Zekatraca - Lenha na Fogueira 25/07/08

 
Encena na Rua

Manuela e o Boto
espetáculo do Vivarte

Hoje o grupo Baião de Dois de Manaus apresenta uma peça de Ariano suassuna

A lua cheia, já minguando, refletia sua claridade, através das imponentes Caixas D´água da Praça e o público, considerável, reunido em círculo, uns sentados no chão, outros nos bancos da praça e a maioria em pé, esperava ansioso pelo inicio do espetáculo “Manuela e o Boto”.  Chicão Santos e sua companheira Zaine Diniz presidente do grupo O Imaginário produtor do Festival de Teatro de Rua “AmazôniaEncena na Rua”, comentavam com o James Batista consultor de comunicação social da Caixa Econômica Federal, sobre o sucesso da abertura do Festival, que levou dezenas de pessoas ao espaço “Vila Erse” da Casa da Cultura Ivan Marrocos e naquele momento (20hs), a Praça das Caixas D´água recebia um público acima do esperado, para assistir a primeira peça do Festival.  “James, ganhamos o dia”, repetia estampando felicidade, Chicão Santos. De repente, Marcos Izidio (narrador da peça), chega ao meio da roda e começa a contar estórias dos caboclos que vivem nas colocações existentes nos vários seringais acreanos, entre elas, “Manuela e o Boto”. Na realidade, o nome original da peça é “Estórias do Boto” de autoria de Franeys Mary só, que para facilitar a interação com público, o Grupo Vivarte de Rio Branco/AC fez uma pequena adaptação e trocou o nome para “Manuela e o Boto”. “Apenas para ficar mais chamativa”, explica Lenine. A jovem atriz Daniela Rodrigues entra em cena como Manuela, uma sonhadora donzela de um seringal, que vive sonhando encontrar seu príncipe encantado, sentada à beira do rio, só que Manuela acredita piamanete, que um dia, vai ser seduzida por um boto saído das profundezas daquela água, fato que realmente acontece. Naquele êxtase, ela ouve ao longe o som de uma música gostosa e sem esperar, se ver nos braços de um lindo jovem, todo vestido de branco que a convida para dançar, daí pra frente, Manuela perde a noção do tempo e seu pai (Lenine), um velho ranzinza ao extremo, sem entender o que estava acontecendo com sua querida filha, que de uns tempos para cá, passa o dia na beira do rio olhando pro nada, passa a fazer vigília, até que descobre o motivo de tanta “lerdeza”. Captura o Boto (Alexandre Matos) e quando está prestes a disparar sua “chumbeira” na cabeça do cetáceo, Manuela toma-lhe a frente e invoca os seres encantados do fundo dos rios, é quando chega a Cobra Grande (Boiúna) e envolve o “Velho” levando-o para as profundezas. O público aplaude calorosamente e o espetáculo tem fim, com todo mundo dançando ao som de violão, zabumba, triângulo e pau de chuva. Assim como “Manuela e o Boto”, encantou todos que estavam na Praça das Caixas D´água na noite de quarta feira, com certeza vamos nos encantar com o espetáculo de hoje “Tortura de um Coração ou em Boca Fechada não Entra Mosquito” um texto de Ariano Suassuna apresentado pelo grupo “Baião de Dois” de Manaus/AM. A encenação começa às 20hs na Praça das Caixas D´água em Porto Velho.

Na coluna de ontem, reproduzimos um e-mail que nos foi enviado pelo leitor, Francisco Macedo, sobre o palácio Presidente Vargas.

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O Chico Macêdo comenta em seu e-mail, sobre a descaracterização do Palácio.

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Ontem, várias pessoas me pararam na rua para manifestar apoio ao que o Chico havia escrito.

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Além disso, nosso colaborador Ivo Feitosa nos chamou atenção, também através de e-mail para um artigo que ele escreveu e publicou na Coluna "Você Sabia...Que?". Que por alguns meses foi publicada no Jornal Diário da Amazônia e no site Gente de Opinião.

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No artigo em apreço, Ivo Feitosa conta a história do Palácio Presidente Vargas.

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Atendendo ao apelo dos vários leitores que me procuraram ou mandaram e-mail sobre o assunto...

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Nesta edição republicamos o artigo do Ivo sobre o Palácio Presidente Vargas.

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Acontece que a grande polêmica, sobre a reforma, que o governo está fazendo no Palácio, recai sobre a tonalidade da tinta usada em sua pintura.

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Desta feita, o Palácio está sendo pintado de azul.

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Talvez, algum assessor disse: vamos colocar a cor exaltada na letra do hino de Rondônia.

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Azul, nosso céu é sempre azul (antes das queimadas).

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Como escrevi na coluna de ontem,. O seu Chico Santos em entrevista, a esse que escreve essas mal traçadas linhas...

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Disse que veio para Porto Velho ainda no início da década de 1950 contratado para pintar o Palácio do Governo do Território Federal do Guaporé.

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E que a cor da tinta usada foi a cinza.

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Aí, podemos dizer que trocaram as bolas.

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Quando Rondônia ainda não era destaque pelas tantas queimadas, a cor do palácio Presidente Vargas era cinza.

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Hoje que nosso céu fica cinzento de tanta fumaça oriunda das queimadas.

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Estão pintando o palácio de azul.

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Bom! O que queria dizer, era que, meu amigo Ivo Feitosa conta detalhes sobre a arquitetura do Presidente Vargas, mas não fala da sua cor original!

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Vamos dar um tiro nessa conversa!

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As cores vivas da cultura popular em especial das artes cênicas podem ser apreciadas todas as noites na praça das Caixas D'Água.

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É o festival de teatro de rua "Amazônia Encena na Rua"...

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Que acontece em Porto Velho até o próximo dia 27.

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Se anteontem os acreanos foram a grande atração...

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Ontem foi a vez dos roraimenses mostrarem a arte desenvolvida em seu Estado ao apresentarem a peça "A Retrete ou a Latrine".

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Hoje vamos aplaudir os amazonenses do grupo Baião de Dois com a peça de Ariano Sussuna "Tortura de um Coração ou em Boca Fechada não Entra Mosquito".

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Amanhã, sábado é a vez do grupo promotor do evento O Imaginário de Porto Velho/RO mostrar o espetáculo:

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"O Mistério do Fundo do Pote ou de Como Nasceu a Fome".

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Tudo acontece sempre a partir das 20h na praça das Caixas D'Água.

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Durante o dia acontecem palestras e oficinas na Casa da Cultura Ivan Marrocos.

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Agora, a peça "Manuela e o Boto" é muito boa.

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O elenco é dos melhores.

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A estória acontece numa "colocação" de seringal no Acre.

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A atriz Dani (Manuela) e o ator Alexandre Matos (Boto) fizeram a diferença.

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Nota 10 também, para a turma que faz a música na peça, inclusive a Rita que sabe trabalhar bem um "pau" de chuva.

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O Velho Lenine é um show!

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Enfim, o elenco todo é ótimo!

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E depois disso tudo!

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Só indo para o Arraial da AFA.

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Hei! Pera aí!

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Hoje tem a procissão de São Cristóvão.

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E depois da procissão, com minha querida irmã Berenice para a quermesse, participar do leilão, bingo e outros prêmios.

Fonte: Sílvio Santos