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Gente de Opinião

Silvio Santos

Zekatraca - Lenha na Fogueira 26/06/08


Arraial 

Az de Ouro e Juabp
hoje no Maracujá

Os grupos que se apresentam hoje são candidatos diretos ao título deste ano

A penúltima noite das competições entre os grupos folclóricos que participam da XXVII Mostra de Quadrilhas e Bois-bumbás apresenta os grupos, Quadrilha Mirim Juabp; Quadrilha Adulta Juabp; Boi Mirim Brilhantinho e Boi-bumbá Az de Ouro. Tanto a quadrilha Juabp como o Boi Az de Ouro são considerados, grupos de ponta, entre os que participam da Mostra promovida pela Secretaria de Cultura – Secel, no ano passado, ambos foram classificados em terceiro lugar nas suas devidas categorias e de acordo com seus diretores vão em busca do título este ano. Enquanto o Az de Ouro tem sua base na praça do bairro Nova Floresta e agrega a comunidade que reside ao entorno do colégio Eduardo Lima e Silva, a Juabp vem do bairro Areal da Floresta, precisamente, da comunidade da igreja Guadalupe, e a quadrilha é considerada como a grande rival da Rádio Farol. 

O Boi Mirim Brilhantinho tem sua sede no bairro Castanheira e a cada ano se apresenta com destaque no Arraial Flor do Maracujá.

Lembrando ainda a noite de terça-feira. A quadrilha “Mocidade Junina” apesar do atraso provocado pelo problema com a sonorização, conseguiu levantar a galera e saiu como uma forte candidata ao título do Flor do Maracujá deste ano. 

O Bumbá Vencedor apresentou belas fantasias e um ritual cuja toada defendia o respeito aos povos ribeirinhos que serão afetados pelas Usinas do Madeira, uma composição do Carlinhos Maracanã. O boi só entrou no “curral” de dança por volta da meia-noite e em virtude do frio, as arquibancadas estavam com poucos espectadores.


Uma pane do sistema de som, tira do Flor do Maracujá 2008, o título de o mais organizado, entre todos já realizados.

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Ninguém soube ou sabe explicar o que realmente aconteceu.

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O encarregado da sonorização coloca a culpa na Ceron.

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E os técnicos da Ceron colocam a culpa nos técnicos da sonorização.

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O governador aproveitou para criticar a federalização da empresa de energia de Rondônia.

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Inclusive, disse que se o arranjassem um alicate e uma chave de fenda ele resolveria de imediato o problema.

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O engenheiro da Ceron, ao se defender, disse que se a culpa fosse da sua empresa, o arraial como um todo estaria sem energia, ou melhor, ficaria no escuro.

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Realmente, o único local onde não estava chegando energia, era no equipamento de som montado no palco.

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Em todas as demais dependências do Flor do Maracujá a energia estava normal.

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Tinha gente dizendo que aquilo “foi macumba’ contra a Rádio Farol.

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Se foi, o feitiço caiu sobre o feiticeiro.

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Pois a quadrilha do bairro Novo Estado não só se apresentou como proporcionou aos presentes um super espetáculo.

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Após uma hora e meia procurando aonde estava o problema, os técnicos conseguiram fazer funcionar o som do “curral” de dança.

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A festa recomeçou exatamente às 22h30.

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Um dos jurados não sabia se filmava a apresentação da Rádio Farol ou julgava os quesitos a ele confiados.

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Consideramos essa atitude do jurado como muito grave, porque com certeza ele vai dar nota máxima em todos os quesitos que ele “imaginou” através do visor de sua câmera.

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O grupo mais prejudicado com a falta de energia, foi o Boi-bumbá “Vencedor”.

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João Carlos Alves, conhecido popularmente como Carlinhos Maracanã, de acordo com o Luiz Cavalcante, estava vestido mais para “Pierrot” do que para apresentador de Boi-bumbá.

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Mesmo assim, o da boina, ou a “entidade” como diz o Léo Ladeira, fez uma bela apresentação do bumbá da zona Leste.

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Ventania, o Amo do Bumbá da dona Edinelza e do Sabá, cantou toadas tradicionais.

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Os músicos da Banda “Vencedor” estavam totalmente perdidos durante a apresentação.

