Quarta-feira, 18 de agosto de 2010 - 23h46
Mágicas do Mago do Mamoré
Por Ariel Argobe (*)
O maior confronte de bumbá que acontece lá pelas bandas do Vale do Mamoré se encerrou neste domingo último. Foram três dias de feroz peleja travada entre os dois grandes ilustres duelistas, filhos da aconchegante e tranqüila cidade de Guajará-Mirim (orgulhosamente minha terra natal).
O Flor do Campo - o boi-bumbá das cores vermelho e branco comandado por Dona Georgina e seu esposo Mário -, enfrentou pela décima sexta vez seu arquirrival e desafeto único Malhadinho - o bumbá contrário defensor das cores azul e branco, dirigido pelo talentoso artista Cleiton Lopes. O aguardado confronto entre os titãs culturais aconteceu na arena do bumbódromo inacabado da Pérola do Mamoré, cenário de guerra montado para abrigar o violento combate estético, visto em toda região como o mais espetacular e luxuoso enfrentamento folclórico, também conhecido por Duelo da Fronteira.
Inúmeros são os profissionais que constroem este belíssimo espetáculo de cultura popular. Costureiras, artistas, artesãos, serralheiros, batuqueiros, músicos, lindíssimas moças e saudáveis rapazes - abnegados dançarinos -, enfim, profissionais das mais variadas linguagens artísticas e colaboradores de todas as áreas empenham-se para apresentar o mais refinado e emocionante espetáculo de cores, inéditas alegorias articuladas, ricas fantasias e os mais surpreendentes efeitos de luzes e ritmos, apreciados por um grande e fiel público, que assiste a tudo, incrédulo e atento, sempre aguardando a próxima surpresa.
Dentre tantos talentos, destaca-se um grande artista. Artista com “A” maiúsculo, portador de uma sensibilidade estética imensurável e detentor de extraordinário talento e criatividade. Um mágico. Um mago.
Analisando a produção artística apresentada nos dois últimos Festivais Folclóricos de Guajará-Mirim é possível constatar o potencial criador do profissional contratado pelo bumbá de Dona Georgina. O calibre desse profissional pode ser comprovado também nos últimos carnavais de Porto Velho, onde o mesmo vem dando prova de sua competência e criatividade. De suas mãos encantadas brotaram surpreendentes e monumentais formas alegóricas que encantam o mais exigente público, amante de belos objetos de arte.
O resultado do Festival Folclórico de Guajará-Mirim, 2010, consagrando o Boi-Bumbá do Bairro Tamandaré, o Flor do Campo, confirma definitivamente Ednart Gomes como o mais talentoso e criativo artista para concepção e materialização de alegorias para bois-bumbás, escolas de samba e quadrilhas juninas. Tem mãos mágicas. Imaginação sem limites e uma dedicação incomum. Um verdadeiro e irrequieto profissional, comportamento típico dos grandes mestres da arte universal. Um bruxo das formas.
Indiscutivelmente criativo nas formas esculturais - como se isto fosse pouco - o artista ainda passeia por uma palheta de cores, especialmente entre as quentes e vibrantes, com eloqüência, saindo de um gama a outro, como uma bailarina evolui na penumbra de um palco, indo de um lado a outro da palheta, em um risco coreográfico que parece flutuar. Assim Ednart cobre de cores suas alegorias. As mãos mágicas do genial Mago do Mamoré usa magistralmente um leque de pigmento que abusa, elegantemente, das cores primárias, secundárias, terciárias e quartenárias; trabalha equilibradamente as cores contrastantes e complementárias, enfim, é a reencarnação do genial e louco pai do expressionismo cromático, o holandês Vincent van Gogh. Eis aí Ednart Gomes, na minha compreensão, também um alquimista das cores.
(*) O autor é artista plástico e blogueiro
Hoje é o dia da nossa exposição.
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Minha em parceria com o fotógrafo Roni Carvalho.
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As 19h30 vamos abrir a Semana do Folclore com a exposição:
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Viagem pelo Mundo Encantado da Produção Folclórica em Rondônia
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Roni Carvalho selecionou uma série de fotografias tiradas durante as apresentações dos grupos folclóricos de Quadrilhas e Boi Bumbás no Arraial Flor do Maracujá, Arraial Flor de Cacto e dos Bois Malhadinho e Flor do Campo de Guajará Mirim.
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São fotos artísticas que só o Roni sabe fazer.
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Aproveitando o tema, resolvi também expor no hall da Casa da Cultura, as indumentárias (fantasias) que venho usando ao longo dos anos que me apresento como Amo de Boi Bumbá em Porto Velho.
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O visitante da Casa da Cultura vai ver “Mantos” que usei no inicio da década de 1990 quando ainda brincava no Boi Az de Ouro.
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Vai conferir os troféus que ganhei como compositor, das melhores toadas apresentadas no Flor do Maracujá, inclusive o troféu deste ano.
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Pra completar tudo isso, vamos realizar um show com as dançarinas do Corre Campo.
