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Gente de Opinião

Silvio Santos

Zekatraca - Lenha na Fogueira 20/08/09


 

Você sabia que no próximo sábado dia 22, é o dia do Folclore?

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Com certeza sei que você sabe que o dia do folclore é o dia 22 de agosto.

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Sei também que você, caro leitor, sabe que o dia do folclore este ano cai num sábado.

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Todo mundo sabe disso.

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Só quem não sabe, é a Federação de Grupos Folclóricos de Rondônia.

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Se soubesse, tenho certeza, que já estaria divulgando alguma promoção alusiva à data.


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Data que de uns tempos para cá se transformou em semana.

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A semana do folclore deveria ter começado em Porto Velho, pelo menos no último domingo dia 16.

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Às vezes fico matutando. Para que serve a Federon?

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Pelo jeito, apenas para servir de laranja para o repasse que o governo do estado faz para o Flor do Maracujá.


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A Federação não desenvolve, não realiza e nem pensa em elaborar pelo menos um projeto cultural.

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O dia do folclore em Porto Velho, era para ser comemorado com apresentações dos grupos folclóricos filiados ou não à Federon.


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E o que vamos ver no próximo dia 22 sábado?

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Nada vezes nada!

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Os amigos diretores da Federon precisam saber que o governo através da Secel, está aí apenas para apoiar os projetos que são desenvolvidos ou apresentados pelas entidades ou grupos culturais.

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Nem mesmo o Flor do Maracujá seria para ser coordenado pela Secel, deveria sim, ser de responsabilidade da Federon.


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O pior disso tudo. É que a entidade recebe o repasse do governo e não passa de imediato aos grupos folclóricos.

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A grana só é repassada aos grupos folclóricos, após a realização do Flor do Maracujá.

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O que a tesouraria da Federon faz, é emprestar dinheiro aos grupos cobrando juros de mercado.

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E sabem de onde vem o dinheiro que eles emprestam aos grupos?


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Dos cofres do governo do estado e sendo assim, do nosso bolso.

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A mesma coisa acontece na Fundação Iaripuna.

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Quem tem que realizar são os grupos enquanto a Iaripuna deve apoiar os projetos apresentados, desde que obedeçam as normas da Fundação Cultural Municipal.

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Até o ano passado a Secel através da Gerencia de Cultura promoveu exposição e apresentações folclóricas no dia do folclore na Casa da Cultura Ivan Marrocos.


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Este ano, até porque a Secel não tem a obrigação de realizar e sim de apoiar os eventos culturais, pelo menos até ontem, nada estava programado para o próximo sábado, relativo ao dia do folclore.

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Depois que o “cara’ se bandeou para as igrejas evangélicas, nem mesmo o Trem de São João faz parte do calendário cultural folclórico municipal.


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Não tem muro de lamentação que dê jeito.

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Não adianta pedir ou lamentar que não vamos conseguir nada.

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Desse “muro” só sai lágrimas de crododilho.

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Com toda desgraça a Federação das Escolas de Samba – Fesec faz alguma coisa no dia do Samba.


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Pelo menos até o ano passado fez.

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Já a Federon nunca fez e nem está pensando em fazer, qualquer evento no dia do folclore.


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O mais que a direção da Federon faz, é oferecer um jantarzinho que não custa mais que R$ 2 mil aos dirigentes de grupos folclóricos.

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E os bestas saem do evento elogiando a direção por lhes ter ofertado um “laudo” jantar a base de estrogonofe e bife ao molho madeira (cardápio de todos os anos).


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Vale salientar que em Porto Velho não existe apenas o folclore da dança da quadrilha e boi-bumbá.

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Aqui temos a dança do carimbó, a dança do terçado, a dança do café, a dança do cacetinho, a dança do cangaço e tantas outras danças folclóricas.

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Porém a Federação de Grupos de Danças Folclóricas só filia quadrilha e boi-bumbá.

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Por falar nisso, o estado de Rondônia é um dos mais ricos em se falando de danças ou manifestações folclóricas.


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Seria bom que a Federon realizasse em anos futuros, um festival folclórico estadual.

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Tai a dica, elaborem o projeto do Festival Folclórico do Estado de Rondônia e apresentem à Secel que com certeza vocês receberão o apoio necessário.

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Ta hora de sair da mesmice das quadrilhas e bois-bumbás e investir em outros estilos de danças e apresentações folclóricas.

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Não podemos viver apenas de dois estilos de danças folclóricas, quando temos tantas outras sendo praticadas pelos quatro cantos do nosso estado.


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Sabem de uma coisa.

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Vou assistir à peça “Confidência de um Espermatozóide Careca” no teatro Banzeiros, hoje a partir das 19h30. 




