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Silvio Santos

Zekatraca - Lenha na Fogueira 11/08/10



DUELO DA FRONTEIRA

 

Zekatraca - Lenha na Fogueira 11/08/10 - Gente de Opinião


Temas de Malhadinho
e Flor do Campo

Os grupos vão apresentar seus temas através de alegorias gigantes

Os bois bumbas Flor do Campo X Malhadinho protagonizam neste final de semana o “Duelo da Fronteira”, a festa folclórica de Guajará Mirim que vai acontecer nos dias 13, 14 e 15 no bumbódromo localizado na área do estádio João Saldanha com entrada pela rua Leopoldo de Matos. Essa, é uma das inovação que a BIA -Biblioteca da Integração da Amazônia empresa responsável pela produção do espetáculo este ano, vai apresenta., “Até o ano passado a entrada era pela rua Duque de Caxias”. Os grupos realizam os ensaios “Gerais” amanhã em suas quadras, quando vão aprimorar e conferir os detalhes das apresentações que acontecerão nos três dias do Festival.

A coordenação do Festival reúne amanhã a tarde, no escritório sede da Bia também conhecido como “prédio do Argentino”, às 16h00, quando realiza o sorteio para saber qual dos dois grupos vai abrir o Festival Sexta Feira e o que se apresenta primeiro na noite de domingo. Conheça o tema de cada Boi.

Amazônia Sempre

O Boi Malhadinho vai tentar recuperar o título de campeão, apresentando o tema: “Amazônia Sempre”, para tanto, contratou os artesãos Dorico e Edson do boi Caprichoso de Parintins mais o K-Bral que tem em sua equipe os artesãos Ismael e Bomba de Porto Velho. O boi azul vai desenvolver seu tema, através de alegorias e cenários confeccionados pelos artesãos citados, sendo que a equipe do Dorico é responsável pelas alegorias da Porta Estandarte, Rainha do Folclore, Sinhazinha da Fazenda e Chico Mendes, enquanto que a equipe do K-Bral se responsabiliza pelas alegorias do Pajé, Ritual e Cunhã Poranga.
Boi Flor do Campo

Dona Georgina e seu Mário principais dirigentes do Flor do Campo o atual campeão do Festival de Guajará Mirim, apostam na conquista de mais um título, no desenvolvimento do tema: “Guajará, Santuário de Cultura e Arte” com o ritual “Marinivin” da tribo dos índios Matis também conhecidos como “Os Caras de Gato”. O tema será apresentado através de 15 módulos que vão formar sete (7) alegorias. A principal alegoria do boi vermelho do bairro Almirante Tamandaré, tem 20 metros de comprimento por 9 metros de altura. O artesão responsável pelo bumbá que é coordenado pela Estelina é o Ednarte que conta com a parceria de sua esposa Dayna.


 

Zekatraca - Lenha na Fogueira 11/08/10 - Gente de Opinião

 

Atenção muita atenção, produtores e agitadores culturais.

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A inscrição para o curso de Capacitação em Formatação de Projetos Culturais foi adiada até amanhã dia 12.

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Os interessados devem manter conato com a Emille na sala da Gerencia de Cultura da Secel no prédio do relógio na avenida Sete de Setembro com a Farquar em Porto Velho.

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Precisamos completar pelo menos 90 inscrições para não perder a parceria com o MinC através da Funarte.

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Liga 3216-5133 e fala com a Emille.

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Tem mais, não é só a Funarte que está na jogada tem o Itaú Cultural e Fundação Getúlio Vargas.

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Os melhores classificados serão selecionados pela FGV para atuarem como multiplicadores. A grana é muito boa.

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Liga solicitando inscrição ou então vai lá na Secel e te inscreve “agitador”.

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O Bubu não gosta desse termo, ele prefere “Produtor”.

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Enquanto isso Guajará Mirim já está respirando Boi Bumbá.

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É o Duelo da Fronteira que está para começar.

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Aliás, já começou entre os Bumbás Flor do Campo X Malhadinho.

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Os xavecos entre integrantes dos dois bois é o “pau” que rola pelas ruas da Pérola do Mamoré.

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Inclusive a turma do azul anda dizendo que a turma do boi vermelho foi encomendar suas toadas em Juruti uma cidade que fica lá pra’s bandas do estado do Pará.

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Essa conversa surgiu em virtude do CD (muito bom) do Flor do Campo ter sido gravado lá na terra da dona Georgina e do Ednarte, fundadora e artesão do bumbá do bairro Almirante Tamandaré.

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Ouvi um jovem do Malhadinho cantando no porto das “Catraias” que faz a travessia entre Guajará Mirim e Guayaramerim.

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A letra do desafio é mais ou menos assim:

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“Alo Boi Contrário/Para com essa tua arrumação/Não valorizou e me perdeu/E agora como é que vai ficar/Gravou toadas de Juruti/Dizendo que é de Guajará”.

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Ouvi alguém do boi azul reclamando com o Argentino que o espaço da concentração e das alegorias ficou muito pequeno.

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“Se continuar assim as alegorias vão ficar no meio da rua”.

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O Argentino prometeu “ajeitar” o espaço das alegorias.

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Este ano a entrada para o Bumbodromo será pela entrada principal do estádio João Saldanha, ou seja, pela rua Leopoldo de Matos e não mais pela Duque de Caxias.

