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Gente de Opinião

Silvio Santos

Zekatraca - Lenha na Fogueira 08/07/10


 

Por falar em datas importantes da história de Rondônia.

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Ontem (07), a ACLER – Academia de Letras de Rondônia em parceria com o Departamento de História e Arqueologia da UNIR.

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Realizou no Teatro Banzeiros o Seminário:

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50 anos da BR-364

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Este é o segundo seminário realizado pela ACLER este ano, sobre temas de importância histórica para a região - o primeiro foi em maio, tendo como tema central "Rondon além da Linha Telegráfica".

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Segundo o professor aposentado da Unir e acadêmico Abnael Machado de Lima, "a ACLER, ao colocar em seu calendário esses seminários está realizando um trabalho importante, haja vista poder discutir essas questões de importância para se entender a nossa caminhada histórica, e esses eventos ganham maior força com a parceria do Departamento de História e Arqueologia da UNIR".

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Temos que elogiar a atitude dos membros da Acler pela preocupação em manter viva a nossa história.

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Por falar nisso, falta pouco tempo para a prefeitura entregar a Praça da Madeira Mamoré totalmente revitalizada.

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A preocupação é: Será que os visitantes do complexo ferroviário, vão ter a disposição um guia turístico que saiba, pelo menos, um pouco da história da Estrada de Ferro Madeira Mamoré?

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Apesar de termos faculdades formando turismólogos todos os anos, ainda não vi alguém se preocupar em formar GUIAS TURÍSTICOS.

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O Guia Turístico é tão ou mais importante que o turismólogo.

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Pois é ele quem vai deixar o turista, a par da história daquele patrimônio em evidência.

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A Setur – Superintendência Estadual de Turismo e a Semdes – Secretaria Municipal de Desenvolvimento que abriga o Departamento Municipal de Turismo.

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Não tem em seus quadros, o profissional Guia Turístico.

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As agencias de viagens também não abrigam esses profissionais em seus quadros.

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É preciso, se quisermos ver Rondônia no roteiro turístico brasileiro, que os órgãos que administram o setor de turismo, se preocupem e contratem esses profissionais.

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Essa veio de Ariquemes.

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O Violonista ariquemense Rafael Abdala, um dos maiores nomes do violão erudito da Região norte, presenteará a nossa cidade (Ariquemes), com uma apresentação no Centro Cultural Lídio Sohn no dia 16 de julho de 2010, trazendo ao público a oportunidade de ver e ouvir esse grande instrumentista e conhecer o repertório de um músico altamente virtuoso.

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Rafael Branquinho Abdala, 21 anos, vive atualmente em Manaus, onde está concluindo o Bacharelado em música pela Universidade Estadual do Amazonas - UEA.

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Desde cedo revelava habilidades musicais extraordinárias, começou tocando guitarra e em pouco tempo já superava tecnicamente todos os professores de música da cidade.

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Resolvido a fazer um curso superior em música, iniciou os estudos ao violão e descobriu a música erudita, apaixonando-se, prestou vestibular para violão clássico na UEA, logo sendo considerado grande promessa do instrumento pelos professores. (Marcos Biesek)

Atenção, muita atenção!

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Voltando aos jurados do Flor do Maracujá

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Os caras são tão (des)entendidos que a Quadrilha Rádio Farol adulta campeã – Apresentou o tema “Lendas Indígenas”.

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Pasmes amigos leitores, colocou em uma alegoria a personagem SEREIA.

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O apresentador do grupo, no mais alto e bom tom proclamava em sua apresentação:

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“Vejam o trabalho dos nossos artesãos, vamos aplaudir a nossa SEREIAAAAAAAAAAAA!”

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Pelo que me consta. O caboclo da Amazônia conhece a Lenda da YARA

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Sereia é coisa de outros MARES e não dos nossos RIOS amazônicos.

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Índio, apesar de já estar informatizado, não sabe nada sobre Sereia

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Mesmo assim, os jurados responsáveis pela avaliação do quesito Criatividade, deram nota dez ao grupo do professo Severino.

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Provando total falta de conhecimento sobre as lendas, costumes e crenças da Amazônia.

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Não estamos questionando a vitória da Quadrilha Os Caipiras da Rádio Farol.

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Estamos sim, questionando a falta de conhecimento sobre o assunto, das pessoas selecionadas para julgar as apresentações dos nossos grupos folclóricos no Flor do Maracujá.
 



Flor do Maracujá é Arte para o Mundo

Ariel Argobe (*)

Encerrou neste último domingo, dia 04 julho, o maior e mais esperado espetáculo de cultura produzido em Rondônia, o popularíssimo Arraial Flor do Maracujá. No período de sua realização, paralelamente, também aconteceu a XXIX edição da Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás, vitrine reluzente por onde circulam as mais frondosas expressões culturais do plano imaterial, produzido por artistas anônimos das terras habitadas por karipunas, karitianas, caboclos, beiradeiros, guaporeanos e migrantes de todas as levas e das mais variadas regiões do país.

A Mostra do Flor do Maracujá abarca e expõe ao grande público, numa perfeita compreensão de democracia cultural, a nossa mais refinada e popular produção cultural intangível, materializada na forma plástica de exuberantes agrupamentos de quadrilhas juninas e bois-bumbás.

O conceito de patrimônio cultural imaterial compreende um conjunto de bens intangíveis, contendo as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva, em respeito ao seu passado, garantindo assim, a posteridade de sua ancestralidade.

Os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, as lendas, as músicas, os costumes e tantas outras tradições são os exemplos mais comuns de patrimônio cultural imaterial (ou intangível).

Quem foi ao Arraial Flor do Maracujá não frequentou apenas mais um evento de cultura popular. O grande público circulou, na verdade, por salões imaginários de uma grande galeria de arte. Passeou por ambientes de um grande e importantíssimo museu de arte e cultura popular e contemporânea, onde foram expostas, para o deleite de todos, nossas mais relevantes obras primas, assinadas por desconhecidos artistas beradeiros, detentores de um talento nato e de uma imensurável criatividade, comparáveis ao valor e calibre de grandes mestres da arte universal, como Leonardo da Vinci, Michelangelo Caravaggio, Van Gogh, Manuel da Costa Ataíde, Alfredo Volpi ou mesmo, o nosso expoente maior do academicismo caboclo, mestre Afonso Licório.

O Arraial Flor do Maracujá é o nosso Museu do Louvre, pois, assim como o Louvre, o Flor é o guardião de nossos grandiosos objetos artísticos imateriais, patrimônio cultural intangível da região, do Brasil e também da humanidade.

Os grêmios culturais de quadrilhas juninas e bois-bumbás que se apresentaram no espaço cênico da Mostra do Arraial Flor do Maracujá, realizada há 29 anos, se colocam em nosso imaginário coletivo de caboclos e beradeiros, em mesmo grau de importância, magnitude e plano, como está posto para humanidade o quadro Monalisa, de Leonardo da Vinci. Nossos folguedos, no viés estético de produção popular, e o quadro da Monalisa, na moldura da produção erudita, são exemplos da genial ancestralidade artística do homem, daí a necessidade de institucionalização das políticas continuadas para preservação e perpetuação do bem cultural.

(*) O autor é artista plástico

 Fonte: Sílvio Santos
 
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