 Fotografia

Nossos fotógrafos
nas Três Caixas D’água

O dia da fotografia foi festejado em Porto Velho com exposição na praça

O fotógrafo Walteir Costa em parceria com a 3M publicidade, reuniu durante todo o dia de ontem 19, na praça das Três Caixas D’águas, em comemoração ao Dia Mundial da Fotografia, trabalhos de vários fotógrafos radicados em Porto Velho, no “2º Varal de Fotografias”. “Na realidade este seria para ser o terceiro varal, porém mesmo contando com o apoio da Secel ano passado não foi possível realizar o evento em virtude do excesso de burocracia para liberar os recursos”, afirma Walteir. Na praça das Caixas D’água o público pode apreciar trabalhos dos fotógrafos, Michelle Saraiva, Roany Ferreira, Gabriel Ivan, E. Guilherme, Glece Mere, Nina Sayonara, Michele Matos, J Gomes, Walteir Costa entre outros. “Nosso objetivo para o próximo ano é levar o varal de fotografias para as praças da periferia de Porto Velho”. 

O grande homenageado pelos promotores do evento foi o fotógrafo Danna Merrill que fotografou entre 1910 e 1912 a saga da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Segundo o fotógrafo Pedro Ribeiro, as fotografias de Danna Merril revelam soluções formais arrojadas para a época, ressaltando que, apesar das dificuldades e do peso do equipamento “...Merrill privilegia os instantâneos, sem se deixar intimidar com os longos intervalos de obturação exigidos, assumindo essas condicionantes e transformando limitações em elementos de expressão dramática, numa atitude inusitada para a época. As imagens capturadas por Danna Merrill são tão dinâmicas que nos sugerem o uso das câmaras de 35 mm, que só apareceriam perto de duas décadas mais tarde”. 

O fotógrafo Beto Ramos especialista em restauração de fotografias e que mantém seu estúdio a rua Henrique Soro, 6221 no Conjunto 4 de Janeiro e atende também através do telefone 9209-4814. nos enviou o seguinte: 

Quando a França ainda vivia um período de instabilidade política, em meados do século XIX, conseqüência da Revolução Francesa e do Império Napoleônico, surgiu uma nova profissão, reconhecida mais tarde, também como arte: a fotografia. Na verdade, registros revelam que na época de Aristóteles já se conhecia o fenômeno de produção de imagens pela passagem da luz através de um pequeno orifício e boa parte dos princípios básicos da óptica e da química que envolveria mais tarde o surgimento da fotografia. 

No século X, o erudito árabe Alhazen mostrou como observar um eclipse solar no interior de uma câmara obscura: um quarto às escuras, com um pequeno orifício aberto para o exterior. 

Durante a Renascença, uma lente foi colocada num pequeno orifício e obteve-se uma melhor qualidade da imagem. A câmara obscura começou a se tornar cada vez menor, até se transformar em um objeto que pudesse ser levado para qualquer lugar. Já com um tamanho portátil, no século XVII, a câmara obscura era utilizada por muitos pintores na execução de suas obras. 

Fotografia de fato, surgiu no verão de 1826, pelo inventor e litógrafo francês Joseph Nicéphore Niépce. Em fevereiro de 1827, Niépce recebeu uma carta de Louis Daguerre, de Paris, que manifestou seu interesse em gravar imagens. Em 1829, tornaram-se sócios, mas Niépce morre em 1833. Seis anos depois, em 7 de janeiro de 1839, Daguerre revela à Academia Francesa de Ciências um processo que originava as fotografias ou os daguerreótipos. 

A fotografia atraiu a atenção de tantas pessoas que, movidos pelo entusiasmo, tornaram-se adeptos daquela técnica. Fotografar tornou-se uma atividade em franca expansão. Rapidamente tomou conta do mundo. Em 1853, cerca de 10 mil americanos produziram três milhões de fotos, e três anos mais tarde a Universidade de Londres já incluía em seu currículo a fotografia. Em junho de 1888, com George Eastman, surge a Kodak. A fotografia tornou-se mais popular com este tipo de câmera que era bem mais leve, de baixo custo e simples de operar. A fotografia deu ao homem uma visão real do mundo, tornando-se assim, um instrumento de como captar imagens dos registros da História. 

Walteir idealizador do Varal em homenagem ao Dia Mundial da Fotografia complementa, “Hoje a câmera digital veio facilitar às pessoas a pratica de fotografar, porém o que vemos são os computadores e seus sites cheios de fotografias sem qualidade. Por isso mantemos o curso de fotografia que pode ser feito por qualquer pessoa. Vamos iniciar uma nova turma no mês de novembro”, concluiu Walteir Costa.

Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com   
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