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Talvez por falta de ensaio eles não sabiam as notas na qual os levantadores de toadas estavam cantando.

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Era uma “briga” entre notas e harmonia.

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Admiramos a performance das barreiras de índios que se apresentaram pelo boi “Vencedor”.

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Legal mesmo foi a apresentação da quadrilha “Mocidade Junina”.

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Rodrigo e sua equipe realizaram um ótimo trabalho.

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Vale destacar o apoio recebido do padrinho da quadrilha, João Bosco, conhecido como Bosco da Federal.

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Bosco da Federal, realmente, provou que se propõe a realizar um bom trabalho voltado para a cultura popular em Porto Velho.

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Ele também está apoiando o Boi-bumbá Corre Campo, aliás é o padrinho de batismo do Gigante Sagrado.

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Por falar em Gigante Sagrado...

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Registramos com pesar, o falecimento da senhora Adelaide mãe da dona Maria José Brandão presidente do bumbá Corre Campo.

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Adelaíde faleceu terça-feira à noite, em Goiânia, e o corpo será sepultado hoje pela manhã, no cemitério dos Inocentes em Porto Velho.

Lamentamos o passamento da enfermeira Adelaíde.

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A volta do boêmio

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A velha e auto-eloquente Taba do Cacique, que tanto testemunhou as noites boêmias da Capital rondoniense, breve reabrirá suas portas para os noctívagos porto-velhenses, desta vez como bar-restaurante bem ao gosto dos mais exigentes apreciadores da boa cozinha.

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Quem dá a boa-nova é o enciclopédico Carmênio, o ex-rei da noite que jura nunca ter perdido a majestade.

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É esperar para conferir. 



Rádio Farol, o espetáculo caipira

Por Silvio M. Santos

O grupo de quadrilha Caipiras da Rádio Farol provou na última terça-feira (24), que é, se não o mais querido, o mais esperado entre todos que grupos de quadrilhas que se apresentam no Arraial Flor do Maracujá. Mesmo com o atraso de hora e meia, provocado por uma pane no sistema de sonorização, que ninguém soube explicar como aconteceu, a quadrilha comandada pelo professor Severino Castro, entrou no “curral” de dança, como se nada tivesse acontecido. “Nos preparamos, inclusive, para enfrentar com muita calma, os incidentes”, disse o fundador do grupo Marquinhos. “Cueca” o marcador, posicionou os pares em meio aos “troncos” de madeiras de lei que estão em extinção e começou a contar a Lenda da Cobra Honorato: “Conta-se que uma índia engravidou da Boiúna e teve duas crianças: uma menina que se chamou de Maria e um menino chamado de Honorato. Para que ninguém soubesse da gravidez, a mãe tentou matar os recém-nascidos jogando-os no rio. Mas eles não morreram e nas águas foram se criando como cobras...”. E começa a grande apresentação com os brincantes desenvolvendo coreografias especiais para cada “marcação” e a platéia nas arquibancadas e camarotes aplaudindo. Começam a entrar as alegorias com personagens como as Rainhas Caipiras. Numa canoa o pescador faz um lance de tarrafa (de verdade) e é bastante aplaudido pela destreza. O passo da pescaria, onde todos os integrantes, com exceção do “cangaço”, lançam num suposto rio, seus caniços, foi outro momento inovador e espetacular. Uma alegoria com um “veadinho galheiro” chama a tenção. “Afinal de contas veados também habitam a floresta amazônica”, explica Severino. 

Os detalhes nos acabamentos das indumentárias, a perfeição das alegorias. O sincronismo entre os 59 pares, mais o casal de velho e velha, fez com que a Caipiras da Rádio Farol apresentasse um maravilhoso espetáculo. 

Aí, surge a pergunta: Será que os jurados aprovaram tamanha ousadia, vão entender que a Rádio Farol desde quando surgiu, se propôs a deixar de lado a tradição de uma quadrilha caipira para se arvorar por uma exibição contemporânea? 

Entre os especialistas presentes no Arraial na noite da última terça-feira, as opiniões estavam super divididas. 

Agora, independente das opiniões, a “Rádio Farol” só é caipira no nome, no mais, é um espetáculo de luz, cor e muita organização.

Fonte: Sílvio Santos

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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