Temos Mercado Central novamente!
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Depois de quase dois anos fechado para reforma, nosso Mercado foi aberto ou reinaugurado domingo passado, pelo prefeito Roberto Sobrinho.
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Tá certo que a reforma demorou muito.
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Mas, que o prédio está muito bonito não temos dúvida.
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Daqui a pouco, vão aparecer – se já não apareceram - os do contra, criticando a obra.
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Não interessa!
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O certo, é qu nós que vivemos aqui defendendo a preservação da nossa cultura, estamos, satisfeito com a reabertura do Mercado Central.
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Tá tudo bonitinho, no seu devido lugar.
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Teve gente que estava com tanta saudade do Mercado que chegou antes das seis horas da manhã para a festa de inauguração e conseguiu entrar antes do prefeito cortar a fita.
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E era aquele lero-lero com os banqueiros e banqueiras.
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E haja caldo de mocotó, tapioca, suco de cajá e cupuaçu e conversa jogada fora.
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Viu o Mado se maquiando, o Bado afinando o violão e o Júnior Lopes acertando a batida do pandeiro.
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Escutou a secretária da “Sempre” dizer, que entre tantos logradouros reformados e entregue pelo prefeito de Porto Velho, estava a praça “Marechal Deodoro” (essa praça até hoje a população de Porto Velho está procurando), ela queria dizer Mal. Rondon.
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Ouviu o Zé Carlos do Banzeiro chamar a atenção para a bandeira do estado de Rondônia que estava de cabeça pra baixo.
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E viu como o povo se comportou quando o café da manhã oferecido no 0800 pela prefeitura foi liberado.
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Tudo era festa, até o fogueteiro empolgado e não querendo perder as iguarias servidas no café da manhã.
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Soltou os foguetes antes do prefeito chegar a solenidade.
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Viu até, quando o vereador Claudio Carvalho sentiu que havia sido esquecido pelo cerimonial, e fez sinal para o locutor Sergio Gomes, tipo perguntando. E eu?
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Ele foi chamado logo em seguida.
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Viu o poeta Mado e suas “pantominas” sem entender muito o que queria dizer e saiu-se com essa: “Quando vejo o Mado fazendo mímica, me dar uma saudade do Bedoti”.
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Viu o Bado cantando e encantando e o Paulo Humberto mostrando que nada melhor do que tocar chorinho num Mercado.
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E a manhã entrou pela tarde, o calor escaldante, apesar da cobertura especial.
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E o povo querendo mais.
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Só faltou uma cachacinha para abrir o apetite. Cerveja pode cachaça não!
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Aliás, cachaça agora passou a ser consumida por helicóptero.
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Ou você não leu a matéria sobre os novos helicópteros que o Ministro Jobim entregou.
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“Ministro batiza helicópteros com dois copos de cachaça”.
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Na falta de Vodka, já que os aparelhos são Russos, nada melhor que batizá-los com cachaça.
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Por falar nisso:
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O
Ciro Pinheiro tava de olho no cerimonial da prefeitura durante a inauguração do Mercado Central.
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Se não fosse tanto discurso político, a festa teria sido perfeita.
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Mas, como diz o ditado, ninguém é perfeito!
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Parabéns pro prefeito.
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A festa só parou mesmo para a turma assistir o Botafogo dar uma peia no “Framendo” e se tornar campeão carioca de 2010. Parabéns aos botafoguenses.
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Aos “framenguistas” apenas um lembrete: “O Inferno é aqui. Ou, aqui se faz, aqui paga”.
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Para encerrar:
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Aí manos e manas, dia 27 de abril estará acontecendo um encontro musical nosso, digo: Zé Miguel e Zezinho Maranhão, lá em Macapá.
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É a música regional nossa de todos os dias que está de parabéns e nós os artistas fiéis depositários da inspiração dada por DEUS, mostrando e compartilhando o nosso trabalho, também estamos sendo agraciados em poder dividir alegrías assim com quem nos ajuda, nos quer bem e nos prestigia. Zezínho Maranhão
RIO MADEIRA
Teatro e música em Santa Catarina
A grande viagem pela oralidade e pela arte beiradeira das mulheres seringueiras
O grupo de teatro O Imaginário leva ao Baixo Madeira, no Seringal de Santa Catarina dois espetáculos, sendo um de teatro e outro de música, Filhas da Mata, do próprio grupo e o show musical do grupo Minhas Raízes, da localidade de Nazaré. Com isso, O Imaginário possibilita à troca de experiências, linguagens e conhecimentos. No Ponto de Cultura Arte e Vida Rio Madeira. Através do Projeto de Interações Estéticas do O Imaginário teremos um fluxo de artistas de Porto Velho e das localidades próximo ao seringal. “Foram três meses de intensa troca entre artistas das diferentes linguagens”, explica o diretor Chicão Santos concluindo, “nos dias 23, 24 e 25 de abril vamos celebrar o fechamento do projeto com duas grandes apresentações e ainda discutir a Arte Beiradeira”.
O intercâmbio de processos artísticos é, desde o princípio de nossa formação cultural, o mais característico agente de construção de nossa identidade. O grande mérito do programa de residências artísticas em Pontos de Cultura, Interações Estéticas, é reforçar essa lógica.