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Cunha Poranga, Rainha da Batucada, Rainha do Folclore, Porta Estandarte, Morena Bela e Rainha da Floresta entre outras atrações.
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Também estarei cantando acompanhado pela Banda Nação Corre Campo às toadas que me deram os troféus de melhor do Flor do Maracujá.
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Você é convidada e convidado. Hoje às 19h30 na Casa da Cultura Ivan Marrocos abertura da exposição “Viagem pelo Mundo Encantado da Produção Folclórica em Rondônia”.
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De volta a Guajará Mirim:
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Conversa ouvida na rodoviária de Guajará Mirim sábado pela manhã.
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A discussão era em torno da apresentação do Boi Malhadinho na noite de sexta feira.
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Ai o cidadão que solicitou que citássemos seu apelido nesta coluna.
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Que é Ney do Primavera que disse também, que sua esposa e todos de sua casa torcem pelo Malhadinho, inclusive sua é brincante do boi azul.
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Saiu-se com essa: “Zekatraca coloca na tua coluna que o Flor do Campo trata o Pajé na base do caldo de Traíra enquanto o Malhadinho alimenta o Cleiton Pajé com caldo de Galinha de Granja”.
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Isso porque a alegoria do Pajé do Malhadinho havia quebrado na noite anterior.
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As gozações entre as duas torcidas não param por aí não.
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A turma do boi vermelho, depois que o tripa do boi azul caiu com boi e tudo, bem em frente à comissão julgadora, saiu dizendo pelos quatro cantos do Tamandaré que o Malhadinho tinha chifre e não asa.
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Por falar em asa o Amo do Flor do Campo na noite de domingo disse que o Pajé do boi contrário não tinha asa para querer voar, por isso se arrebentou no chão.
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O Flor do Campo foi punido com a perda de 0,3 décimo porque o responsável pela sonorização falou para a Comissão de Avaliação que “Realmente modifiquei a freqüência dos microfones sem fio usados pelo Flor do Campo”
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O Tany levantador de toadas do Malhadinho mandou recado através do Orkut dizendo que o mesmo técnico de som, sem saber que seu irmão estava por perto, disse que “Esses caras do Malhadinho são muito chatos”.
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Acha o Tany Melhem que por solicitar melhor atenção para com a sonorização o técnico se ofendeu e em vez de melhorar, fez foi piorar o som do seu microfone.
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De qualquer maneira, as notas de sexta e sábado, nos quesitos, Levantador de Toada, Amo do Boi e Apresentador não foram computadas.
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As menores notas do Boi Malhadinho foram justamente nos quesitos: Levantador de Toada, Toada Letra e Música, Boi/Tripa e Galera. Pela nota de domingo a que valeu para o quesito levantador de toada o Tany ganhou apenas 29,4 enquanto o levantador do Flor do Campo recebeu 29,9.
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Alguma coisa deve ser mudada no Boi do bairro São José.
SEMANA DO FOLCLORE
Despedida do Amo
do boi Corre Campo
Roni Carvalho abre exposição de fotografia especiais dos grupos de PVH e G. Mirim
Hoje à noite (19h30), na Casa da Cultura Ivan Marrocos, o secretário da Secel Jucèlis Freitas juntamente com a Gerente de Cultura Bebel Silva, abre a Semana do Folclore com a exposição “Viagem pelo mundo encantado da produção folclórica em Rondônia” do fotografo Roni Carvalho.
Dentro da programação que vai acontecer na noite de hoje, consta o show do Amo de Boi Silvio Santos. Silvio vai entregar ao seu filho Silvio José o chapéu de Amo do bumbá Corre Campo. “Estou me despedindo do personagem Amo de Boi. A partir desta noite, vou continuar apenas como empurrador de alegorias no Corre Campo”, disse em tom de brincadeira. Na realidade, prossegue o folclorista, “Está na hora de parar, são mais de 20 anos me apresentando como Amo de Boi. Ta na hora de entregar o chapéu e passar o manto para a juventude”.
Silvio Santos começou como Amo em 1988 pelo Boi Tira Prosa naquela época não existia premiação para melhor Amo e melhor toada, essa premiação começou quando o Arraial passou a acontecer no espaço próximo a Esplanada das Secretarias em 1990. Desde quando o Flávio Carneiro criou a premiação para melhor Amo e melhor toada ninguém tem mais troféu que o Silvio.
Roni Carvalho que começou como fotografo profissional no Diário da Amazônia em meados da década de 90 e pelo jornal sempre dar valor a cobertura dos eventos folclóricos, não só em Porto Velho, mas, no estado como um todo, com destaque para o Flor do Maracujá e o Festival de Guajará Mirim, Roni se especializou em fazer fotografias dos nosso grupos folclóricos. “São fotografias que mostram a beleza do trabalho das costureiras e artesãos dos nosso grupos”, disse Roni.
A exposição “Viagem pelo Mundo Encantado da Produção Folclórica em Rondônia”, fica na casa da Cultura Ivan Marrocos até segunda feira dia 23.
Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com
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