Zekatraca - Lenha na Fogueira 13/12/08

  
Patrimônio 

Palácio do governo
qual seu nome?

Getúlio Vargas é o nome da praça, o nome oficial do palácio é Presidente Vargas 


Recentemente, o governo do estado de Rondônia, anunciou e realizou, a “inauguração” do prédio do palácio onde fica o gabinete do governador e outros órgãos. 

O que nos causou estranheza, foi o fato de terem colocado na esquina das ruas D. Pedro II com a Presidente Dutra, uma placa com os dizeres: “Palácio Getúlio Vargas”, essa denominação também está grafada em todos os tapetes existentes no interior do prédio. 

A denominação “Palácio Getúlio Vargas”, não só nos causou estranheza, como uma grande surpresa, já que desde o jardim da infância, aprendemos que o nome do palácio do governo em Rondônia, é “Palácio Presidente Vargas”. 

Devemos deixar bem claro, que apesar da cor original do prédio ser o “rosa”, até que a pintura atual, azul e branca, motivo da dita “inauguração”, ficou muito mais bonita que a antiga, que a reforma interna adequou o prédio, as normas atuais da construção civil. 

A fonte de água, a rampa, a iluminação, o auditório e todas as dependências estão muito bonitas, agora, não podemos concordar, com a troca do nome. 

De acordo com a professora Yedda Pinheiro Bozarcov às páginas 149 a 153 do livro, “Porto Velho – 100 anos de história”: “Em 1966 realizei pesquisa visando ao seu tombamento histórico. Na ficha técnica constavam os seguintes dados: 

Denominação: Palácio “Presidente Vargas”. 

Categoria: Sede do Poder Executivo. 

Período de Construção: 1948 a 1953. 

Localização: Praça Getúlio Vargas, entre as ruas D. Pedro II e José de Alencar e avenida Presidente Dutra. 

Qualificação Geral: Elevado grau de significação histórica. 

Dados cronológicos: 13 de setembro de 1948 – Lançamento da pedra fundamental. 

Dados Tipológicos: Arquitetura moderna lembrando o estilo néo clássico da década do século passado. Evidencia-se em sua fachada principal, uma escada com duas ramificações que dão acesso ao salão onde estão expostos fotos dos governadores do Território Federal do Guaporé e de Rondônia e do estado de Rondônia. 

Dados técnicos: O prédio apresenta técnica construtiva mista, de alvenaria e concreto armado, em um só bloco de dois pavimentos”, escreveu Yedda Bozarcov. 

No mesmo livro, a escritora coloca uma citação do também escritor Telmo Fortes. O palácio Presidente Vargas, “tem um estilo meio rocaille e art noveau e uma história para contar. Foi ali que se realizou a sessão pública de instalação do Estado de Rondônia e foi ali que se tomaram as mais importantes decisões da vida pública deste pedaço da pátria”. 

A pergunta que não quer calar. Será que os responsáveis pelo patrimônio histórico do estado de Rondônia foram consultados a respeito da história do prédio do palácio? 

Por que não tiveram a humildade de consultar pessoas como o Capitão Esron Penha de Menezes, Abnael Machado de Lima e a própria professora Yedda Pinheiro Bozarcov. Quando se trata de especialista em história de Rondônia temos como referencia o professor Marcos Teixeira e o professor Dante. Por que não consultaram essas sumidades em se tratando de história regional? 

Não podemos admitir que nosso patrimônio histórico seja maculado da maneira como está sendo. É necessário que se retire o mais urgente possível, as placas e os tapetes com o nome incorreto. 

O nome oficial do prédio do palácio é: “Palácio Presidente Vargas”. 

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Hoje vamos falar sobre a história da escola de samba Pobres do Caiari.

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No carnaval de 1964, os desfiles aconteceram na avenida Presidente Dutra.

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Aliás, há alguns anos, os desfiles vinham acontecendo na Presidente Dutra.

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Naquele tempo, quem dominava os desfiles, eram os blocos carnavalescos dos clubes sociais.

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A Universidade dos Diplomatas do Samba, era a única escola de samba a se apresentar já que as similares “Deixa Falar” e “O Triângulo Não Morreu” haviam deixado de se apresentrar, desde o carnaval de 1960.

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A Varanda Tropical do Porto Velho Hotel (hoje Unir centro) funcionava como um camarote de luxo.

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Pois justamente na Varanda do Porto Velho estava a turma do bairro Caiari formada pelo Zeca Melo, José Carlos Lobo, João Ramiro, Dode, Catu, Lucival Melo e Hosana.

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De repente, um deles sugeriu: ‘Vamos desfilar como bloco de sujo’!

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Todos concordaram e saíram no rumo da residência do Zeca.

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O objetivo era se fantasiar para se apresentar em frente ao “palanque” oficial.