A arte, em seu caminho de produção de sentido, é o maior canal de construção de massa critica de um povo; aquele que vai potencializar as escolhas do indivíduo ao fazê-lo acreditar que a construção da realidade começa no livre arbítrio e no pensar diferente. É dessa forma que a arte toma de usufruto padrões e valores que denominam a cultura em benefício da criação de linguagens que produzam diferença - mais do que a reprodução da coletividade. Trocas de experiências só podem ocorrer em contextos receptivos à contaminação e a mistura. “Esse cruzamento permite que as partes, diante da surpresa do contato inaugural, ativem novos processos artísticos...”
O Imaginário foi fundado em 2005, com o objetivo de estudar, pesquisar e investigar as diversas linguagens teatrais. Criado e dirigido pelo Ator e Diretor Chicão Santos, que trouxe para o panorama amazônico um jeito inovador e transgressor de pensar o fazer teatral.
Em seus trabalhos, O Imaginário sempre busca discutir a relação do público, do teatro e da cidade, e investe na vinda de especialistas em teatro para qualificar e melhorar o nível técnico dos espetáculos, promovendo a troca de experiências e de interações estéticas.
Em 2006, foi agraciado com o prêmio Myriam Muniz de Fomento ao Teatro, que possibilitou a montagem do espetáculo de rua O Mistério do Fundo do Pote ou De Como Nasceu a Fome, de autoria de Ilo Krugli, com direção de Narciso Telles, professor Doutor do curso de teatro e do programa de pós-graduação em artes da Universidade Federal de Uberlândia.
Ainda 2006, com o Prêmio Caravana Funarte de Circulação Nacional, realizou o projeto Pelas Trilhas de Rondon o Teatro Chega ao Pacífico, nos Estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre.
Em 2007, novamente é agraciado com Prêmio Myriam Muniz de Teatro, o que possibilitou a realização de estudo e pesquisa do autor Willian Shakespeare, fazendo uma transcrição da obra Rei Lear, resultando no espetáculo As Sombras de Lear.
Participou dos projetos Encena Rondônia, Aldeia Guaporé de Artes e do Sesc Amazônia das Artes, Festival Palco Giratório Brasil/Cuiabá e Porto Velho.
Em 2009 foi selecionado pela Curadoria do Palco Giratório para circulação nacional em 2010 e aprovou no Edital da Caixa os Festival Amazônia Encena na Rua, que já está na sua 3ª Edição e foi novamente contemplados pelos Prêmio Myriam Muniz de Fomento ao Teatro, Klauss Viana de fomento a dança e Arte de Rua.
Sobre o Projeto
A grande viagem pela oralidade e pela arte beiradeira das mulheres seringueiras das Margens do Rio Madeira, aprovado no Prêmio Interações Estéticas- Residências Artísticas em Pontos de Cultura 2009, pela Fundação Nacional de Artes – Funarte em conjunto com Secretaria de Programas e Projetos Culturais – MinC chega ao seu final.
TEATRO
Espetáculo Filhas da Mata
O Espetáculo Filhas da Mata, do O Imaginário será outra grande atração no Seringal Santa Catarina. O Espetáculo foi selecionado em 2009, pelo Departamento Nacional do Sesc para o Palco Giratório 2010 que é o maior projeto de circulação de teatro da América Latina. Só para termos uma noção da importância da apresentação já no dia 27 de abril, às 20 horas, o Imaginário estará apresentando o espetáculo no Teatro Sesc/Senac Iracema, em Fortaleza Ceará.
Sobre o Espetáculo Filhas da Mata - Mulheres esquecidas e abandonadas pelo tempo e pela memória vivem mergulhadas num mundo fronteiriço entre sonho e realidade, lutando pela redescoberta do sentido de suas existências e suas histórias de vida. Sem rumo e presas às amarras do passado, lembranças e ilusões se confundem, levando as personagens a um estado de aparente alienação.
O espetáculo conta com a participação de várias senhoras que compartilham suas memórias com o público e representam o universo metafórico da purificação pelo fluxo das águas.
No elenco: Zaine Diniz, Jória Lima e Gilca Lobo
Com participação de Maria Luiza e mulheres convidadas da localidade.
Dramaturgia: Jória Lima
Concepção sonora: Bira Lourenço
Concepção cenográfica: Chicão Santos
Figurino: Zaine Diniz e Jória Lima
Poesias: Nilza Menezes
Operação de luz: André Luiz
Operação de som: Chicão Santos
Direção e produção executiva: Chicão Santos
MÚSICA
Grupo Minhas Raízes
O grupo musical Minhas Raízes, da localidade de Nazaré, no rio Madeira, próximo a Porto Velho será uma das atrações no Ponto de Cultura Arte e Vida Rio Madeira, no Seringal Santa Catarina. Vão cantar músicas com temas da realidade local, além dos mitos e lendas da região como o Boto Tucuxi, Anauá e Curupira. No show apresentarão as canções “Não deixe secar o coração”, “Cobra Grande” e “Vai Pescar, Vai Pescar”, composições de Silvia Helena e Timaia, respectivamente organizadora e regente do coral de meninas e fabricante dos instrumentos utilizados pelo grupo. As composições integram o elenco de 15 músicas do CD, gravado ano passado. Em 2007, o cantor e escritor Gabriel, “O Pensador”, indicou o grupo para o Criança Esperança, que exibiu cenas do cotidiano das crianças. Pensador conheceu o grupo em Porto Velho, em abril do ano passado, quando participou da Feira do Livro. Ele ficou impressionado com o talento dos meninos. Todos os instrumentos do grupo são feitos de madeira da floresta amazônica. São percussões, flautas, reco-reco, gambá, cumbuca, carrilhão de bambu, checo-checo, entre outros que ainda não têm nome.
Fonte: Síilvio Santos
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Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)
