Segunda-feira, 13 de dezembro de 2010 - 05h33
Estamos escrevendo direto de União Bandeirantes e é domingo dia 12 de dezembro.
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O interessante foi que assim que ligamos o computador a Internet caiu
e o gerente da Lan House disse que o problema era lá em Jacy Paraná.
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Não senhor, contestei, o problema é justamente no governo estadual que
aceitou as imposições do governo federal e hoje a população de
Rondônia, voltou a sofrer os mesmo problemas de falta de energia que
acontecia até meados da década de 1960.
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O Fest Cine Amazônia não pode acontecer sexta feira dia 10, no
Distrito de Abunã porque a energia foi embora por volta das 18h00 e
até sairmos de lá sábado por volta das 10h00 ainda não havia voltado.
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E segundo a população essas faltas são constantes.
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Chegamos a Jacy Paraná no mesmo dia, ou seja, sábado e quando deu
exatamente sete horas da noite a energia foi embora e só voltou lá
pela meia noite.
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Em Porto Velho é a mesma coisa.
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É necessário que o novo governo faça alguma coisa no sentido de
Rondônia voltar a ter energia normal, todos os dias a qualquer hora do
dia e da noite.
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Bom! O Fest Cine Amazônia Itinerante do qual estou participando, está
me proporcionando conhecer realmente os problemas, não só culturais
dos Distritos de Porto Velho, mas, de todos os segmentos sociais.
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Está me proporcionando manter contato com pessoas que realmente sabem
da história de cada lugar.
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Como é o caso de Nova Califórnia onde conversamos com uma costureira
que sabe das coisas e que pode ser considerada pioneira da localidade.
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Em Fortaleza do Abunã conversamos por mais de três horas com o seu
Tarugo um simpático cidadão de 90 anos de idade, o segundo morador
mais antigo da localidade, muito mais que doa Santinha.
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Seu Tarugo sabe de tanta história sobre Fortaleza do Abunã que apesar
de gravarmos com ele mais de três horas, ainda fomos taxados de
“preguiçoso”. “Como é rapaz você esqueceu as perguntas ou está com
preguiça?”.
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Essas histórias antes que faça parte do documentário “Cine Poeira” que
o Jurandir Costa está produzindo.
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Serão publicadas pelo Zekatraca como entrevistas nas edições das
segundas feiras.
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Tem a entrevista com a dona Maria Gonçalves gravada em Nova Mutum.
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Dona Maria uma simpatia senhora de 90 anos de idade, é mestre, na arte
de saber das coisas, da história dos seringais e principalmente de
Mutum Paraná.
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Apesar de estar convalescendo de uma fratura no fêmur, dona Maria
Gonçalves nos atendeu com todo carinho e o que foi melhor,
transbordando de felicidade e energia positiva.
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E cantou, declamou um cordel e nos colocou muito pra cima.
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Falou sobre os problemas da Nova Mutum e porque está pretendendo
vender sua casa para comprar um sítio. “Aqui não tem sombra”.
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A mesma coisa nos disse outra dona Maria, essa limpando tijolo na
“velha” Mutum Paraná para construir sua nova casa em Abunã.
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Quando perguntei por que ela não aceitou morar em Nova Mutum ele foi
rápida na resposta.
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Lá não tem sombra. Não Mangueira, não tem Biribá, não tem pé de
Cupuaçu, não tem Jaqueira e nem posso criar minhas galinhas, pato e
outros animais.
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O seu Francisco em Nova Mutum também está “invocado” com a nova
moradia, principalmente com o terreno.
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Aqui nem que a gente queira, não consegue plantar qualquer pé de árvore.
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O terreno tem uma camada de cascalho de mais de dois metros, sem falar
que aqui era pasto e o gado pisoteou tudo e ainda compactarem com rolo
compressor.
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Você cava, cava e não chega à terra original e quando planta não dá
uma semana a muda morre.
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É assim que vive aquele povo, sem saber se está revoltado ou contente.
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Dona Maria Gonçalves aquela de 90 anos de idade e que chegou a Mutum
Paraná em 1959 que o diga.
