Sábado, 1 de janeiro de 2011 - 12h19
Os primeiros passos podem dizer muito do futuro do caminhante. É prudente, portanto, que não sejam dados antes de cautelosa avaliação de suas consequências. Sair correndo, intempestivamente, movido tão-somente pela necessidade premente de chegar logo, pode provocar tombos e choques desastrosos e levar a destinos incertos.
Dentre os primeiros passos a serem dados em qualquer administração que sucede outra estão a avaliação e a escolha da equipe de trabalho. O primeiro escalação geralmente é escolhido antes da posse para que a máquina não pare. Os chefes ou coordenadores dos demais escalões não devem ser rejeitados somente por terem servido a outro governo, porque o fizeram por obrigação de ofício. Afinal, são funcionários públicos. O fato de terem feito campanha para o outro candidato, também, em alguns casos, foi por “obrigação”. Não devem ser tidos como opositores somente por isso. No mais, governo sem críticos é um perigo.
Democracia é conviver com o contraditório. É importante, isto sim, que o governador Confúcio, que se declara com todas as letras um democrata visceral, monte uma equipe em que a competência e o comprometimento com os bons projetos de seu governo sejam valores basilares. Governo competente, obviamente, só se faz com gente competente. E, convenhamos, gente competente, de qualidade não se encontra em qualquer esquina.
Entre os nossos funcionários públicos, como em todos os setores da vida, tem gente de quase todo tipo. Gente, por exemplo, que por ser indicada por algum figurão de prestígio acha-se no direito de parasitar o sistema. Pouco produz e quando trabalha o faz de má vontade. Mas, sejamos justos, há muita servidor valoroso, que cumpre com denodo e competência sua função, a quem o Rondônia muito deve. Pessoas que não se deixam abater pelo mau exemplo de apaniguados incompetentes, pelas condições adversas de trabalho, e até por baixos salários. Gente que, apesar de certas autoridades, ainda cumpre seu dever exemplarmente. Esse tipo de servidor o governador e seus assessores diretos, com isenção, precisam garimpar e identificar. São eles que farão do governo um gestor competente, ágil e resolutivo. São eles que têm mérito e devem ser alçados, independente de qualquer politicagem, às funções mais relevantes. Impõe-se, em nome da eficiência, que se faça um gestão de metas com datas marcadas. Quem não as cumprir sem explicação convincente deve ser substituído.
Concomitante a largada da “Operação Saúde Rondônia!”, que é urgente, impõe-se que se saiba, em tempo certo e com imparcialidade, quem merece sair e quem merece ficar, por mérito, no cargo que ocupa. Vassouradas emocionais, induzidas por indicações descomprometidas com a competência, embasadas em fuxicos, certamente não contribuirão para que se chegue a excelência pretendida. Saber escolher, eis um fundamento da competência.
O governador Confúcio, que é um homem dotado de diversos saberes – é médico e administrador experiente – , e sensibilidade – é escritor e poeta –, certamente tem condições, por entender de gente, de construir um equipe eficiente. É claro que, por ser humano, cometerá alguns erros de avaliação. Quem não os comete? Mas o importante é que os corrija o mais rápido possível. Porque, como se sabe, ervas daninhas podem acabar com o jardim.
Fonte: Viriato Moura - viriatomoura@globo.com
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