Terça-feira, 30 de dezembro de 2008 - 07h46
Cia Los Dinos na
Feira do Porto
A banda que é especialista em músicas das décadas de 60 e 70 é integrada por profissionais liberais
A Fundação Iaripuna promoveu na noite de domingo (28), na Praça Aluízio Ferreira durante a Feira do Porto, a última programação de 2008 do projeto Arte na Praça. A programação começou na noite de sábado com a apresentação de vários grupos musicais e de dança e terminou na noite de domingo com as apresentações da Big Band da escola de Música Jorge Andrade; Banda Atrito X e da Cia. Los Dinos.
Principalmente na noite de domingo, a Praça Aluízio Ferreira recebeu o que podemos considerar como o maior público dentro do projeto realizado pela prefeitura municipal através da Fundação Iaripuna. O destaque especial vai para a Cia. Los Dinos uma vez que as demais atrações como o MC Vanjinho e a Big Banda durante o ano se apresentaram várias vezes dentro o projeto. A Cia. Los Dinos se apresentou pela primeira na Feira do Porto. Foram duas horas mostrando o melhor da música dos anos 60, 70 e 80. A banda é integrada em sua maioria por profissionais liberais. O crooner e percussionista é o advogado Pedro Wanderley; o Baixista é o Procurador Estadual Beneamine; o guitarra base e cantor é o médico; o baterista é secretário adjunto de educação do município de Porto Velho Erivaldo; o percussionista é o Heitor; o tecladista é o maestro Carlos Guery e o guitarra solo é o advogado e atual presidente da Fundação Iaripuna Julio Yriarte. “De todas as bandas que já se apresentaram aqui na praça essa é a melhor”, comentava um vendedor ambulante. O que se via enquanto a Los Dinos interpretava os clássicos da música pop nacional e internacional eram comentários do tipo, “isso é que é música” ou então “isso é que é banda”. Durante o show alguns casais chegaram a ensaiar alguns passos, principalmente quando a banda atacou de La Bamba e Hotel Califórnia.
Outra boa atração da noite foi a apresentação da Banda de Rock “Atrito X”, nessa banda as grandes atrações são o crooner e o baterista um garoto de apenas 12 anos de idade que é um show.
De acordo com o coordenador do Arte na Praça Gregório – Greg, o projeto vai continuar durante o ano de 2009. “Os recursos já estão empenhados”, garantiu Greg.
A partir do segundo domingo de janeiro, a prefeitura de Porto Velho através da Fundação Iairipuna e o Arte na Praça, em parceria com a Federação das Escolas de Samba de Rondônia – Fesec vai apresentar todos os domingos sempre a partir das 19h show da troupe de uma escola de samba, com a participação de batuqueiros, mestre-sala e porta-bandeira, passistas e rainhas das baterias além do puxador de samba. “É uma parceria que vai engrandecer os espetáculos da Feira do Porto” disse Greg.
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Se não ouviu. Vamos aguçar sua memória!
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Preste atenção nesses versos.
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Rio cidade de São Sebastião
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Que me deu inspiração
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Nessa canção te exaltar
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Rio da ex capital brasileira
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De Portela de Mangueira
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Da ilha de Paquetá
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Rio de Copacabana e Tijuca
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Corcovado, Pão de Açúcar
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Botafogo e Bangu...
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...Rio das belezas naturais
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Dos mais lindos carnavais
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O bicho não deu, mas vai dar!
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Lembrou agora?
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Neguinho Menezes era o apelido do rondoniense nascido em Fortaleza do Abunã
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Francisco Dias de Menezes.
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Ainda muito jovem trabalhou na “Casa Três Irmãos”, um loja que ficava ali onde hoje está o Banco Real.
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Bom! Menezes apesar de sua família toda ser Diplomatas do Samba.
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Se identificou com o pessoal da escola de samba Pobres do Caiar.
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Muito antes de fazer parte da escola de samba Pobres do Caiari.
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Menezes juntamente com o Adrião, João Campos, Curupira e Leonardo criaram o “Bloco da Múmia” que só se apresentou em dois carnavais.
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Cavaquinista dos bons, Menezes, onde quer que chegasse era bem recebido.
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Como compositor, além do “Exaltação ao Rio” (letra aí de cima).
