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Gente de Opinião

Silvio Santos

Zekatraca - Lenha na Fogueira 11/09


TEATRO: O Imaginário apresenta  "As sombras de Lear"
O espetáculo acontece no Teatro Um do Sesc Esplanada dia 14 as oito e meia da noite
De acordo com a diretora Bya Braga, trata-se d´As Sombras de Lear, uma peça teatral livremente inspirada na obra “Rei Lear”, de W. Shakespeare, com direção de Bya Braga (de Minas Gerais). Shakespeare escreveu seu texto entre 1606 e 1610, período do reinado de James I, filho de Mary Stuart, um rei que se achava culto, mas era ainda bárbaro. Para escrevê-lo o autor se inspirou numa parábola que contava a história de um rei e suas filhas, bem como em outras fontes vindas da cultura popular e da literatura oral. Na obra, Shakespeare trata do poder e sua ilusão, do relacionamento afetivo e político, do negligenciamento da responsabilidade social, com suas implicações, bem como da aprendizagem sobre o sentido da existência por meio de uma penosa caminhada do próprio rei. E, com isso, tematiza sobre a relativização do poder e da verdade, apontando para diferenças entre aparência e essência, bem como suas possíveis relações. No “Rei Lear” de Shakespeare a maldade está presente, bem como a cegueira, a vaidade, a arbitrariedade, o orgulho, a presunção e a ambição. É uma tragédia onde o rei depara-se com a necessidade de enfrentar a revisão de sua própria existência, por meio de uma pedagogia da dor. Este Rei Lear, velho, resolve dividir seu reino entre as filhas com a intenção de que elas sejam suas tutoras e ele possa continuar com o status de majestade porém, sem os encargos e tarefas do reino. No entanto, ao contrário do que imagina, é traído pelas filhas ingratas que ambicionam obter todo o poder e riquezas. Uma outra filha, por não aceitar bajulá-lo e fazer os jogos do poder no momento da partilha do reino, é banida por Lear que se sente ofendido por sua postura verdadeira. Ele não percebe sua honestidade e, cego simbolicamente, acaba precipitando-se e sendo arbitrário em bani-la do seu reino desencadeando, assim, sem querer, sua própria via crucis. Nesta caminhada, Lear vai se deparar com a busca do entendimento de si, de sua passagem de rei a homem. Seu processo de humanização é doloroso, ainda que tenha como guia um bobo da corte que, de bobo não tem nada. Este, por meio de versos, cantos e modos diferentes e divertidos de ser, apresenta a Lear toda a verdade que ele não quer ver e entender. Esta verdade, portanto, dói. Mas dói também toda uma circunstância em que ela é apresentada a ele, mesmo porque, neste processo, Lear também começará a perceber seu ato precipitado em deserdar sua filha boa. Doente do coração, magoado, irado, delirante, Lear sofrerá até encontrá-la, junto com a morte. No espetáculo As sombras de Lear, a história da relação do rei com as filhas está presente. Esta sustenta a trama que finaliza com a caminhada-expiação contínua do rei e, paralelamente, a tomada-instalação do poder do reino pela filha má. Nosso Lear não morre. Damos a ele a opção de mudar por meio deste percurso. Fazemos isso inspirados numa característica da tragédia do Renascimento, que é diferente da tragédia grega onde não há opção.


Fatos e situações rondonienses na peça
São três atrizes em cena que fazem o Rei, a Filha má e a Boboca. Ao contrário da época de Shakespeare, onde mulheres não podiam atuar, aqui mulheres sobem ao palco e jogam com a representação. Não são mulheres fazendo papéis masculinos, mas são mulheres artistas jogando com o teatro e suas possibilidades de brincar com a verdade, com o real e o imaginário. Em todo o espetáculo esta brincadeira está presente. A montagem não se pauta numa linguagem realista-naturalista. Ao contrário, buscamos o jogo, seja por meio da recriação da fábula de origem, tornando Shakespeare nosso contemporâneo, historicizando os temas e os aproximando de fatos e situações rondonienses, seja por meio da própria atuação. A encenação brinca com a seguinte figuração: em cena está um tapete vermelho no formato do mapa do estado de Rondônia, um trono confeccionado sob a inspiração das matérias e objetos símbolos da exploração extrativista locais e uma série de painéis que sugerem ao público um jogo com o imaginário do encantado da floresta. No percurso de Lear os objetos se deslocam jogando a desterritorialização de seu poder. E Lear, ao sofrer uma espécie de processo de “desmaterialização”, cai com o cenário. Nossa história também apresenta relatos e imagens reais como o depoimento de pessoas com deficiência visual, fragmentos de textos sobre a expedição para a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, e imagens do tombo da Cachoeira de Teotônio. Nosso Lear está em tormenta, vivendo num tombo, numa queda. Ao lado dele há aquela que quer afogá-lo de vez, a Filha má, e há aquela que o ajuda na passagem desta sua expiação por caminhos tão difíceis, a Boboca. Ele é sua própria sombra e esta assume formatos variados. (Na época de Shakespeare a palavra sombra designava, também, o ator por causa da transitoriedade das personificações que este assume. No nosso espetáculo, as sombras são também as atrizes que brincam com suas identidades, atuando e narrando uma história diversa e de modos diferentes.) Assim, Lear nos mostra que a construção do humano é uma ficção. E com ele supomos que todos estamos, também, atuando sempre, construindo e reconstruindo identidades. Não sabemos se Lear irá conseguir a iluminação em sua existência. O fato é: ele, agora, a cada dia, caminha perguntando como sobreviver no escuro e como obter uma outra iluminação que não seja oriunda somente de uma usina.
Este espetáculo foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz/2007, com o patrocínio da Petrobras.

