Segunda-feira, 8 de março de 2010 - 19h47
O desejo de vingança faz parte de reações psíquicas humanas. A vingança é o jeito mais rudimentar de se fazer justiça. E a justiça até pelas próprias mãos.
Quando mais revoltante for o dano que nos provocaram, maior é essa vontade. É uma reação natural, que pode até ser atenuada ou passar com o tempo. Porém, quando mais próxima ao dano sofrido, mais intensa e mais viva ela é. Isto não significa que, por isso, a pessoa seja boa ou má. É apenas humana.
Os preceitos cristãos recomendam o perdão, e até que se ofereça o outro lado da face ao agressor. Mas nossa essência de ser não aceita isso passivamente. As pessoas lesadas podem até não revidar, mas para tal precisam exercer forte controle de suas emoções. Quando não consumam a vingança, a maioria não o faz apenas por virtude. Não revidam com receio de represália a seu ato vingativo. Outros poucos há que não o fazem por boa índole, por convicções morais e religiosas. Portanto, fazem-se necessários fatores que coíbam a ação vingativa que foi imaginada para que ela não se torne realidade.
Quando alguém clama por justiça, nem sempre se satisfaz tão-somente se a justiça, baseada nas leis vigentes, se fizer. O que a maioria deseja mesmo é que aconteça com o outro, no “mínimo”, o dano que ele causou.
Ou seja: ao transgressor, pelo menos pena igual ao mal que provocou. É o “olho por olho, dente por dente” do Código de Hamurabe. Este, oficialmente, caiu em desuso na maior parte do mundo. Mas sua essência faz parte da essência humana. Esta, sempre em vigor.
Fonte: Viriato Moura / viriatomoura@globo.com
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