Domingo, 7 de fevereiro de 2010 - 13h06
A inveja, diz o ditado popular, mata. E mata do pior jeito. O invejoso comete suicídio ingerindo o próprio veneno quando “morre” de inveja. Mas também pode “eliminar” o invejado por incompetência de vencê-lo no bom combate.
O invejoso cultiva um sentimento em que se misturam o ódio e o desgosto que é provocado pela prosperidade e a felicidade de outrem. O infeliz invejoso, na tentativa de se compensar por não ter conseguido chegar onde outros chegaram, empenha-se, como uma serpente peçonhenta e traiçoeira, a espreitar os movimentos de suas vítimas para dar-lhe o bote.
A inveja nasce de um sentimento nobre: a admiração, a constatação da conquista dos outros. Nobreza que é logo destruída pela acidez mental do invejoso. De caráter distorcido, o invejoso sente um desejo irrefreável de possuir ou gozar, em caráter exclusivo, o que é possuído ou gozado por outrem. Não tendo conseguido galgar os patamares que deseja, investe nesse sentimento destrutivo que corrói e imobiliza ainda mais sua mente e suas ações. Frustrado por não alcançar os vencedores, ele empenha-se em prejudicá-los como pode. Incompetente que geralmente é, poucas são as vezes que consegue seu intento. Mas não desiste facilmente. Porque não consegue se ver livre do estigma que carrega.
Desejar possuir o que outros possuem é normal. Faz parte da natureza humana e funciona como catalisador de energias que nos levam às conquistas. São apenas desejos, não inveja. Não há sentimentos negativos em relação aos que possuem o que queremos, mas admiração. Conhecê-los melhor, aprender com eles, imitá-los é a atitude sensata se queremos quer chegar onde eles chegaram.
Admirar é salutar, construtivo e inteligente. Invejar é doentio, destrutivo e estúpido.
Fonte: Viriato Moura / viriatomoura@globo.com
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