Domingo, 30 de setembro de 2012 - 11h29
Que conversa sem gracinha é essa? Vêm vocês nos dizer que a Hebe foi dormir na sexta-feira passada e não acordou no sábado. Não acordou por quê? Morreu!...Não, não, e não. Protesto! Hebe não morreu. Apenas encerrou mais um de seus programas, deixando um gosto de quero mais, com aquele seu sorriso esfuziante que emanava as flores de suas 83 primaveras.
Se você acreditou que Hebe morreu é porque você não sabe quem é a Hebe – que peninha que você não saiba! Sim, repito: quem é a Hebe. Diz-se “era” para o que ou quem já foi. Hebe é! É a garota humilde que conquistou o estrelato quando sequer sabíamos direito o que é ser estrela na televisão brasileira. Porque ela foi a precursora desse brilho que, para tão poucos, é o brilho da verdade. Hebe cantora, atriz e apresentadora. Hebe de verdade, da verdade. Entrou em nossas vidas ao longo de 60 anos para se mostrar simplesmente e totalmente Hebe.
Hebe é luxo. Hebe é povo. Luxo-povo, povo-luxo. De cima de seus brilhantes (gargantilhas, braceletes, brincos), ela era tão povo que, ao vê-la, éramos induzidos a pensar que ser povo pode ser um luxo.
Nas magistrais apresentações de seus programas de TV, dialogava com ricos e famosos, mas também com gente feito gente que não usa maquiagem nem adereços. Ao tempo em que distribuía selinhos em seus convidados, voltava-se veemente para as câmaras e, em close, esbravejava contra as tantas injustiças que carcomem uma sociedade que continua querendo se enganar. Ao final de suas apresentações, deixava-nos o seu sorriso, sincero que só ele, fazendo-nos reacender a esperança de que vale a pena viver.
Viver, vida! Hebe. Sim porque mesmo com tantos anos vividos (poucos para ela, poucos!) com enfrentamento de tempestades existenciais, sendo a maior delas a doença que a fez sofrer mais recentemente, ela não se deixou abater. Como se nada estivesse acontecendo de adverso, ela, para nossa alegria, reaparecia no palco bela e sorridente para mostrar que além dos espinhos haviam as rosas – belas como as de katia Jannini que ornavam seu cenário.
Diante de tudo isso, quem vai acreditar nessa história de mau gosto de que Hebe tenha nos deixado para sempre. Não acredite nisso. Porque se você acreditar perderá a oportunidade de vê-la viva, como sempre estará, entrando em sua casa pela televisão com seu sorriso de vida o convencendo, como a todos nós, de que somos todos uma gracinha.
Hebe está viva, como nunca e para sempre.
Viva Hebe!
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