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Gente de Opinião

Silvio Santos

Zekatraca - Lenha na Fogueira 07/05/08




Baile da Rainha da Expovel
sexta-feira na Queóp´s


A festa vai ser realizada na Casa de Shows Quéop’s com a presença do grupo Chapahall’s, de Goiânia

Yalle Dantas

Preparem suas botas, vem aí... Baile da Rainha, evento que será realizado nesta sexta-feira, na Casa de Shows e Eventos Quéop’s a partir das 20h. São dez concorrentes ao título de Rainha e princesas da Expovel 2008, que irão reinar nos nove dias da Exposição Agropecuária de Porto Velho. Serão mais de 6 horas de bailão ao som do Trio Chapahall’s direto de Goiânia/GO e pré-show com Meninos da Viola. 

Além de uma bela noite, regada a muita dança, em que desfilarão as meninas com a coleção da lojas Milla, mostrando desenvoltura, beleza e simpatia, critérios julgados pelo público e jurados do evento. A premiação para a rainha e princesas é das lojas Milla, Rommanel e Floricultura Primavera. A realização é da Aspro (Associação dos Produtores Rurais de Porto Velho), Iguana Produções e Baladas e coordenação B&Z Agence. Apoio: Crystal, Fimca, Água Mineral Kaiary, Dydyo, Black White, Rommanel, Lojas Milla, Tecnocel, O Estadão do Norte e Edson Gazoni. Cerveja Crystal 3XR$ 5,00 e ICE 51 por R$ 2,00 a noite toda. Maiores informações podem ser adquiridas no Parque de Exposições ou pelo fone: 8417-4545. 

Com o tema “Desenvolvimento sustentável com consciência ambiental e responsabilidade social”, a Associação dos Produtores Rurais de Porto Velho (Aspro), já está finalizando os preparativos para a Expovel 2008 (Exposição Agropecuária Comercial e Industrial de Porto Velho), que conforme calendário oficial será realizada na primeira semana de junho deste ano. 

Durante nove dias, (07 a 15 de junho), estarão reunidos num só local, com toda a infra-estrutura pensada, preparada e montada para esse fim, no Parque de Exposições (Av. Lauro Sodré), tudo o que envolve agronegócio em todas as suas variedades e vertentes, com a participação da indústria, comércio e serviços. 

Com o tema diferenciado e inovador, a Expovel deste ano levanta a bandeira do meio ambiente. O presidente da Aspro/Expovel, João do Vale Neto, há muito vem se preocupando com a questão. Através de reuniões com produtores rurais, empresários, fazendeiros e recentemente com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, João do Vale discutiu “O Desmatamento Zero”, projeto idealizado por ele junto com um grupo representado por vários segmentos. 

“A Expovel é um das maiores incentivadoras do desenvolvimento e crescimento econômico do Estado. Queremos continuar incentivando isso, mas achamos por bem agir de uma forma mais consciente, ou seja, desenvolvimento com responsabilidade”, destacou João do Vale. 

Dentre as principais atividades voltadas para a questão ambiental, responsabilidade social e desenvolvimento sustentável, este ano a feira agropecuária será realizada com um diferencial ecológico: a organização vai aferir a emissão de carbono gerada pelo evento. 

A partir desta aferição, serão plantadas tantas árvores quantas forem necessárias para neutralizar os efeitos do impacto ambiental causado pela Expovel 2008. “Toda esta ação será amplamente divulgada e creditada a cada um dos nossos parceiros”, destacou o presidente da Aspro/Expovel, João do Vale Neto, demonstrando sua preocupação com o aquecimento global. 

Além do plantio de árvore a Aspro programa várias outras atividades nesta área. “No decorrer da feira vamos apresentar aos parceiros e população em geral todas as nossas metas. Nossa intenção também é a de orientar, neste período, todos os produtores e pessoas ligadas diretamente com o evento, para que dentro das atividades, seja tudo feito com responsabilidade social, e principalmente em prol do meio ambiente”, finalizou. 

No decorrer da Expovel estarão em exposição dentro do parque os melhores exemplares do rebanho bovino que já ultrapassou 12 milhões de cabeças, juntamente com implementos, caminhões, máquinas agrícolas, tratores, motos, veículos de todas as marcas. 

Durante a Expovel 2008, acontecerão vários eventos dentro do mesmo espaço, como o Rodeio Qualifty e Rodeio Nacional Profissional, espetáculo de arte, shows musicais e locais e nacionais, tudo para encantar o público que a cada ano é maior e tudo para devolver em termos de fixação de marca ou em negócios, o crédito e apoio dos parceiros, expositores e patrocinadores. 

Em se tratando da apresentação de shows musicais já estão programadas as apresentações da dupla sertaneja Bruno e Marrone 08/13; Revelação 13/06 e Calcinha Preta 15/06. (em anexo maiores informação sobre os cantores).


