Sábado, 30 de janeiro de 2010 - 06h51
BODEJO DE CARNAVAL (II)
Esse importante e alegre
instante da vida do brasileiro
Por: Altair Santos (Tatá)*
Tal qual o espírito natalino e os festivos atos de final de ano, o carnaval também exerce o seu poder de fazer aflorar nas pessoas, algo além da simples alegria de viver – se é que viver pode ser considerado algo simples. Na pressa de sempre, ontem à tardinha, rompíamos – a pé – o aglomerado da Carlos Gomes em direção ao centro nervoso da cidade rumo ao epicentro da efervescência da capital, a região da Barão do Rio Branco, 7 de Setembro e arrabaldes. Entre uma e outra loja, atrás de comprar um chapéu de marinheiro, as pessoas nos cumprimentavam, davam abraços e desejavam um bom carnaval, assim, com o entusiasmo mesmo do fim de ano. Uma rádio cipó, com caixinhas de som em alguns postes do centro, fazia ecoar marchinhas de Lamartine Babo, Braguinha, Chacrinha e João Roberto Kelly, dando tez e motivação ao momento ora vivido. Nas poucas lojas de artigos carnavalescos da cidade, as pessoas experimentavam máscaras, perucas, óculos e outros artigos próprios de serem usados na quadra momesca. Todos, sem exceção, exibindo no rosto uma alegre expectativa. O indisfarçável sorriso no rosto revela o quão festivo é o brasileiro e, no mesmo diapasão, o seu compromisso com estes legados. Nas esquinas passavam os carros adesivados com os nomes e figuras dos blocos carnavalescos da cidade. É galo prá cá, murupi prá lá, coruja pra acolá, dy phora logo ali, jatuarana mais adiante, etc e tal, formando um prévio balé do que está por vir. Na calçada de uma loja de tecidos dois carnavalescos acompanhados de seus respectivos presidentes de escolas de samba, tricotavam sobre seus trabalhos evidentemente, escondendo o jogo uns dos outros, como se faz na boa disputa. Mais adiante já de volta (sem o chapéu de marinheiro), um boteco movimentado no centro abrigava na varanda uma meia dúzia de amigos debatendo sobre o baile municipal, a briga pelo título das escolas de samba, os blocos de carnaval, a folia de momo noutros tempos. Antes da noite cair e esconder os últimos raios de sol, eis que na esquina da Carlos Gomes com a Tenreiro Aranha, o tradicional folião Costinha, a passos lentos, cruza a faixa de pedestre vestido numa colorida e bem talhada fantasia de palhaço. As crianças, os adultos, todos olhavam aquele especial recorte cultural movimentando-se sabe lá pra onde, levando consigo o emblema da irreverência, da alegria de ser carnaval. Tomamos um táxi rumo ao centro. Ainda a bordo, na confluência da 7 de Setembro com a Rogério Weber, esperando o semáforo, um ruído de motor corta ar, estremece nossos tímpanos e nervos e, de repente, surge por detrás de um jambeiro, o folião Burruchaga com sua incrementada mobilete alegórica. Pense no visual abusado! Na frente, uma cabeça de gavião, águia, carcará ou sei qual pássaro, forma o painel com um enorme bico aberto. Pilotando a máquina o inquieto Burruchaga trajando um manto preto, peruca de cabelo escorrido e um chapéu de bruxa, zarpando em direção ao bairro do Areal. Mais tarde por certo, os dois foliões fariam ponto nos ensaios das escolas. E assim vamos nós, atentos ao toque dos clarins para abrir nossos desfiles na passarela da alegre e palpitante cidade porto.
(*) o autor é Presidente da Fundação Cultural Iaripuna
tatadeportovelho@gmail.com
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