HISTÓRIAS DO CARNAVAL
O Bloco do Purgatório
Por Silvio M. Santos
No inicio da década de 1970, os integrantes da “Curriola 40”, um grupo de jovens que se reunia no muro da “vergonha” ao lado do Bar do Canto pela Julio de Castilho, no Bar do Pureza e no Meio Kilo Bar e ainda no restaurante Tri Campeão da dona Marita que ficava justamente em frente ao Posto Tri Campeão na Pinheiro Machado, resolveu sair no carnaval com um bloco. Acontece que o marido da dona Marita Tenente Sarmento que era dentista na 3º Cia de Fronteira hoje 17ª Brigada de Infantaria e Selva, sugeriu que o bloco fosse como se fosse um enterro. Bom! Decido o estilo do bloco, a turma se reuniu e providenciou o desfile. O primeiro desfile saiu do Bar do Canto, eram duas filas (uma em cada lado da rua) com cada um dos brincantes levando uma vela acesa e no maior silêncio possível. No meio, uma Kombi com o caixão e o defunto dentro (geralmente ou era o Narciso Freire ou o Neném por serem pequenos). Na época o palanque oficial era armado na avenida Sete de Setembro e o cortejo fazia o seguinte percurso: Carlos Gomes, Presidente Dutra, Sete de Setembro, Campos Sales, Pinheiro Machado até o Bar da dona Marita (Tri Campeão). A frente do caixão ia a “Viúva” “barriguda”; o Padre que era o Sarmento, o Cão que era o Torrado, o Anjo que era o Zé Bonitinho. Estes iam encenando uma disputa pelo morto: o Anjo o queria para o Céu e o Diabo para o Inferno enquanto o Padre não sabia a quem atender.
Entre tantos participantes lembramos do Manelão, Uirandê (do hotel Aquarius); Vladimir Carvalho; Silvio Santos; Chiquito Paiva; Narciso Freire, Emilzinho; Cabo Petrônio; Veloso, Gilson e Hilton Macedo; Juvenal Secundo; Cabo Chico; Coronel Siebra. Eram mais de quarenta. Na carroceria do carro aonde ia o caixão, também se colocava um Sino de uma das locomotivas da Madeira Mamoré que era tocado espaçosamente durante o cortejo.
Tinha mais, uma equipe de três foliões se encarregava de distribuir a bebida (cerveja, uísque e até arrebite) aos que estavam participando do “enterro”. O interessante, era que apesar da irreverência ao participar de um desfile de carnaval sem tocar nenhuma música, não se fazia nenhum protesto, era realmente um bloco diferente o “Purgatório”.
A segundo parte da letra do Hino da Banda do Vai Quem Quer faz referencia ao bloco quando diz: “... Já tentei brincar organizado, isso nunca deu pé...” a frase ou o verso foi escrito em função da aparente organização existente no desfile do bloco do Purgatório e o “Isso nuca deu pé”, é porque em determinado desfile, o motorista do carro onde estava o “defunto”, irresponsavelmente, começou a fazer “cavalo de pau” em plena avenida Sete de Setembro quase em frente ao palanque oficial. Felizmente ninguém saiu ferido.
Uns acham que o bloco do Purgatório é na realidade, o verdadeiro precursor da Banda do Vai Quem Quer.
O bloco desfilou até meados da década de 1970 e parou justamente por causa do episódio do “Cavalo de Pau”.
Ontem na boca da noite, teve gente que marcou campana dentro do complexo esportivo Deroche Pequeno Franco na iminência de saber, quem iria participar ou faltar a reunião do Bloco Rio Kaiary que aconteceu na casa do 600 da rua Pinheiro Machado.
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O cidadão conseguiu emprestado no Porto Graneleiro um aparelhinho daqueles que chamamos “contador”.
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Assim ele foi registrando a entrada do Tóia, Ocampo, Domingos, Dimarci, Sergio, Buchada, Bosco e outros.
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Só faltou mesmo o Jair Monteiro, os demais marcaram presença.
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Aí o cidadão, já com a cabeça branca de tanto esperar resolveu atravessar a rua para tentar ouvir alguma coisa do lado de dentro da casa.
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Quando o presidente Tóia deu por aberta a reunião, um dos presentes tentou levantar a voz iniciando uma discussão.
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O cara do lado de fora ficou torcendo: Vai começar a “porrada!*******
E ficou triste quando ouviu o Antônio Ocampo levantar a voz e começar a pedir compreensão entre os integrantes da diretoria do bloco.
