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Gente de Opinião

Silvio Santos

Zekatraca - Lenha na Fogueira 10/07/09


  

Zekatraca - Lenha na Fogueira 10/07/09  - Gente de Opinião Zekatraca - Lenha na Fogueira 10/07/09  - Gente de Opinião


Comemoração

Nacionalização da EFMM 77 anos depois

Há 77 anos, o governo brasileiro assumia a administração da EFMM. Tudo começou no inicio do ano de 1931 quando a empresa Madeira Mamoré Railway, informou ao governo brasileiro que estava passando por dificuldade, em conseqüência da crise da borracha e da crise econômica que atingia o país, desde 1929. O governo brasileiro não deu muita atenção a esse comunicado o que fez com o advogado da empresa americana Dr. Ricardo Xavier da Silveira no dia 25 de junho de 1931 entrasse com petição junto ao Juízo Federal da 2ª Vara, do Rio de Janeiro, onde declarava que a Madeira Mamoré Railway Company estava disposta a interromper o tráfego da ferrovia e solicitava ainda que a Justiça citasse União para receber todo o acervo da Ferrovia. 

Aqui vamos fazer uma pausa na pendenga judicial, para fazer algumas considerações que achamos convenientes ao assunto em pauta. 

Sempre que somos consultados para nos manifestarmos a respeito do assunto Madeira Mamoré, costumamos nos referir ao empresário Percival Farquar como grande “malandro”. Malandro no sentido de ambicioso e que a paralisação dos serviços da Ferrovia provocada pela sua empresa, foi mais uma tentativa de golpe no governo brasileiro. Jamais concordamos com os motivos alegados pela Madeira Mamoré Railway de que a Estrada de Ferro dava prejuízo. Para confirmar a nossa tese, vamos ao “Boletim Comercial” do Ministério das Relações Exteriores puZekatraca - Lenha na Fogueira 10/07/09  - Gente de Opiniãoblicado em julho de 1934 onde consta o trabalho do Sr. J. de Mendonça Lima, cônsul do Brasil na localidade boliviana de Guaiara-merim. Mendonça Lima assim como eu discorda dos motivos alegados pela empresa arredantária da ferrovia para sua desativação, vamos ao relato do cônsul: “A instalação da madeira Mamoré Trading Co. em território boliviano, foi por exemplo, uma das maiores loucuras praticadas pela empresa arredantária da Ferrovia Madeira Mamoré, não só porque o meio em que ela pretendia operar não estava apto para tamanho empreendimento, como ainda porque lhe seria difícil estabelecer vantajosa competência comercial com as muitas firmas alemãs radicadas desde muitos anos nesse distrito”. Mendonça Lima concluiu seu relatório afirmando categoricamente, que o fracasso da empresa não tinha nada a ver com o preço da borracha. “Em suma, podemos afirmar que, para o ruinoso fracasso da citada empresa, influenciaram os fatores seguintes: crise, má administração, excessivos gastos, inconcebíveis e imperdoáveis caprichos comerciais, além de um profundo desconhecimento das característica psicológicas do meio em que se exerciam as suas atividades”. Depois cita algumas empresas que viviam apenas da exploração do látex e conseguiram se firmar economicamente, transformando seus proprietários em ricos empresários. 

Em nossa humilde análise, concluímos que quando Percival Farquar comprou a concessão da construção da EFMM de Joaquim Catrambi, visava apenas usar as composições da ferrovia, como meio de transporte para os produtos produzidos em seus seringais. Quer dizer, Farquar jamais pensou no escoamento dos produtos bolivianos e tão pouco na inclusão social do povo que vivia nas colônias ao longo da Estrada de Ferro e sim, no transporte da borracha produzida em seus seringais, que iam de Porto Velho no vale do alto e baixo Madeira até o Forte Príncipe da beira no Vale do Guaporé. 

Quando os administradores da Madeira Mamoré Railway viram que o negócio com a borracha não estava mais dando o lucro esperado, colocaram a culpa na Estrada de Ferro na tentativa de receber do governo brasileiro, exorbitante indenização pela sua construção. Esse é o nosso pensamento a respeito da paralisação das atividades da Estrada de Ferro Madeira Mamoré em 1931.





Aluízio Ferreira assume a EFMM 

Zekatraca - Lenha na Fogueira 10/07/09  - Gente de OpiniãoNo dia 10 de julho de 1931 através do Decreto 20.200 o governo provisório do Brasil manda restabelecer o tráfego na Estrada de Ferro Madeira Mamoré e convoca o Capitão Aluízio Pinheiro Ferreira a assumir com amplos poderes a administração da ferrovia. 

Dois meses após assumir o comando da ferrovia, Aluízio Ferreira envia telegrama ao chefe do governo provisório do Brasil, dando conta de que no mês de julho a ferrovia apresentou lucro de 63:285$330. É claro que esse lucro foi contestado pelo representante da empresa americana. 

A escritora Yedda Bozarcov escreve às páginas 68 do livro: “Em Memória a Aluízio Pinheiro Ferreira” publicado pela prefeitura municipal de Porto Velho em 1997. 

“Na manhã do dia 10 de julho de 1931 o jovem e bravo revolucionário determinou que todas as dependências da Ferrovia fossem ocupadas pelos soldados que serviam ao Posto das Linhas Telegráficas sob seu comando. O regozijo popular foi indescritível e comemorado com passeatas ao som de fanfarras, discursos e baile no clube Internacional. O ato, inédito na vida republicana da Nação, marcou o início de uma série de medidas administrativas que tiveram como inspiração a decisão do governo referente a nacionalização dos serviços administrativos da Ferrovia que passara a se chamar Estrada de Ferro Madeira Mamoré”. 