Não disse que se fosse no carnaval os jornais e sites de Porto Velho colocariam em suas manchetes que o público que prestigiou a "parada" de Sete de Setembro, seria de aproximadamente 50 mil pessoas.
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Como não foi carnal tradicional, nem carnaval fora de época e nem tão pouco Trem de São João.
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Os jornais colocaram que a policia estimou em 5 mil pessoas, o público na Avenida dos Imigrantes durante os desfiles de Sete de Setembro.
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Esse negócio de presença de público é muito relativo.
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Por exemplo, estamos cansados de ler em tudo quanto é jornal no domingo de carnaval que a Banda do Vai Quem Quer, levou pelas ruas de Porto Velho APROXIMADAMENTE 60 mil pessoas.
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Que o Galo da Meia Noite levou outras 50 mil;
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Que o Bloco Rio Caiary colocou mais de 20 mil na rua.
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E por aí vão as estimativas que todo mundo diz que é informação da polícia.
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Quando é o mês de julho lemos que o Bloco Maria Fumaça levou para a Jorge Teixeira a Avenida "Proibida" segundo a policia APROXIMADAMENTE 50 mil pessoas.
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E que o "Trem de São João" colocou outras 20 mil pessoas apreciando o carnaval das "Quadrilhas".
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Quanto a Banda do Vai Quem Quer não temos dúvida.
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E como se calcula a presença do público em eventos como carnaval e show populares de um modo geral.
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Segundo estamos informados, o cálculo é feito por metro quadrado.
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Por exemplo, em média cada metro quadrado comporta 4 pessoas
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Bom, vamos levar em conta uma Avenida que tenha 12 metros de largura num perímetro de 800 metros de extensão.
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12 X 800 X 4 = 38.400
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Para que isso acontecesse seria preciso que o trecho de 800 metros da avenida estivesse lotado, com todo mundo sem espaço para se locomover direito.
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Então, é preciso que acabemos com esse negócio de só se escrever no superlativo quando nos referimos a presença de pessoas nos eventos.
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No caso dos desfiles de Sete de Setembro o público, apesar da ocupação do meio fio que vai da Jorge Teixeira a Rio Madeira estar totalmente tomado.
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O mais que poderia ter, era umas dez mil pessoas.
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Enquanto isso a Oficina de Mestre-Sala e Porta-Bandeira ministrada pelo Cabeleira com a coordenação da FESEC
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A partir de hoje passa a ser ministrada no salão do Ferroviário Atlético Clube.
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Graças a Intervenção do Presidente da Comissão de Jurados da Fesec e vice presidente do Ferroviário Hiran Brito Mendes.
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A diretoria da Federação aproveita a oportunidade para agradecer a presidente do Sated/PVH Teo Nascimento pela atenção dispensada.
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Então, se você quer saber como se portar como Mestre-Sala e Porta-Bandeira é só comparecer hoje a partir das 19 horas na sede do Ferroviário da Sete de Setembro e fazer a inscrição.
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Por falar em escola de samba o Asfaltão promove festa nesse final de semana quando apresenta a sinopse aos compositores do tema para o carnaval de 2008.
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O enredo da escola que tem como símbolo o Tigre versa sobre Misticismo e Fé o Asfaltão Canta Santa Bárbara.
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É a história do batuque de Santa Barbara fundado pela Mãe Esperança.
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Se você é compositor e quer participar do concurso de samba enredo da Escola de samba Asfaltão, é só comparecer na festa que a escola promove no próximo sábado na rua Bolívia.
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Ou então entra em contato com o presidente Reginaldo Makumba através do telefone 9901-8420
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Segundo o cantor Banana Split a escola de samba São João Batista grava o samba para o carnaval de 2008 ainda esta semana..
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A autoria do samba da João Batista é do Cristóvão que atualmente reside em Recife (PE).
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É com pesar que registramos o falecimento do senhor Luiz Lessa de Lima.
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Luiz Lessa de Lima é pai do nosso amigo e colega de profissão Luiz Augusto e do cantor Gaspar Júnior.
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Luiz Lessa de Lima foi vereador na década de setenta sendo presidente da Câmara Municipal durante o período de 30.01.1974 a 30,01.1975.
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Luiz Lessa de Lima estava com 80 anos de idade.
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À família enlutada nossas condolências.
Fonte: zekatraca@diariodaamazonia.com.br 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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