O Mercado Cotó

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Não queria, mas diante das evidências, passo a fazer parte da turma que não concorda com o que estão fazendo com o nosso querido Mercado Municipal.

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Apesar de não concordar muito com as opiniões radicais dos defensores do Mercado Municipal...

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Dou a mão à palmatória.

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E entro para a seleta turma, por um motivo que poucos se dão conta de que está acontecendo na construção revitalizadora.

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Antes, o título que iríamos colocar em nosso comentário era, “O Mercado Aleijado”.

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Aí veio o Lúcio Guzman e sugeriu a troca da palavra “Aleijado” pelo termo “Cotó”.

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Na realidade, o que achamos estranho é o fato da dita “Revitalização” só contar com uma porta.

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Quando o mercado original tinha 4 (quatro) portas.

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Aí vem o defensor do arquiteto do projeto e diz:

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Acontece que o que estamos “Revitalizando” é apenas uma parte do logradouro.

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Se é assim meu caro amigo.

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A placa não poderia nos informar “Revitalização do Mercado Municipal”...

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Deveria ser “Revitalização de parte do Mercado Público Municipal”.

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E assim, voltamos ao título “Mercado Cotó” ou “Mercado Aleijado”.

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Cotó, quer dizer Sem Rabo.

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E se o amigo leitor prestar bem atenção na construção da “Revitalização”...

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Deve notar que a construção ou o prédio que estão construindo, não tem “rabo” ou seja, não obedece, como deveria, a arquitetura original do Mercado.

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Se se trata de uma Revitalização, a construção deveria contar com as quatro portas que faziam parte da construção original.

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A atual construção só tem a porta que dá pro lado do palácio Presidente Vargas.

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Cadê a porta da Presidente Dutra.

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Cadê a porta da José de Alencar.

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Cadê a porta da Travessa Mamoré?

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Mesmo que os arquitetos não colocassem porta pelo lado da Travessa Mamoré...

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Mas, pelo menos deveriam colocar no “desenho” o que desse a entender que ali também existiam as famosas tabernas ou pontos comerciais.

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É como se fosse um faz de conta.

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A arquitetura deveria contar com o desenho das portas das tabernas mesmo que essas, não fossem portas realmente, mas apenas para os mais jovens entenderem que daquele lado também existiam pontos comerciais.

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Se o amigo leitor, observar no sentido de quem sobe a rua Presidente Dutra do Correio para o Palácio, vai ver que fica estranho aquele lado que fica para o edifício Rio Madeira.

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É uma parede comum, sem nenhum desenho, nem mesmo as carrancas que existiam em cima de toda porta do mercado original, os arquitetos que desenharam a tal Revitalização preservaram.

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É o Mercado “Aleijado” ou o Mercado “Cotó”.

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E tem mais, a falta das outras portas pode causar acidente.

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E Deus nos livre! Aconteça de novo, uma catástrofe que pode ser até menor que a provocada pelo fatídico incêndio que acabou com parte do Mercado em agosto de 1966.

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Que Deus nos livre disso!

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Já pensou, diz o pessimista, se durante algum show na praça de cultura, acontecer qualquer problema do tipo curto circuito.

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E o povo tiver que sair correndo pela única porta existente?

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Realmente a maquiagem que estão aplicando no nosso Mercado Público Municipal é das piores.

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Não estão fazendo nada que possa levar os jovens de hoje, a conhecerem a verdadeira arquitetura do início do século XX.

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Em suma, só vamos poder contar aos turistas que nos perguntarem, o que existia na porta de entrada que fica para o lado do palácio Presidente Vargas.
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Que ali ficava a banca de jornal do seu Cardoso e logo abaixo a banca de mingau da dona Chiquinha.

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Nosso mercado está sendo vítima de uma “Revitalização” que o deixa “COTÓ” sem “RABO” ou melhor, “MERCADO ALEIJADO”.



Festa do Divino atrai multidão em Pimenteiras

Sete municípios brasileiros e bolivianos participaram da peregrinação dos objetos sagrados

Raquel Gonçalves – Pimenteiras d’Oeste

A festa religiosa que marca a tradição dos povos ribeirinhos do Vale do Guaporé começou na segunda-feira, (5/5). Os momentos mais importantes são: a chegada da embarcação com o Divino Espírito Santo, a subida do mastro e a apresentação da imperatriz. O barco com a coroa e o cetro saiu de Porto do Rolim, em Rolim de Moura, no dia seguinte à comemoração da Páscoa e passou por Surpresa, Costa Marques, Versales, Pedras Negras, Remanzo e Piso Firme, até chegar em Pimenteiras d’Oeste, final da peregrinação. 