Hoje passados 77 anos do feito a prefeitura municipal de Porto Velho convoca os moradores da cidade para o “Ato Cultural Montando os Novos Trilhos”. Na oportunidade será entregue o Galpão II totalmente revitalizado.
Paralelo a festa promovida pela prefeitura. A Associação de Amigos da Estrada de Ferro Madeira Mamoré convida para um ato de protesto contra a construção de quiosque na rua Farquar em frente a Vila Ferroviária. Os amigos oferecem café da manhã no local onde faixas e discurso contra a construção dos quiosques serão proferidos, na tentativa de sensibilizar a administração municipal a desistir da instalação dos quiosques.


Hoje é o dia da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

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Aliás, o mês de julho é todo da Madeira Mamoré.

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No dia 4 de julho, queira ou não queira o Antônio Cândido, foi dia do seu inicio em 1907.

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Aliás, isso quer dizer que Porto Velho completou 102 anos, sem festa nenhuma, em virtude da opinião de uma pessoa que só serve para atrapalhar tudo quanto é data comorativa que envolva a Madeira Mamoré.

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Hoje a festa é dos 77 anos da nacionalização da administração da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

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O prefeito vai receber os convidados no Galpão II.


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No tempo do Plano Inclinado.

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Do pontão Aripuanã


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Da Chata Cuiabá.

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Dos navios: Leopoldo Peres, Lobo D’almada e Augusto Montenegro.

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Os estivadores diziam que era o Armazém II.

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Galpão é mais para garagem ou para feira.


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Onde se guarda mercadoria em grande quantidade é Armazém.

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De qualquer maneira, vamos ver um dos três galpões, totalmente revitalizados pela prefeitura de Porto Velho.

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Isso quer dizer, que nosso maior patrimônio histórico, está voltando a funcionar.

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Como nem tudo que reluz é ouro.

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Os Amigos da Madeira Mamoré.

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Aproveitam a data, para protestar contra a construção de quiosques na rua Farquar em frente as casas da Vila Ferroviária.

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Desta vez os Amigos da Madeira Mamoré estão com toda razão.

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Quem é que garante que os quiosques trazidos da beira do Rio ou do local conhecido como “Barquinho”, para frente das casas da Vila Ferroviária. 

Zekatraca - Lenha na Fogueira 10/07/09  - Gente de Opinião

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Não trazem também a prostituição e a nóia juntos.

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E o som perturbando os moradores da Vila Ferroviária.

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E não venham pra cá me dizer, que os quiosques vão fechar no máximo às 20h.

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O transtornos para as famílias acontecerão com certeza.

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Vamos procurar outro local para construir esses quiosques.

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convidamos os amigos a prestigiar o espetáculo: Caperucita Lola - A História que a Vovó não Contou, realizada pelo grupo teatral Diz – Farsa.

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A peça será encenada no teatro Banzeiros sempre as 20h,

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Todos os sábados e domingos de julho de 2009.


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Sendo assim, informamos que o valor da entrada é de R$ 14 e o preço promocional final é de R$ 7 para todos.

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Direção Ruymar Pereira aux. direção Margarida Souza.


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Sinopse

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Era uma vez... uma linda menininha que caminhava pelo bosque para levar doces para sua bela vovozinha que mora do outro lado da floresta... quando de repente...

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É assim que nós conhecemos a história não é? pois o grupo teatral Diz – Farsa está em temporada com o espetáculo Caperucita Lola, a história que a vovó não contou.

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Com o apoio da Secel, Feter, Sated-Pvh, Ong Marildes Lima, Fundação Iaripuna e Rec – Produções.

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Por falar em teatro:

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Hoje é o dia do desfile do Uniblocos.

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O Uniblocos desfila pela primeira vez no Carnaval Fora de Época de Porto Velho.

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O Porto Alegria que tem como principal atração as atrações trazidas da Bahia pelo Bloco Maria Fumaça.


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Quem puxa os foliões do Uniblocos é a banda Zoera.

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E que vai puxar os foliões do Maria Fumaça é a Banda Timbalada.

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O Uniblocos desfile com o apoio da prefeitura de Porto Velho através da Fundação Iaripuna que está patrocinando o Trio Elétrico “Terremoto”.

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O Maria Fumaça desfila entre outros com o patrocínio do governo estadual com o Trio Alucinante.


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Segundo o Zezinho do Maria Fumaça é o melhor trio do Brasil.

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O abada do Maria Fumaça custa R$ 350


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A camiseta do Uniblocos custa R$ 30.

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O abada do Maria Fumaça você ainda encontra na sede da Paulo leal.

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A camiseta do Uniblocos você ainda encontra na sede da Banda do Vai Quem Quer.

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Aliás, o presidente da Banda que disse que iria entregar o cargo para sua filha Cecília continua mandando no bloco e nem comunicou a “suposta presidente que a Banda também faz parte do bloco “Uniblocos”.

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E vamos nessa, que a amanhã o carnaval será com as bandas.

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Carijó pelo Uniblocos e

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Tomate pelo Maria Fumaça.

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Hoje estarei em Guajará Mirim conversando com os amigos dos Bois Malhadinho de Flor do Campo.


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Amanhã estarei com o Corre Campo no Flor do Candeias.

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E domingo o Corre Campo se apresenta no arraial do bairro Nacional.

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Depois viaja pelo estado todo.

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Acho que é isso que causa inveja ao boi contrário.


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Alô Cleito do Malhadinho e dona Georgina do Flor do Campo.

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Preparem o cafezinho que estou chegando com a Bebel 

Fonte: Silvio Santos / www.gentedeopiniao.com.br  / www.opiniaotv.com.br 
zekatracasantos@gmail.com

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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