Domingo, 8 de abril de 2018 - 11h51
Zona Leste apresenta
enredo para 2019
A diretoria da escola de samba Acadêmicos da Zona Leste, campeã do Grupo de Acesso no carnaval passado e que em conseqüência dessa vitória, irá desfilar pelo Grupo Especial no próximo ano, em reunião acontecida no sábado 31 de março, aprovou a sugestão dos diretores Antônio Neto e professor Uilian Nogueira sobre “O Povoamento Negro em Rondônia”.
Aprovado a sugestão a direção da escola na pessoa da presidente Anny Mamedes em comum acordo com Neto e Uilian convidaram o doutor Marcos Teixeira para desenvolver a sinopse com o seguinte título:
Os quatro eixos do povoamento negro em Rondônia
(Marco Antônio Domingues Teixeira)
O Estado de Rondônia tem uma distante colonização indígena. Em tempos muito antigos, ainda durante o final da última Idade do Gelo povos paleoíndios se estabeleceram em Rondônia e fundaram grandes cacicados às margens dos rios de Rondônia, notadamente no eixo Madeira, Mamoré e Guaporé.
Nos séculos XV a XVIII os portugueses e espanhóis chegaram e dominaram todo o continente. As populações ameríndias foram dizimadas e as sobreviventes fugiram para as florestas de terra firme, longe dos invasores e, novos grupos humanos dominaram as várzeas e vale dos grandes rios. As drogas do sertão, a mineração do ouro, a agropecuária coloniais e a construção de Vila Bela e do Forte Príncipe da Beira trouxeram para o Guaporé sacerdotes jesuítas, monges carmelitas, militares coloniais, engenheiros, fazendeiros, comerciantes e muitos, muitos escravos de origem africana para trabalhar em todos os tipos de serviços necessários.
TEREZA DE BENGUELA
Numa coisa negros e índios do Guaporé se aproximavam: o desejo de liberdade. Entre 1734 a 1795 floresceu nas matas do rio Galera, perto do Igarapé do Piolho o Quilombo do Quariterê, governado pela lendária rainha Tereza de Benguela, mulher de doze maridos. Seu quilombo abrangia uma grande extensão de povoados, vilarejos e casas isoladas. Entre elas existiam matas, florestas, ravinas, minerações, casa de ferreiro, criações de pasto, campos de cultivo, pântanos e rios. A vida do quilombo era próspera e os negros negociavam com colonos de origem espanhola, indígena e portuguesa. Por mais de meio século o quilombo viveu em paz e prosperou. Até que nos governos de Luís Pinto Souza Coutinho e João de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, o quilombo foi repetidamente atacado, a rainha Tereza de Benguela foi presa capturada e suicidou-se e os remanescentes, após severos castigos físicos foram enviados para fundar um novo núcleo colonial, denominado Aldeia da Carlota.
QUILOMBOS DO GUAPORÉ
Os quilombolas do Guaporé mantiveram sua cultura específica, misturando tradições africanas com outras de origem católica e portuguesas. Assimilaram também valores das culturas indígenas e asseguraram o povoamento brasileiro das distantes fronteiras do sudoeste amazônico. Como maior legado, este primeiro grupo de colonizadores negros da Amazônia Rondoniense, deixou um grande festejo que até hoje se celebra no vale do Guaporé.
FESTA DO DIVINO
O festejo do Divino é a mais antiga tradição colonial, católica e negra de Rondônia. Inicia-se após a Páscoa e perdura até o festejo de pentecostes. É uma festa binacional, celebrada por todas as comunidades ribeirinhas dos rios Guaporé e Mamoré.
BARBADIANOS
O segundo segmento de moradores negros do estado de Rondônia é composto pelos descendentes de afro-caribenhos, vindos desde finais do século XIX e nas primeiras décadas do século XX para a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré/EFMM. Ficaram conhecidos localmente, em toda a Amazônia como Barbadianos e criaram outros núcleos importantes de povoamento na região, ainda no início do século XX.
SANTA BARBARA
Os tambores do Santa Bárbara ecoaram por décadas nas noites de Porto Velho. Seus sons retumbantes anunciavam o longo festejo da santa, que durava de 04 de dezembro a 20 de janeiro; chamavam à terra os Voduns, Orixás, Caboclos, Pombas Giras, Exus e Encantados. Anunciavam as horas de cura e tratamento aos mais pobres e as noites de alegria, dança e festa a toda a sociedade.
