Sexta-feira, 14 de junho de 2013 - 20h04
Todos os dias deveríamos dedicar alguns momentos à contemplação da natureza. Alimentar nossa mente com suas belezas faz bem ao viver. Em meio às tempestades que as vezes a vida faz desabar sobre nós, momentos de silenciosa reflexão inspirados no cenário que essa mãe criadora construiu em nossa volta, faz-nos concluir que, apesar de tudo, viver ainda vale a pena.
Numa manhã ensolarada de domingo, vejo da janela do prédio onde moro a vida passar com meu olhar de criança – o mais feliz dos olhares. Como se a máquina do tempo me levasse aos meus idos da singeleza de minh’alma infante.
O vento gostoso de junho ajudou a soprar as velas da inspiração nessa viagem ao mundo dos significados pueris.
Um quintal cheio de bananeiras que lembram o da professorinha que me alfabetizou, D. Noêmia. Ela morava numa casa próxima a nossa, na José do Patrocínio, e em seu quintal havia algumas bananeiras em cujo tronco fazíamos inscrições e desenhos diversos.
Vi também frondosas mangueiras, nas ruas próximas, que me remeteram ao sabor de momentos felizes e descontraídos, quando degustávamos suas dádivas, gostosas frutas, ali mesmo, embaixo de suas sombras.
Há também alguns coqueiros batendo palmas para o Sol, como é do seu jeito, que me fizeram viajar para praias distantes que visitei já adulto, a ponto de quase ouvir o barulho das ondas do mar, que nos imantam de paz interior.
Um arbusto que me pareceu uma figueira me vez recordar de um semelhante existente no pequeno quintal da casa onde passei toda minha infância e parte da juventude. Nela os sanhaços se fartavam em seus belos e deliciosos frutos – trocávamos os figos pelo cantar mavioso desses pássaros, que saltitavam em seus galhos. Minha afeição pelos passarinhos e tudo que representam começou por aí.
Tantos jambeiros, acácias silvestres, castanholeiras, ingazeiras e outras belas árvores presentes a nossa volta sem, muitas vezes, darmo-nos conta disso.
A presença das belezas naturais no ambiente urbano humaniza, produz encantamento, oxigena e melhora a qualidade de vida de seus habitantes. Contemplá-las nos provocam boas sensações, enlevo. Em nosso caso, ainda nos remetem a um tempo bucólico de nossa então pequena Porto Velho, quando interagíamos afetivamente mais uns com os outros, como se fôssemos uma grande família.
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