Sábado, 28 de novembro de 2009 - 07h04
Poucas vezes me posicionei sobre a nossa Estrada de Ferro Madeira Mamoré, seja a favor ou contra qualquer ação desenvolvida no complexo que deu origem a Porto Velho e ao estado de Rondônia.
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Até porque muitas são as polêmicas a respeito do assunto e, confesso, ainda não me acho em condições de adentrar pelos meandros de sua história, apesar de, de vez em quando, pegar umas discussões com meu amigo, poeta Antônio Cândido.
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Bom! Acontece que agora o negócio pegou de verdade, quando vimos no site Rondônia ao Vivo o crime hediondo que estão praticando mais uma vez contra nosso patrimônio histórico.
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Estou me referindo à CALDEIRA da “Serraria Santo Antônio”, também conhecida como “Serraria das 11 horas”, graças à letra de uma canção composta pelo jornalista Adaídes Santos o Dada – “Mas, que prosa, a Serraria das Onze Horas...”.
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Antes de comentarmos sobre o “CRIME”. Lembrarei o que vi e admirei nas Docas de Belém (PA).
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Ali os galpões são idênticos aos da Madeira Mamoré.
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Pois o arquiteto que projetou a revitalização das Docas, agregou o que foi instalado pela empresa de Percival Farquar (as Docas de Belém também eram dele), ao Projeto.
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Lá você encontra, guinchos, fresa, torno mecânico, enfim, tudo quanto é máquina que era utilizada para o funcionamento do parque, circundado por choparia, restaurantes e lojas de artesanato.
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Agora voltemos ao complexo da Madeira Mamoré em Porto Velho.
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Precisamente sobre a Caldeira da Serraria das 11 Horas.
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Os responsáveis pelo desenvolvimento do Projeto do Terminal Hidroviário de Porto Velho.
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Contra todos e contra tudo que diz respeito à preservação de monumentos históricos.
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Derrubaram, destruíram, jogaram no lixo, a estrutura que serviu à Serraria que estava se mantendo em pé, como Mercado do Peixe do Cai N’água.
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Ai a reportagem do Rondônia ao Vivo questionou o servidor municipal Valmir Queiroz e ele disse:
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“Em relação à estrutura de ferro do galpão que abrigava a serraria dos dormentes da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, Valmir disse que as peças foram catalogadas e destinadas à local apropriado, estando sob guarda da Prefeitura de Porto Velho”. “Todo o material está à disposição do IPHAN" disse Queiroz.
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Só que o Beto Bertagna superintendente do IPHAN disse “que desconhece o local onde estão depositadas as peças retiradas do galpão secular, muito menos recebeu qualquer comunicado da Prefeitura de Porto Velho colocando o material a disposição do Instituto”. Aí pediu pra baixar o pano e se calou.
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Aqui é assim, quem pode, quem deveria realmente se manifestar oficialmente sobre a preservação ou não do nosso patrimônio histórico, talvez com medo de perder o cargo (que é do PT), simplesmente se cala.
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Aí os alienígenas, aqueles que vieram pra cá apenas para se ajeitar financeiramente, não tão nem aí.
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“Derruba essa porcaria, precisamos embelezar a cidade”!
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Tudo bem! Não somos contra o progresso e nem contra o embelezamento da cidade, principalmente do cartão de visita que é e deve ser todo Porto.
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Agora, não precisa destruir, ou tirar do local, uma peça que tem tudo a ver com o inicio da nossa cidade.
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A inteligência é que faz de um engenheiro arquiteto um verdadeiro profissional.
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Derrubar é mais fácil que revitalizar.
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Porto Velho, está cansado de ser vítima quando se trata de revitalizar nossos monumentos históricos
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Tai o Mercado Municipal transformado em Cultural, por sinal muito bonito, mas, descaracterizado totalmente.
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Aí vem o coordenador de fiscalização de obras públicas e diz que a Caldeira da Serraria das 11 Horas futuramente vai ser colocada numa rotatória.
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As fotos postadas no site Rondônia ao Vivo mostram o quanto os encarregados da obra desprezam o nosso patrimônio histórico.
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Na matéria postada, alguém diz que a estrutura do galpão da Serraria foi vendida para o ferro velho.
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Não acredito de jeito nenhum nessa versão, creio que a estrutura está realmente guardada em algum lugar da prefeitura municipal
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E que depois disso, o IPHAN vai tomar as providências e mandar montar novamente o galpão que bem poderia ser aproveitado como armazém no Porto de Porto Velho.
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Vale salientar que o projeto é bancado pelo Governo Federal, através do Ministério dos Transportes, com contrato nº 14.0674/2008 no valor de R$13.214.743,77. A prefeitura de Porto Velho é parceira na construção.
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Vale ressaltar também que em 2004 o “IPHAN, no uso das atribuições que lhe confere o inciso V do art. 21 do Decreto n° 5.040, de 07 de Abril de 2004, e considerando: Que o Conjunto Histórico, Arquitetônico e Paisagístico da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), formado pelo Pátio Ferroviário, os Oito Quilômetros de estrada de ferro que vai da Estação Central até a Estação de Santo Antônio, as Três Caixas D’água e o Cemitério da Candelária, na Cidade de Porto Velho-RO, em razão de possuírem um excepcional valor cultural, são monumentos integrantes do Patrimônio Cultural Brasileiro, na forma e para os fins do Decreto-Lei 25/37”.
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Fique claro que a “Serraria das 11 Horas” fazia parte do complexo de oficinas que construíram a EFMM, além do valor arquitetônico do inicio do século 20, sem contar no valor cultural.
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Com a palavra do Ministério Público Federal!
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Outro assunto relativo à revitalização da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, é quanto à retirada das casas dos ferroviários que ficam no bairro Triângulo.
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Será que não daria para agregar essas antigas moradias ao projeto.
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Em outra coluna vamos comentar sobre a retirada dessas casas!
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Daqui a pouco, seguindo o que prega aquele professor “aloprado” do Classe “A”, vão derrubar as caixas D’água e outros monumentos históricos.
Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com
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