Todo o trajeto foi feito a remo e sob muita cantoria. Vários barcos acompanharam a romaria na água. Nos sete dias da festa são rezadas várias missas e há peregrinação pelas casas dos fiéis. Na terça-feira, (6/5), os foliões do Divino passaram pelas casas para recolher doações, a “Manhã da Esmola” é uma tradição na festa e tem como objetivo custear as despesas, já que em todos os dias a alimentação para os participantes é gratuita e farta. O evento se encerra no domingo de Pentecoste, 10, e deve reunir cerca de 15 mil pessoas ao longo do festejo.

Chegada
O estouro da pólvora anuncia que a embarcação sagrada se aproxima. No porto, os fiéis aguardavam pela chegada dos romeiros e da coroa que representa a descida do Divino Espírito Santo. Depois de passar 40 dias em peregrinação pelas águas do rio Guaporé, a chegada da coroa no Porto de Pimenteiras é o momento mais esperado pelos fiéis. Para quem veio pagar promessa é um momento de muita emoção. 

A agricultora de Corumbiara, Paulina de Brito, recebeu o Divino de joelhos às margens do rio. Ela conta que foi uma forma de agradecer pelo marido que se salvou em um acidente de trânsito. “Muita emoção, muita emoção mesmo, para a pessoa que tem fé isso aqui é o que importa”, declarou, com lágrimas escorrendo pelo rosto. Outros fiéis aguardaram a chegada dentro da água com velas acesas nas mãos como forma de pagar promessas por benefícios alcançados. O biólogo vilhenense Lauro Gomes se emocionou ao cumprir o ritual de beijar a coroa. “Eu me emociono porque vim agradecer, tudo que tenho eu devo ao Divino Espírito Santo”, explicou.

Os Participantes
De Remanzo, cidade boliviano que fica na divisa com Pimenteiras, uma embarcação com cerca de 70 fiéis foi participar. Para o prefeito do município, Nelson Pejaro, a fé não tem fronteiras, ela une os dois países que estão separados pelo rio. “A maior importância desta festa é que ela une o Brasil e a Bolívia em uma ligação com Deus”. De Costa Marques, um grupo de turistas e fiéis também foi para festejar a presença do Divino. “Eu já sou devota desde criança e participo todos os anos”, afirmou Genir Rodrigues. 

O vice-presidente da Irmandade do Divino Espírito Santo, Francisco Território, contou que em sua família a devoção foi passada de geração para geração. Ele afirmou que a fé é o que move os foliões do Divino e os milagres são a manifestação desta fé. O aposentado narrou que sua mãe havia perdido a visão e depois de uma semana, voltou a enxergar. A mudança no quadro clínico ele atribui ao Divino, que teria atendido as preces da família. A história foi contada sob choro e declarações emotivas. “E assim a gente vai vivendo nessa fé”.

O Cenário
Todos os anos a peregrinação passa pelas sete cidades e termina em uma delas, previamente escolhida para sediar a semana da Comemoração do Divino. Pimenteiras d’Oeste, que recebe os foliões este ano, fica a aproximadamente 190km de Vilhena, cidade-pólo do Cone Sul do Estado. Com pouco mais de quatro mil habitantes, o município vive da agricultura com a produção de arroz e soja, e da pesca, mas o carro-chefe da economia é o turismo. 

Privilegiada pelo cenário do rio Guaporé, a praia artificial reúne todos os anos mais de 30 mil pessoas no festival de praia, com turistas de todo o Estado e países vizinhos. A Festa do Divino também se destaca no calendário da cidade. “Para nós é importante porque atrai muitos turistas e movimenta o comércio e o ramo da hotelaria”, destacou o secretário de turismo, Rubert Estensro.

História
Considerada a maior tradição religiosa da Amazônia, a festa acontece há 114 anos no Vale do Rio Guaporé. A Comemoração do Senhor do Divino Espírito Santo, teve origem em Portugal e veio para o Brasil com a colonização, tendo se estabelecido primeiro na Bahia. A tradição atravessou o Oceano Atlântico, passou por Cuiabá, Cáceres, Vila Bela da Santíssima Trindade (cidades mato-grossenses), até ser trazida pelo morador Manoel Fernandes Coelho, com autorização do bispo e iniciada a devoção na Ilha das Flores, uma localidade que hoje praticamente desapareceu, entre as vilas de Rolim de Moura do Guaporé e Pedras Negras. 

Em 1894 o morador Manoel Fernandes Coelho trouxe a Coroa do Divino para a Ilha das Flores, à época em que a região ainda era pertencente ao Estado de Mato Grosso, iniciando aí a tradição que logo se expandiu, ganhou adeptos e tem servido desde então de elemento maior da integração das comunidades guaporeanas.

Fonte: Sílvio Santos

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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