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A conversa do Ocampo foi tão convincente que a reunião terminou com todos se abraçando.*******
E mais, ontem de manhã, a conversa, a amizade, a paz, continuou na sala de cultura da Secel onde o Ocampo e o Buchada trabalham.
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Para encurtar a conversa, o Bloco Rio Kaiary vai desfilar no domingo de carnaval dia 14 de fevereiro.*******
A roupa suja foi lavada e enxaguada.
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Entre “mortos e feridos” todo mundo escapou.********
Porém, as desavenças não acontecem apenas entre os blocos da Uniblocos.
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Na reunião da Fesec, o “pau” também quebra de vez em quando.*******
Como aconteceu na reunião da última terça feira.
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Na realidade a reunião era apenas entre a diretoria e os convidados a fazerem palestra no curso de jurado.
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De repente, o Ariel que vai promover a palestra sobre o quesito fantasia.
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Chegou com a equipe de um programa de TV onde ele (Ariel) desde ontem, está participando de um quadro falando sobre nossas escolas de samba.********
Quando o presidente da Armário Grande ouviu a proposta do Ariel em gravar nos barracões das escolas.
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Caiu de “pau” (ops! assim o rapaz gosta) em cima do Ariel dizendo que no barracão da sua escola, ninguém ia filmar nada e coisa e tal, quase batia de verdade no agora apresentador de televisão Ariel Argobe.
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Não fosse a interferência do presidente da escola Asfaltão
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O negócio teria fedido a “couro” queimado. Nesse caso não é chifre.
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É assim que se faz carnaval de escola de samba.
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Ou seja, com os nervos a flor da pele.
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Tudo porque até agora, a segunda parcela do subsídio da prefeitura ainda não saiu
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E ninguém sabe informar quando vai sair. Nem mesmo a direção da Fesec sabe.
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Os carnavalescos ficam com os nervos a mil porque estão devendo até os “cabelos do cu...tuvelo”.
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Enquanto isso, na Iaripuna a noticias que os carnavalescos ficaram sabendo, foi que o diretor financeiro entrou de férias e não nomearam um substituto, então, não tem quem assine a liberação da grana.*******
OBS: O diretor Financeiro da Iaripuna é também diretor de uma escola de samba.
ESCOLA DE SAMBA
Fesec promove curso
para julgador
O curso vai acontecer sábado na biblioteca Francisco Meirelles em Porto Velho
A direção da Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas de Rondônia – Fesec realiza no próximo sábado dia 30 a partir das 15h na biblioteca Francisco Meirelles em Porto Velho curso para Julgadores de Desfile de Escola Samba.
Segundo o agitador cultural e assessor de comunicação Carlinhos Maracanã, os interessados em participar, ainda podem solicitar inscrição, para tanto basta ligar para 9971-5084 ou 8402-3827.
A coordenação do curso está a cargo da carnavalesca da escola de samba Os Diplomatas do Samba Dulce que convidou os seguintes especialistas para promoveram as palestras: Oscar Dias Knight orienta sobre os quesitos, Bateria e Samba Enredo; Ariel Argobe fala sobre Fantasia; Young Blood é o responsável pela palestra sobre Alegorias e Adereços; João Carlos Alves Maracanã discorre sobre os quesitos Evolução e Harmonia; Antonio Chagas Campo Cabeleira orienta como julgar o casal de Mestre Sala e Porta Bandeira; a carnavalesca Dulce fala sobre Enredo.
Carlinhos Maracanã lembra que os quesitos em julgamento das escolas de samba em Porto Velho são nove: Comissão de Frente, Alegorias e Adereços, Fantasia, Harmonia, Evolução, Mestre Sala e Porta Bandeira, Bateria, Enredo, Samba de Enredo. A Federação das Escolas de Samba lembra que o curso é aberto a todas as pessoas que se considerem qualificadas.
18 pessoas entre as que vão fazer o curso de julgador de escola de samba serão convidados a fazer parte da Comissão de Julgadores no carnaval de 2010. “Vale salientar que a pessoa que atuar como julgadora recebe cachê e outras mordomias”, disse Maracanã. Serão prestados esclarecimentos de como julgar uma Escola de Samba.
Curso de Jurado
Local: Biblioteca Francisco Meireles. (ao lado do prédio da Prefeitura).
Hora: 15h00
Dia: 30 de janeiro de 2010. (sábado).
Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com
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