Carlos Bica apresenta no Sesc o índio de Casaca
O espetáculo mostra a performance do violonista gaúcho interpretando a obra de Villa-Lobos
Na temporada de 2007 o violonista Carlos Bica, estará apresentando obras do mais importante e singular compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, ele que na sua música retratou o Brasil e criou o grande movimento nacionalista, realizou também importantes viagens pelo Brasil para pesquisar sobre a cultura popular e, a partir deste material escreveu grandes obras, em especial para o violão.
É Partindo da importância desse compositor que o instrumentista Carlos Bica apresentará em Porto Velho o espetáculo “O Índio de Casaca” que busca levar ao povo brasileiro o que de mais importante foi feito pela música do Brasil, a obra para violão de Heitor Villa-Lobos, onde o público em geral vai identificar-se com cada movimento de cada peça pois estas, são o retrato do Brasil.
Dia- 17/08
Horário – 19h
palestra sobre Heitor Villa Lobos
Às 20:30 (concerto)
Local Teatro 1 do Sesc
Valor – R$ 10,00 ( inteiro) 5,00 estudante, comerciário, professor)
Hoje é dia de show musical no Teatro 1 do Sesc Esplanada.
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Meu amigo Carlos Bica mostra sua performance sobre a obra de Heitor Villas-Lobo.
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Há algum tempo Carlos Bica esteve em Porto Velho apenas como visitante e não sei como foi que terminamos por nos encontrar e o que foi melhor, ele se interessou pelo ritmo da toada de Boi-Bumbá especialmente pelas do Corre Campo.
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O interesse dele pelo nosso Boi-Bumbá foi tão grande que fez um documentário no barracão do Bumbá da Baixa da União.
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Bica foi para a sua Porto Alegre após alguns dias, todos os dias entre nós.
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Agora ele volta para se apresentar como o artista que sempre foi e que, inclusive faz show por esse mundo afora mostrando sua admiração e respeito por Villas-Lobo e um músico argentino cujo nome no momento me foge a memória.
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Enfim, hoje vou poder reencontrar meu amigo durante o concerto que ele vai proporcionar a todos nós no teatro 1 do Sesc Esplanada.
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Agosto Cinzento
Nossa urbe sob o fosco espetáculo da fumaça
Por: Altair Santos (Tatá)*
No último sábado, resolvi me aventurar em mais uma andança, pela cidade. Adoro o centro histórico e, por ele bradar em defesa. Ás 8h aportei na Casa Rio Amazonas. Pra quem não conhece, este é o nome do Bar do Zizi. Uma saltenha, um refresco de cupuaçu e, de quebra, uma fluente conversa com aquele antigo e resistente comerciante da região central. Tivemos sobre as coisas da cidade e, principalmente, sobre a edificação do Mercado Cultural, lá em frente a Praça Getúlio Vargas, numa obra, segundo a Prefeitura do Município, a partir do que sobrou do antigo Mercado Público, após décadas do controverso e polêmico incêndio que varreu dali estabelecimentos, pessoas e parte da história. Ao fim da animada prosa e o relógio pontuando em 9 horas, encerrei a conta, sem não, antes, acrescer ao total uma latinha de cerveja a qual, solenemente, me acompanharia por dois ou três quarteirões naquela vaporizante manhã. Sem escolher aonde ir, rumei na contra mão pela José de Alencar em direção a 7 de setembro. Na sinuosidade do percurso, quando ao longe, o olhar, lancei, me enfureci ante a impossibilidade enxergar. Nos últimos 60 dias, tem sido impossível contemplar as coisas nas suas cores e formas naturais. Não bastasse a agressão patrimonial que aqui reina, temos agora o monstro da fumaça no ar, fruto da irresponsabilidade dos incendiários atuais que, nessa época não podem, sequer, ver