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As barracas são todas padronizadas e vamos poder degustar comidas típicas da Bolívia como, Parrilhada, Massaco, Polho ao Molho e tantas outras iguarias sem falar na verdadeira Saltenha Boliviana. Será que o Argentino conseguiu liberar a venda da cerveja Passeña?

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Nossa amiga Bebel já está em Guajará Mirim cuidando da parte que cabe ao governo estadual através da Secel.

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O Dayan também já está com a equipe da prefeitura através da Fundação Cultural prestando todo o apoio logístico aos grupos folclóricos.

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Aliás, o Duelo da Fronteiro é o único evento, que consegue, mesmo aos trancos e barrancos, unir todas as facções políticas/sociais da Pérola do Mamoré.

Por falar nisso.

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O chefe Demomi (leia-se RedeTV-RO) recomendou a equipe que dê toda prioridade ao Festival de Guajará Mirim.

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Afinal de contas, pela primeira vez em Rondônia um grupo de comunicação local, consegue a prioridade da exclusividade da transmissão de um evento cultural.

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Então amigos leitores de todo o estado de Rondônia e do Brasil e do exterior, se você não vai a Guajará não deixe de assistir o Duelo da Fronteira.

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É só ligar na RedeTV-Ro/SGC providenciar a cerveja e curtir as apresentações dos Bois Flor do Campo e Malhadinho.

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Em se falando de jornal impresso o Diário da Amazônia também tem essa exclusividade.

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Estaremos desembarcando em Guajará Mirim sexta feira pela manhã e então passaremos a escrever o Zekatraca direto do Bumbódromo.

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Vamos transmitir ao vivo via Twitter do Diário da Amazônia.

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Alô Velhegas, alô Rony Von, alô Jesus, alô prefeito Atalíbio.

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Estamos chegando!

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Alõ João Moura, alô Argentino!

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A festa vai começar e ninguém pode pisar na bola! Que não é a Jabulani, mas “La Pelota”!
 


 
 

A NOVA FESEC

* Por: Altair Santos (Tatá)

Em meio ao frisson da hora, o pleito eleitoral do dia 3 de outubro, a Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas – FESEC fez a sua eleição no último sábado e elegeu o professor e artista plástico Ariel Argobe, o novo Presidente. Para fechar consenso sobre o nome do eleito, as escolas tiveram que sentar à mesa e promover um debate sobre a instituição, a sua realidade e os seus rumos. O Ariel também é do ramo. É carnavalesco e traz na sua linha de conduta o forte interesse em promover o trabalho das escolas para além da simples apresentação na passarela do samba. Entendemos também que assim deve ser. Entretanto, para cumprir metas e objetivos à frente da instituição, a nova diretoria precisa mergulhar nas águas da re-engenharia e discutir, repensar, projetar e atualizar a FESEC. Escola de samba deve e merece espraiar o seu raio de atuação para horizontes além do asfalto da avenida ao som da bateria e sob o brilho das fantasias para exibir o seu lume noutros campos, contextualizando melhor a sua existência. É a vida e seu dinamismo. Ela (a escola de samba) deve trabalhar a sua inserção no contexto comunitário e lá, no seu espaço, promover ações que animem crianças, jovens e adultos, conquistando-os à participação. Faz-se o ponto, criar-se a identidade. Isso é interatividade. Não mais cabe no processo cotidiano da efervescente e acelerada Porto Velho de hoje, Escolas de Samba nômades de si mesmas, ou seja: desfilam na avenida e residem onde mesmo? Um exemplo disso é a atual bicampeã do carnaval local, a Diplomatas do Samba que, do alto dos seus 50 anos de existência, muitos títulos e glórias, ainda não têm residência fixa. Talvez nenhuma das nossas agremiações de carnaval tenha concorrido no Edital dos Pontos de Cultura do Governo Federal que recentemente contemplou grupos folclóricos e de teatro, dentre outros, em todo o estado. Nada pejorativo , mas, algumas escolas, ainda estão sediadas na residência ou nas pastas dos seus próprios presidentes e diretores. Os novos enunciados culturais nacionais que advém dos órgãos de cultura (MINC e seus tentáculos), associam a linha da produção cultural ao campo da inclusão social, da valorização das comunidades e da mão-de-obra lá existente, fortalecendo a economia da cultura, re-paginando e qualificando a produção artística e versando em favor do dueto cidadão/cidadania. Escola de samba antes de ser braço social é berço. De lá, convém, entoar novos cânticos de enredo para a remodelação da FESEC e suas afiliadas pelas vias de novos e audazes projetos. As escolas de samba têm história e seus currículos lhes credenciam a alçar novos vôos. O inquieto Ariel que conhecemos haverá sim de discutir com seus pares de diretoria, os novos traços fisionômicos e jurídicos para o carnaval local primando pelos contidos da autogestão, encampando uma política de ação onde, o repasse de recuso público para as agremiações seja apenas um, dentre os tantos itens de interesse e o velho livro de ouro uma peça a contar o passado cadenciado pelo rufar do surdo e colagem da lantejoula no estandarte. Parabéns e força Ariel.

(*) o autor é Presidente da Fundação Cultural Iaripuna
tatadeportovelho@gmail.com


Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com  
 
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