Sábado, 25 de agosto de 2012 - 09h53
Saiu a primeira pesquisa do Ibope para prefeito de Porto Velho. Nem os candidatos nem os eleitores devem se impressionar com esses resultados. É apenas a primeira, quando a campanha apenas começou. A definições nem sequer deram o ar de sua graça no horizonte das possibilidade
Há que se considerar que os candidatos que têm seu nome já massificado, por serem políticos de carreira, que já passaram por outras eleições, possuem mais chances de ver seus nomes no topo das pesquisas iniciais. Os neófitos ainda não tiveram tempo de se dar a conhecer e o que pretendem fazer se eleitos forem.
Não se pode negar que é difícil convencer os candidatos que estão mal posicionados nessa pesquisa incipiente que devem ficar tranquilos; e que, com o evoluir da campanha, tudo pode mudar. Eles, claro, sempre dizem que estão seguros (mas quase sempre não estão), que as pesquisas estão erradas, e que vencerão a eleição. Dizem porque a maioria dos eleitores não gosta de votar em perdedores. E político diz o que o eleitor quer ouvir.
O consolo para quem não está na frente no começo da campanha talvez seja o fato de que explodir antes da hora certa, cedo demais, envolve riscos. Como nos esportes, o atleta que chega a seu ápice de rendimento extemporaneamente em relação ao dia da competição, tende a amargar um natural declínio. Na política, essa é uma tendência histórica, principalmente nas eleições majoritárias. Nestas, a artilharia dos outros candidatos volta-se contra os vencedores precoces.
Achar que o Ibope está errado é bobagem. A credibilidade do mais importante instituto de pesquisa do Brasil não vai, depois de tantos anos consolidado mercado, distorcer suas pesquisas. Todavia, todos os dados estatísticos precisam ser contextualizados para que se tire conclusões de cunho prático. Faz-se preciso captar as mensagens que, desde a primeira, as pesquisas mostram nas entrelinhas. Nessa que saiu, dá para perceber uma tendência que pode orientar os candidatos. Quanto aos número, certamente que, com o decorrer da campanha na televisão e no rádio, o próximo resultado do Ibope pode começar, aí sim, a desenhar o perfil do prefeito que o povo de Porto Velho quer. A propósito: os eleitores dizem que buscam a melhor opção. Na prática, como se está cansado de saber, isso não acontece na medida desejável.
No momento, uma recomendação é oportuna: cuidado com certos “institutos de pesquisa” que colocam os candidato/partidos que os pagam em melhores posições. Esses existem para confundir, não para esclarecer. Olho vivo: em política, tudo pode acontecer.
Para quem vai a prefeitura de Porto Velho ninguém, a essa altura, sabe. Temos que esperar mais para enxergar, com maior clareza, essa resposta. Analisando os candidatos e o contexto político de agora, o João Paulo Viana, mestre em ciência política conhecido em nosso meio, concluiu que haverá segundo turno. E você, o que acha?
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