Domingo, 6 de novembro de 2011 - 19h03
A sexta-feira passada foi marcada por um acontecimento alvissareiro no que tange a restauração e revitalização de um importante patrimônio histórico de Rondônia. Desta feita, o benefício atingiu o complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, local onde reside nossa maior referência do passado. Afinal, foi em decorrência dessa ferrovia que nasceram Porto Velho e, por consequência, o Estado de Rondônia.
No evento festivo, com a presença de autoridades – inclusive do prefeito Roberto Sobrinho – e de representantes da Santo Antônio Energia, foi assinada a ordem de serviço para a restauração e revitalização do conjunto representado por rotunda, girador e oficinas daquele marco da nossa história . O acontecimento, claro, é motivo de alento para nós que amamos esta terra.A Santo Antônio investirá 8,6 milhões de reais no projeto, que estará concluído em 18 meses, segundo informaram na ocasião. Desde 2008, a empresa investiu cerca de 3 milhões de reais naquele complexo.
A restauração será conforme manda o figurino. Ou seja, buscando identificação com a estrutura original. Os espaços cobertos serão transformados em museu, que abrigará o que restou na daquela ferrovia, e num memorial para homenagear os ferroviários. Muito bem! Aplausos para todos os envolvidos .
Todavia, há algumas considerações que precisam ser feitas.
A primeira, diz respeito a espera de quase um século para que se empreendesse a restauração e a revitalização que breve será iniciada. Nos resta citar o velho e surrado adágio: “Antes tarde do que nunca”.
A segunda consideração − esta, de certo modo, envergonha ainda mais nosso sentimento nativista − está ligada ao fato de terem passado pela prefeitura de Porto Velho e pelo governo de Rondônia filhos desta terra que também relegaram ao descaso a histórica ferrovia. Lamentável. Porque quem verdadeiramente ama, cuida bem, preserva, restaura, revitaliza.
Além das obras a serem realizadas pela Santo Antônio Energia, todo o entorno daquele local continuará a ser restaurado e revitalizado, assegurou o prefeito de Porto Velho através de entrevista dada a emissoras de TV, na ocasião. Assim como parte da ferrovia, para passeios turísticos.
Outra boa notícia nos foi dada pelo presidente da Associação Cultural Rio Madeira, William Haverly. Ele disse que foi acatada por Roberto Sobrinho a reivindicação da entidade para que a prefeitura de Porto Velho restaure e revitalize as ruínas onde funcionou, inicialmente, a Superintendência; depois, a Prefeitura e, finalmente, a Câmara Municipal de Porto Velho, na ladeira Comendador Centeno. Sobrinho, segundo declarou Harvely, disse que pretende inaugurar a obra, que será um Centro Cultural, no ano que vem.
Tomara que a moda pegue e não precisemos esperar tanto tempo por novas investidas em respeito aos nossos legítimos valores nativistas. Porque o tempo, esse destruidor de quase tudo, não é dado a esperar tanto tempo para cumprir os seus desígnios destruidores.
MANHÃ DE DOMINGO NO COMPLEXO EFMM
Adultos e crianças chegam, curiosos, para visitar o complexo EFMM
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Visitantes entram na litorina, outros observam a estação e fotografam
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Antiga oficina da EFMM: decepção para os que não são daqui
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Antiga oficina da EFMM: tristeza e vergonha para quem é daqui |
Vagões parcialmente destruidos usados como sanitário |
Pedaços de nossa história soltos pelo chão |
A ação corrosiva do tempo atinge os vagões |
Vagão destruído pelas intempéries do tempo e pela ação de vândalos |
Ação de vândalos no interior dos vagões |
O “museu” bem fechado para que nenhum curioso |
Aos curiosos visitantes restou olhar o rio Madeira. Este, sempre cheio de esperanças |
Fonte: Viriato Moura / jornalista DRT-RO 1067 - viriatomoura@globo.com
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