem nome.
Escola de samba Prova de Fogo
Valério, Ricardo, Bainha e Cabeleira, chegaram a residência do Tário de Almeida Café, na boca da noite. A casa ficava na rua Barão Rio Branco no centro de Porto Velho. Pego de surpresa, pois naquele tempo ainda não existia telefone em Porto Velho, Café mandou a turma se “abancar”, chamou sua esposa e mandou servir Whisky Cavalo Branco o melhor da época. Papo vai, papo vem, Valério já meio “truviscado”, se encheu de coragem e fez a explanação sobre o motivo da visita. “Café, por sabermos que você é uma pessoa sensibilizada com a cultura carnavalescas e até porque, sabemos que você já foi dirigente de um bloco carnavalesco em sua terra natal Fortaleza do Ceará e tendo esse grupo na tarde de hoje criado uma escola de samba, tomamos a liberdade de vir até aqui convida-lo para dirigir essa nova agremiação carnavalesca que em para substituir o bloco da minha senhora dona Jóia”, após esse discurso, Valério deu uma suspirada tomou fôlego. Empurrou mais uma talagada do Cavalo Branco, isso logo após ser aplaudido pelos demais integrantes do grupo, e sentou esperando a resposta. A esposa do Tário Café ao ouvir a proposta do grupo foi logo dizendo: “Café, você não vai aceitar esse convite, lembra do que você passou quando dirigiu aquele bloco lá no Ceará”. Era tempo do mais puro machismo e aquela interferência da mulher, ajudou ainda mais o objetivo de Cabeleira, Ricardo, Bainha e Valério que fazer com que o Diretor de Obras da Prefeitura aceitasse o cargo de presidente da nova agremiação carnavalesca.
Tário, ao ouvir as ponderações de sua esposa, ordenou: “Mulher, cuida de preparar um tira gosto pro’s meninos e deixa que a decisão de aceitar ou não a direção da escola é minha”. Foi a deixa para Bainha e Cabeleira reforçarem o convite e isso foi feito através de música, Bainha puxou uma caixa de fósforo e o cabeleira pegou o garfo que estava em cima da mesa e enquanto um batucava na caixa de fósforo e o outro fazia o litro de Cavalo Branco de agogô, puxaram um samba, fazendo o Café começar a ensaiar uns passos no meio da sala. Nessas alturas, todos já estavam mais pra lá do que pra cá. Tá certo! Disse Tário Café parando de sambar. Eu aceito a presidência da escola de samba, desde que o nome seja escolhido por mim! Era o que a turma queria.
Valério em nome dos demais, disse que “O presidente pode ficar a vontade para escolher o nome da nossa querida escola de samba”.
Café então, já com a pose de presidente, disse: “Nossa escola de samba vai se chamar ‘Prova de Fogo”.
Universidade dos Diplomatas do Samba
No carnaval de 1959 o público super lotou a avenida Presidente Dutra para assistir o desfile da nova escola de samba “Prova de Fogo”. A escola enfrentou as concorrentes “Deixa Falar” dirigida pelo Bola Sete e a “O Triângulo Não Morreu” dirigida pelo Guarda Miguel, pelos carpinteiros Cardoso e Gia. Milton Alves locutor a Rádio Difusora do Guaporé era o locutor oficial e foi quem anunciou com toda a pompa: “aproxima-se do palanque oficial a mais nova agremiação carnavalesca de Porto Velho. Vamos aplaudir a escola de samba “Prova de Fogo” e o povo delirou com a batucada da escola que passou garbosa cumprimentando o Rei Momo. Não deu outra. Prova de Fogo campeã do carnaval de 1959.
Nos carnavais de 1960/61 a escola desfilou com o nome de “Diplomatas do Samba”.
Já em meados de 1961 chegou em Porto Velho transferido da agencia do Banco da Borracha (hoje Basa), o Agostinho que ficou conhecido como Bizigudo. Bizigudo vinha de Belém e começou a cantar coco nos programas de calouros da Rádio Caiari onde o Bossa Nova também se apresentava, em conseqüência dessa proximidade ele foi convidado pelo Bainha, Cabeleira, Ricardo e Leônidas para fazer parte da escola “Diplomatas do Samba”
Ao participar de uma das reuniões da diretoria da escola, Bizigudo achou o nome muito fraco para uma agremiação carnavalesca e o nome de “Universidade dos Diplomatas do Samba”, uma homenagem a escola de samba que ele brincava em Belém do Para, “Universidade do Samba Boêmios da Campina”
A sugestão foi acatada por unanimidade, de imediato lavrou-se a Ata que foi assinada por todos com a nova denominação da escola de samba: “Universidade dos Diplomatas do Samba”.
Em meados da década de sessenta o nome da agremiação foi mais uma vez mudado. Por sugestão do Bainha, a escola passou a se chamar apenas de Grêmio Recreativo Escola de Samba “Os Diplomatas”, nome que perdura até hoje.
Leônidas O’Carol Chester – Muitos discutem o porque do Leônidas não constar como um dos fundadores da escola de samba Os Diplomatas. Acontece, que apesar do Leônidas ser uma espécie de office boy na casa do Valério, pois justamente no dia no qual a escola foi criada os dois estavam de “mal”, ou seja haviam discutido por algum problema. Por isso o nome do Leônidas O’Carol Chester não constou na Ata de Fundação da escola de samba. Independente de qualquer problema, o Leônidas enquanto viveu, foi o maior defensor da escola de samba que mesmo não constando da Ata, ele deve ser considerado um dos fundadores da escola “Os Diplomatas”.
Samba Enredo - 2009
Em uma viagem de sonhos e fantasias
os diplomatas cantam: Recorda é preciso
nos seu 50 anos de avenida
Samba de: Paulinho Cachaça e Raphael Saideira
Interprete: Júnior
Tá com inveja de mim então diz
Ta com inveja de mim então diz
Vermelho e branco eu sou feliz
Eu sou um fruto que gerou de uma raiz (Eu cheguei)
Eu cheguei
Para contar a minha história
São 50 anos de alegrias,
Muitos sambas e vitórias (no inicio)
Foi um prova de fogo
Da diversidade do samba
Hoje eu sou diplomatas
Rondônia e riquezas cantei
Com o pássaro de fogo fiz simpatia
Prá louca cair da lua
Nascia assim, num celeiro de bambas
Os diplomatas do Samba
Há 50 anos atrás
Pega firme cavaco
Senta a mão bateria
Deixa os diplomatas passar
50 anos de Glórias, de alegrias
Muitos sambas e histórias
Um dia nosso surdo parou
Repeniques se calou
Mas não se enganem, não
O gigante, ele só adormecia
Prá voltar mais forte ainda
Trazendo o folclore pra ser campeão
Assopra que apaga a velinha, amor
Prá quem é o primeiro pedaço
Que eu dou
Prá essa galera a mais querida
Se lambuzar nesse bolo de amor
Fonte: Sílvio Santos/Gentedeopinião
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