Dentre as mulheres negras notáveis desse período citamos três grandes mães de santo, todas tidas como feiticeiras e bruxas. A primeira foi a própria mãe Esperança Rita. A segunda foi Zefa Cebola, acusada de bruxaria e processada pela justiça de Porto Velho por volta de 1916. Ela foi inocentada, mas sua vida foi marcada pela discriminação como bruxa e feiticeira. Ainda como grande feiticeira destacou-se outra negra, Mãe Chica Macaxeira, que fundou o terreiro de Samburucu, que por fim foi destruído por ordem de um prefeito da capital nos anos 1970.
Samba de enredo
A direção da escola comunica aos compositores que um grande festa será realizada, inclusive com a presença de um sambista do Rio de Janeiro, quando fará oficialmente o lançamento do tema e a distribuição da sinopse aos compositores interessados.
Lenha na Fogueira
Assim como a Acadêmicos da Zona Leste está apresentando seu tema enredo para o carnaval de 2019, a escola de samba Asfaltão também já divulgou que o seu enredo será “Zeus Entre Nós, No Carnaval do Tigre – Ecos da Mitologia”.
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Inclusive o samba do Asfaltão já está pronto e é da parceria Bainha, Oscar e Zé Baixinho. Seria o tema do carnaval deste ano de 2018, porém após o concurso de samba de enredo que foi vencido pelo Trio de Ouro, a direção da escola resolveu prestar homenagem ao sambista compositor BAINHA o que terminou por dar à vitória a escola do Tigre.
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Outra escola de samba que provavelmente já está com o tema escolhido para o carnaval de 2019, inclusive o samba enredo também já está pronto gravado, é a escola Os Diplomatas.
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A Diplomatas que vai desfilar pelo Grupo de Acesso, está pretendendo colocar na avenida o tema “Sossega Leão” que seria o enredo no carnaval de 1988 e que em virtude das fantasias das escola terem sido queimadas durante incêndio na fábrica de carnaval no Rio de Janeiro a escola não desfilou naquele ano, porém, o samba de autoria do Bainha, Oscar e Zé Baixinho inclusive foi gravado pelo grande interprete Haroldo Melodia.
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Esse enredo é do Flávio Daniel. A direção da escola iria procurar o Flávio para que o enredo seja adequado para os dias atuais. Uma coisa é certa, o samba é um dos melhores que o Bainha já compôs.
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Então já temos três escolas de samba com tema enredo para o carnaval de 2019, decidido. Faltam apenas a Acadêmicos do Armário Grande, Acadêmicos do São João Batista, Império do Samba e Unidos da Rádio Farol.
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Outro segmento cultural que está a todo vapor é o da Cultura Popular, Quadrilha Junina e Boi Bumbá.
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Praticamente todos os grupos de quadrilhas já estão ensaiando para as apresentações nos vários arraiais que irão acontecer em Porto Velho entre os meses de maio e agosto.
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Agora cada segmento tem sua Associação Os Bois Bumbás se reúnem na “Guarnecer” e as Juninas na “Unajup”
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A decisão maior fica com a FEDERON comandada pelo Fernando Rocha e o Severino Castro.
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As juninas estão realizando eventos para arrrecadar fundos para a montagem de seus temas, principalmente o que será apresentado no Arraial Flor do Maracujá.
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Aliás, andaram divulgando que o Flor do Maracujá vai começar no dia 20 de junho. Será que vai dar certo desta vez?
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Enquanto isso a Guarnecer em parceria com a Funcultural de Porto Velho vai realizar no próximo dia 5 de maio o encontro do bumbas de Porto Velho.
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A grande largada dos bumbas vai acontecer no Calçadão Manelão e vai contar com a presença do grande Toni Medeiros do boi Garantido de Parintins.
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Toni Medeiros não é apenas um dos melhores pajés de Parintins é também um dos melhores compositores de toada de boi com especialidade nas toadas de Ritual. Com certeza será um ótimo espetáculo.
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A Junina Girassol das Três Marias vai realizar em breve o concurso “Uma Noite no Sertão” essa festa da quadrilha do Bené já é tradicional.
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A JUABP está programando mais uma Noite das Rainhas e a Rádio Farol concurso de Casal da Noivos.
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Quem está com tudo e não está prosa é a Rosa Vermelha que ensaia na quadra do colégio Tancredo Neves e diz que este ano vai engolir todas as concorrentes.
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Se a tabela com as datas das realizações dos arraias juninas for obedecida. Quem vai abrir a temporada das festas juninas em Porto Velho, será o tradicional Arraial Flor de Cacto no bairro Caladinho.
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O Flor de Cacto começa no final de maio. Serão dez dias de festa no Campo 1º de maio na Zona Sul.
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