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Daqui a pouco, o povo que lotava as calçadas da avenida Presidente Dutra entre a D. Pedro II e Sete de Setembro.

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Percebeu que um bloco diferente estava se aproximando do palanque oficial.

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O locutor Milton Alves, da Rádio Difusora do Guaporé que estava atuando como apresentador oficial dos desfiles.

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Não sabia o nome do bloco que estava se aproximando.

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E foi até em frente a agencia do Banco da Borracha (Basa), na tentativa de identificar alguém daquele bloco que trazia como instrumentos, penico, lata velha e cabaça.

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E seus brincantes estavam pintados de urucum, além de sujos de farinha de trigo e com roupas esfarrapadas.

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De volta ao palanque oficial, Milton Alves pegou o microfone e com toda pompa anunciou.

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Aproxima-se do palanque oficial o bloco “Dos Pobres do Caiari”.

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Prestem atenção na grafia “Dos Pobres do Caiari”.

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Isso porque, no bairro Caiari moravam os chamados “categas” da cidade, ou seja, pessoas com boas posições no governo territorial e na Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

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Terminado o carnaval,

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José Carlos Lobo e Zeca Melo e aí já contando com a participação do Silvio Santos, resolveram na loja “Viadinho de Ouro”, da mãe do Ze Carlos, formar realmente uma escola de samba.

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Convocaram os moradores do bairro Caiari para uma reunião que aconteceu no dia 28 de fevereiro de 1964.

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E então foi criada oficialmente, a escola “Império do Samba Pobres do Caiari”.

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A ata de fundação foi assinada por mais de trinta pessoas, na maioria residentes no Caiari.

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A Viadinho de Ouro passou a ser o ponto de encontro dos cabeças da escola de samba.

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No meio daquele ano, apareceu um cidadão com um couro de cobra (fresco) e o Zé Carlos comprou com a intenção de cobrir os tambores da nova escola de samba.

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Quando começaram os ensaios, lá pelo mês de outubro, que foram pegar o couro da cobra para cobrir os instrumentos,


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O bicho estava podre.

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Para encurtar a conversa, a escola desfilou no carnaval de 1965 concorrendo com a Diplomatas e é claro, ficou em segundo lugar.

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Apesar de dizerem, que a Pobres do Caiari só desfilava quando queria.

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Isso não é verdade.

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Acontece que o Zeca Melo gostava mais de se apresentar como bloco de originalidade disputando com o Valdemar Cachorro e o Inácio Campos.

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Assim sendo, nos carnavais de 1966 e 1967 a bateria da escola de samba Império do Samba Pobres do Caiari,

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Saiu tocando para o bloco “Da Malária” e “Bloco do Chapéu” respectivamente.

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Foi campeão, desbancando os rivais Valdemar Cachorro & Inácio Campos.

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No carnaval de 1968 a escola desfilou com o que ficou conhecido como “Bloco do seu Vivaldo Mendes”.

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Foi a primeira vez que uma escola de samba de Porto Velho, colocou carros alegóricos na avenida.

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A intenção era contar a história da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

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Foi o precursor dos enredos.

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Em 1969 a escola se apresentou com “samer” amarelo e preto, um luxo só, mais ficou em segundo lugar.

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Foi aí que a dona Marize Castiel resolveu assumir a escola de samba.

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Leia amanhã a continuação dessa história! 

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 Música

Grupo Diz Farsa realiza 1º Femm 

Grupo de Teatro Diz Farsa, realiza neste sábado (13), a partir das 19 horas durante a realização da Feira do Porto na Praça Aluizio Ferreira o 1º  Femm – Festival Estudantil Municipal de Musica

De acordo com o presidente do Diz Farsa Ruymar Pereira, o festival tem como objetivo estimular a pratica da arte musical, nas escolas de Porto Velho sob a responsabilidade da Semed. "Contamos com o apoio da secretária Epifânia Barbosa e das diretoras do Departamento de Educação - Dade Julcira de Almeida e da Divisão de Educação - Dice Andrea dos Santos. 

O projeto contou com a realização de duas etapas:

1º etapa: oficinas realizadas pelos  músicos Patrícia Cavallero e Cledson Nascimento.

2º Etapa: Realização do Festival de Música.

Cronograma de apresentação do Femm – 2008

Dia 13 – 12 – 2008
Horário: das 19:00 as  21:00
Local: Feira do Porto da Praça Aluizio Ferreira – bairro Caiari
19:00 - Auta de Souza
19:20 - Moranguinho
19:40 - Pequenos Talentos
20:10 - Antonio Augusto Vasconcelos
20:30 - Meu Pequeno Jones
20:40 - Rio Madeira

Premiação entrega de troféus as escolas participantes

Fonte: Sílvio Santos
zekatracasantos@gmail.com