uma pequena touceira de capim para, de imediato, raspar o palito na lixa (acender o fósforo) e pronto, lá vai fumaça e tome ardor para os olhos e garganta, poluição para os pulmões... Os Neros daqui queimam lixo doméstico, madeira, pneus velhos, etc e por extensão, incendeiam nossa paciência. Pouco depois, já na beira do rio, fiz redobrado e vão esforço para enxergar a outra margem. Não deu! Mudei o foco: à minha frente, uma solitária gaivota tentou uma manobra audaz, um rasante para o mergulho fatal e.... Pobre gaivota! Alvo errado, nada de peixe... E se foi num bater asas moderado ante o almoço incerto, talvez adiado. Vai ver, ela, assim como eu, também tem a sua visão enfumaçada, lacrimejante, avermelhada. Quando olhei para trás, vi o prédio do relógio. Antes imponente, absoluto, o edifício é agora tristonho, rodeado por uma camada imóvel da névoa alergizante. Noutro lado, por entre os velhos e sofridos galpões da Madeira Mamoré, a fumaça espessa me fazia lembrar um momento pós-bomba, um típico cenário do que restou de uma guerra ou atentado. O jeito era voltar pra casa. Novo pit stop, ou seja, outra vez no Zizi, eis que, na calçada, lá se ia uma bela trinca de suburbanas moças, recém descidas do circular, exalando graciosidade e beleza. Pensei, àquela altura, avistar o colírio em dose cavalar. Sorridentes, elegantes aos seus jeitos e faceiras aos seus modos, envolventes por natureza, achei de admirá-las, o que não se deu por muito, pois, sem maior esforço, as sereias do asfalto, como que num encanto, às avessas, foram recobertas pelo manto áspero e grosseiro dessas fumaças de agosto, assim como acontece com a nossa urbe e o que, de sua beleza, inda resta.
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o autor é músico e Vice Presidente da Fundação Iaripuna -
tata.anjos@bol.com.br
Waku’mã no Palco em Movimento
O Grupo Waku’mã de Danças, que recebeu do Minc (funarte) em 2006, o prêmio Klauss Vianna de Dança, dirigido por Paulinho Rodrigues e coordenado po Lívian Luíza (La Quiña), estará se apresentando hoje, na quadra da Escola Pe. Chiquinho (Areal), a partir das 20:30 H. A perfórmance de dança e teatro (Projeto Palco em Movimento), que é patrocinado pela Prefeitura do Município de Porto Velho, com administração da Fundação Iaripuna, está sendo possível, graças a iniciativa do Deputado Eduardo Valverde, que através de emenda parlamentar, conseguiu encaixar este projeto. Por sua vez, a Prefeitura em total sintonia com a Fundação Iaripuna, assinou convênio com Instituições e agentes produtores da diversidade cultural local, e, dentro dos objetivos do Projeto Palco em Movimento, celebrou convênios e determinou através de ações estrategicamente planejadas, a sua implantação. O Prefeito Roberto Sobrinho, desde o lançamento do Projeto, fez questão de ressaltar que todas as regiões do Município de Porto Velho, serão contempaldas com estes seguimentos da nossa Identidade e cultura local. Os produtores, viram nesta sintonia, uma forma de valorização da produção local. A seu turno o grupo Waku’mã de Danças, estará cumprindo a partir de hoje, o cronograma estabelecido pelo Projeto a saber: 17.Ago.07, às 20:30 H, Escola Pe. Chiquinho; 21.Ago.07, às 20:30 H, Escola Senador Darcy Ribeiro, e, 30.Ago.07, às 15:00 H, Escola Marcelo Cândia. Além das toadas de Paulinho Rodrigues dançadas pelo Grupo Waku’mã, o espetáculo apresentará perfórmances teatrais (do auto Boi-Bumbá), com a Atriz Suely Rodrigues do Grupo Raízes do Porto, que empresta apoio cultural ao espetáculo, bem como, o boizinho que tem vida dada pelo miolo Nel Kleber. È a produção cultural local sendo prestigiada, e, alcançando uma população alvo de cerca de vinte e cinco mil pessoas. Para os alunos e docentes, o Projeto servirá de observação para debates e regisatro de atividade educacional extra classe.
Fonte: zekatraca@diariodaamazonia.com.br