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Compôs uma série de músicas como Marilurdes, Boa Maria e Ornamentei.
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Essa última uma exaltação a escola de samba Pobres do Caiari.
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Menezes por um bom tempo morou no Rio de Janeiro.
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Foi assim:
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A Casa Três Irmão pegou fogo e os Kaled's (donos da loja),
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Deram como pagamento ao Menezes, um bocado de pares de sapato que haviam escapado do fogo.
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E ele foi vender a mercadoria em Guayaramerim na Bolívia.
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Com a grana no bolso, Menezes se mandou para o Rio de Janeiro.
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Cheio de colar, pulseira, relógio tudo em ouro boliviano o Neguinho não teve dificuldade em se hospedar num dos melhores e mais caros hotéis do Brasil e do Mundo o Copacabana Palace.
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Enquanto estava com a grana, fez muitas amizades. Boas amizades.
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Quando o dinheiro acabou, arranjou emprego de cozinheiro numa das melhores casa de pasto carioca “O Pote”
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Depois disso, subiu o morro e se transformou em “delegado” do morro.
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Ele foi Rei do morro quando ainda não existia esse negócio de tráfico de droga,
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O cara era respeitado pela “malandragem”, por saber conquistar as mulheres.
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Foi aí que ele escreveu o samba “Marilurdes” dedicado a sua cabrocha do morro
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E Boa Maria a cabrocha que lhe ajudou no asfalto.
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Escrevi o nome dela na areia. Veio o vento levou!
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Vou voltar a escrever para ler quando quiser. O nome daquela linda mulher! [Marilurdes..]
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E assim Menezes desembarcou novamente em Porto Velho.
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Justamente quando o seu Cláudio Feitosa estava abrindo a lanchonete Delta a primeira lanchonete de Porto Velho.
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Menezes então assumiu a cozinha da Lanchonete Delta e passou a servir o famoso “Caldo Verde” que foi sucesso por muito tempo.
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Todo mundo, quando dava a hora da merenda matinal, ia até a Delta tomar caldo verde.
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Bom! Foi por essa época, que a Caiari deixou de desfilar e então a turma criou os blocos da Chuva e do Sol
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Convidado pelos dirigentes do Bloco do Sol para fazer o samba
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Menezes, sabendo que aquela turma não era muito chegada a ouvir samba.
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Apareceu cantando o refrão
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“O sol não pode viver perto da lua”
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O Neguinho caiu na graça dos dirigentes do Bloco do Sol.
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Até que o Bainha ao ouvir o samba
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Informou a turma do Bloco do Sol que aquilo era um samba do Nelson Cavaquinho.
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Menezes com a malandragem que lhe era peculiar, levou a turma na conversa e ficou por isso mesmo. O bloco cantou o samba do Nelson Cavaquinho em seu desfile pensando que era do Menezes.
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Menezes morreu em outubro de 1977
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E no carnaval de 1978 Silvio Santos e Bainha colocaram na avenida pela escola de samba Mocidade Independente do KM-1
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O samba enredo “Réquiem ao Compisotor” em homenagem ao Francisco Dias de Menezes o nosso compositor!
Em primeiro lugar agradeço em nome do Decom os votos de Boas Festas, e retribuo-os à você, sua família e toda equipe do Jornal.
Em segundo lugar agradeço pela atenção à nota de justificativa publicada na coluna sobre os erros cometidos nos tapetes e placas do Palácio Presidente Vargas. Eu, o Canoza e o Governador Ivo Cassol admiramos e respeitamos os profissionais sérios da imprensa (e de todas as áreas) que apontam os eventuais erros da administração e as soluções aos governantes, por isso envio-lhe este agradecimento, que farei pessoalmente na primeira oportunidade.
Em anexo seguem as fotos dos tapetes que já foram substituídos nas entradas do Palácio. A placa ainda não nos foi entregue pela empresa que confecciona as mesmas, mas já foi solicitada, assim como a alteração das placas das ruas a serem providenciadas pela Prefeitura Municipal, através da Semtran.
Desejo-lhe um 2009 de muita saúde e paz!
Marco Antonio Santi
Diretor de Comunicação Social
Governo do Estado de Rondônia
Fonte: Sílvio Santos / www.gentedeopiniao.com
zekatracasantos@gmail.com
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