Terça-feira, 26 de abril de 2011 - 22h10
Parece um paradoxo recomendar que alguém vá devagar, num mundo que quer chegar logo como o que vivemos.
Em tempos de efemeridade, chegar logo parece ser um imperativo. Ou chegamos depressa ou perdemos a chance de chegar primeiro e usufruir dessa condição privilegiada quando o destino é bom.
Priorizar a rapidez na maioria da vezes pode ser um erro. Porque quem corre demais se expõe a mais falhas. Não dando tempo ao tempo, é intempestivo, imprevidente por não se permitir a melhor elaborar as estratégias mais seguras, mais lógicas, menos sujeitas a enganos.
Quem decide sob o efeito da primeira emoção, e logo sai correndo em direção ao que ela sugere, não pesa com a devida valoração os prós e os contras, não espera o melhor momento para agir, não vence etapas. Por isso, corre o risco de se perder e ser obrigado a voltar para retomar o caminho certo.
Até mesmo nas competições de velocidade, nem sempre aqueles que só se preocupam em ser velozes chegam na frente. Mesmo nesse contexto, ponderar entre usar o acelerador ou o freio. Acelerar ao invés de frear ou vice-versa pode fazer a diferença entre chegar na frente ou depois, ou até mesmo não chegar.
Portanto, quando acometidos de muita pressa, ir devagar. Devagar, porém sempre em frente, sem retrocessos. Partindo na hora de partir, avançando nos momentos de avançar, e até parando, para reavaliar o percurso feito. Se for o caso, mudar estratégias e condutas. Mas perseverar, se estivermos convencidos de que estamos na direção certa.
A sabedoria popular, sabiamente, endossa esse jeito de agir : “Devagar se vai ao longe”.Quando corremos sem parar, temos a pressa como nossa companheira de todas caminhadas, perdemos oportunidades de apreciar as belezas que o percurso tantas vezes nos oferece – e tanta vezes não damos a atenção devida. E isso, certamente, não significa uma perda de tempo. Mas um ganho de vida em sua melhor expressão.
Há uma frase lapidar de Abraham Lincoln sobre esta questão:” Eu caminho devagar, mas nunca caminho para trás”. Eis o fundamento que nos remete a reflexões sobre a velocidade de ir em direção a metas: não caminhar para trás.
Fonte: Viriato Moura / jornalista DRT-RO 1067 - viriatomoura@globo.com
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