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“O Homem do campo não é valorizado por ninguém”, disse dona Maria.
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E assim, a gente vai ouvindo e aprendendo as lições de vida que só
pessoas como a costureira de Nova Califórnia, como o Mota de Abunã,
seu Tarugo de Fortaleza do Abunã e as Marias de Mutum sabem contar.
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Terça feira estarei escrevendo da redação já com a notícia do novo
secretário de cultura. Tão Falando no Allan. Será?
FestCineamazônia estreia em Nova Mutum
Entre a saudade da velha Mutum e o conforto do novo lugar para onde foram levados, os moradores da Nova Mutum ainda se mostram reticentes quanto à vantagem da opção pelo moderno.
Queixosos da falta de árvores, especialmente frutíferas; da criação de animais domésticos e de outras atividades campesinas, muitos se perguntam se a decisão de morar na nova cidade foi a mais sábia.
Mas no último sábado, 11/12, essa espécie da banzo foi deixada de lado com a chegada da trupe do FestCineamazônia. Apesar de naquela noite acontecessem várias atividades simultaneamente, um grande número de moradores deu prioridade à arte e mergulhou no mundo mágico do cinema e do circo.
Como nas mostras anteriores, o Palhaço Bicudo exerce um fascínio indescritível sobre as crianças. Mas até os adultos se pegam em estridentes gargalhadas diante das palhaçadas envolventes do artista circense. “Eventos como esse nos ajudam a não perder o senso de responsabilidade que precisamos manter com a natureza. Tudo precisa ser feito para que o progresso não prejudique tanto o homem e o planeta. Mas o Bicudo nos alerta que isso pode ser feito sem raiva”, diz Sâmela, 17, estudante.
“Eu sei que toda criança precisa estudar, mas sei também que é muito importante brincar e sonhar. Mas não é só a gente que precisa disso, os adultos também precisam ser mais alegres”, considera Mateus, 8 anos.
Ao final do espetáculo, Bicudo, ou Sérgio Bustamante, agradeceu a acolhida dos moradores de Nova Mutum e lhes deixa uma mensagem: “é natural que vocês sintam saudades do lugar onde viveram por longos anos, mas continuem brincando e sonhando que a vida será bem melhor. E será!”
Fortaleza do Abunã
Erguida sobre um imenso rochedo, e dotada de uma beleza própria da Amazônia, Fortaleza do Abunã e seus 300 moradores fixos estimativos levam uma vida livre e tranqüila. Mas a cada ano, durante a estiagem, a rotina da comunidade é quebrada ao ser invadida por cerca de 10 mil pessoas para o badalado Festival de Praia e uma das etapas do disputado Campeonato Brasileiro de Vôlei de Praia. É quase uma semana de muita festa na pequena vila.
Mas na noite de quinta-feira, 9/12, foi a magia da arte que mudou o dia-dia do lugar. As famílias de Fortaleza do Abunã foram ao cinema e ao circo e se deixaram inebriar pela sétima arte e pelas peraltices do Palhaço Bicudo.
Frustração
Na sexta-feira, 10/12, Abunã era toda expectativa diante do FestCineamazônia. Os moradores se mobilizaram, as crianças chegaram a fazer coro com o Palhaço Bicudo convocando todos para o festival de arte. “Hoje tem espetáculo?”, gritava Bicudo; “tem sim senhor!, respondia a criançada pelas ruas da comunidade. Não teve. A Eletrobras não deixou, frustrando o sonho de muita gente.
Os apagões constantes na região têm trazido prejuízo econômico e de toda ordem. E agora da arte. “A gente tem tão pouco disso, e quando chega a oportunidade de se conhecer mais sobre tudo, a falta de energia não deixa. Isso é muito ruim!”, lamenta Cica Mota.
O FestCineamazônia itinerante 2010 é apresentado pela Oi, tem o patrocínio da Petrobras e BNDES, Governo Federal, Ministério da Cultura através da Lei Rouanet, apoio cultural Oi Futuro, Governo de Rondônia através da Secel, Prefeitura de Porto Velho, Secretaria Municipal de Educação (Semed) e Fundação Iaripuna.
Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com
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