Sexta-feira, 20 de agosto de 2021 - 18h42
Em algum momento depois de 1919, após a temida espécie de
Pit Bulls – uma mistura de reptlianos vingadores – tomar o poder da Ordem
Mundial, os ETs (“Exímios Tolerantes”) resolveram arrumar suas malas e
iniciaram a saída da nossa querida Terra Plana.
Os Pit Bulls, entre latir e morder, punham todos em
estado de pânico, o povo ou era comida (feito um gado manso) ou era escravizado
nas colônias: algumas produziam plantas nervosas e alucinógenas, outras
extraiam carvão. Dizia-se que a energia solar não ajudava a Terra Plana e que a
energia eólica provocava poluição.
Essa era a base da economia política da Terra Plana
naquela– e dos carneiros ainda mais dóceis indo ao trabalho escravo (quando
saíam do calabouço). Louvando-se a Deux.
Os antigos canais de Telenovela e filmes de faroeste
estavam sob a Sharia Neoludita – um misto de crença redentora divina, e que
combatia o excesso de inteligência. Assistia-se, obrigatoriamente, cinco
minutos de fala monetizada no Disk Top. Era um tipo de missa digital.
Criou-se não apenas um governo central (“Sionista
Reunidos”), como também um Império Social que se espalhava feito abelha: era o
auge do auge do Movimento Anti Inteligência.
O Brasil seguia como um forte competidor, inesgotável
aliado e fornecedor de matérias primas: tanto natural quanto humana. A cultura
nacional emprestava jeitinhos para tudo. Em certos momentos, a anti
inteligência ficou tão clara e inquestionável que muitos alegaram ter
“avistado” Raul em cima de um disco prateado.
Também por essa época pós-apocalíptica, ápice do encontro
entre todos os senhores da guerra e as mil pragas que vinham disfarçadas de
vírus, os ETs (“Exímios Tolerantes”) foram perdendo sua graça e, é claro, sua
Aura Mágica de Tolerância. Era o segundo Dia D – o primeiro foi numa parada
chamada Normandia, o segundo vinha das profundezas da Terra Plana.
O Movimento Anti Inteligência dizia que o núcleo da Terra
Plana provocava o aquecimento global e, em outro belo dia, também resolveram
agir contra a feroz natureza. Aplicaram a doutrina da Terra Arrasada e puseram
em prática a tática do fogo contra fogo. Tocaram queimadas em tudo que era
lugar, começando pela Amazônia. O fogo provocado deveria combater o “fogo
queimado” (davam esse nome) que vinha do núcleo da Terra Plana.
Nessa época todos e todas estavam plenos de sabedoria
anti-ciência. Claro, a Sharia Consumerista não os desapontava.
Porém, alguns dos parcos e infelizes cientistas desafiam com
a pergunta clássica – e pagavam com o desterro: “˂Como é que a Terra Plana
gira? ˃”. Desterrados, roucos e quase loucos de tanto falar contra o Movimento
Anti Inteligência, juntaram-se aos temíveis Antifas.
Antifas eram aqueles que sobreviveram ao 1º Dia D, mas
que foram derrotados nos séculos seguintes; passando-se da Era do Armagedon ao
Redentorismo Pecuniário – ou pentecostalismo de coalisão em resultados. No
Brasil Plano eram conhecidos por Centrão.
Nesse ponto de fadiga de todos os materiais que compunha
a sinapse dos Antifas, a Terra Plana parou. O gado mugia, o cão latia, mas os
ETs – que já não mais diziam “paz e ciência”, porque a paciência entrou em
total colapso nervoso e em extinção – subiram a bordo de suas aeronaves movidas
a energia solar e contaram até dez, para ver quem queria partir.
Todo mundo subiu, menos os Pit Bulls. É óbvio. Afinal de
contas, o cão latia.
E aí começaram duas novas sagas. A primeira será contada
pelos ETs, a segunda é essa que vivemos agora na querida Terra Plana. A
primeira saga é precisamente a primeira Utopia Pós-Moderna (embarcar num disco
voador e deixar para trás todos os Pit Bulls Sionistas); a segunda é a
dialética distopia pré-moderna – em ebulição, nesse exato momento, com o
adventismo talibã.
Nesse dia, entrou em cartaz pelo Youtube a encenação da
peça Fazenda Modelo – do Antifa (cringe) Chico Buarque. No primeiro ato via-se
um dormente, sem trilhos, e numa cabeça vazia roncava uma dúvida: Era o começo
ou o final da Dinastia 01, 02, 03, 04, 05!?
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