Terça-feira, 14 de abril de 2015 - 17h22
Nesta quarta-feira, a Seção Judiciária de Rondônia da Justiça Federal prestará justa homenagem ao general-de-brigada André Luiz Novaes Miranda.
A despeito do relativo pouco tempo que passou entre nós como comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva — chegou aqui no dia 11 de fevereiro de 2014 — conseguiu conquistar o respeito e a admiração de todos que com ele conviveram e deixa um legado digno da gratidão dos rondonienses.
Conheci o general quando fui convidado por ele a contribuir na organização e como um dos julgadores do primeiro concurso de pintura tendo como tema a nossa Brigada, evento inserido nos festejos comemorativos dos 45 anos de instalação dessa unidade militar.
Desde o primeiro contato com o ilustre militar, ficou claro para mim que estava diante de alguém com características que dignificam o ser humano. Suas cordialidade e simpatia para expressar seus propósitos em mais essa missão que lhe fora confiada pelo Exército Brasileiro, transmitiam verdade: veio para contribuir de modo pragmático, no que tange à sua função militar e até além disso, para o engrandecimento do estado de Rondônia.
À personalidade agregadora do general, fator sabidamente catalizador nas relações interpessoais, soma-se seu conteúdo intelectual e sua determinação em cumprir o que se propõe. Discorre sobre a história de Rondônia como mestre na matéria. Da presença do Exército em nosso meio desde seus primórdios, sabe tudo que precisa saber. E não é só isso: demonstrou sua sensibilidade para as artes a ponto de promover um concurso que prestigiou e incentivou os artistas plásticos locais — o evento foi um sucesso. Seu vasto currículo é composto por importantes cursos de formação militar no Brasil e no exterior, cursos no âmbito civil e importantes experiências profissionais. Face a tudo que representa para o país, recebeu destacadas condecorações militares.
Em pouco mais de um ano, sob seu comando a 17ª Brigada teve atuação decisiva durante a enchente histórica dos rios Madeira e Acre no ano passado e neste, realizou operações na fronteira de modo unilateral ou em parceria com as agências Ágata, Curare, Curaretinga, Fronteira Blindada e outras. No Forte do Príncipe da Beira, estabeleceu avanços nas negociações que podem levar a um acordo com a comunidade local para que seus moradores regularizem a situação fundiária que pleiteiam, e ainda empreendeu estudos para o início da restauração daquele destacado sítio histórico. Organizou o I Simpósio de Segurança na Fronteira com a colaboração da Unir e de outros segmentos da sociedade civil. Como se não bastasse tantas realizações, num tempo relativamente curto, o general conduziu pessoalmente junto com sua competente equipe de assessores diversos projetos culturais e de história regional em parceria com a sociedade local e com o governo. Uma obra também importante para nossa história foi a recuperação do Memorial Jorge Teixeira, reinaugurado há poucos dias. O atuante chefe militar, para concluir com enfático brilhantismo sua permanência em nosso meio, encaminhou o projeto do Memorial Rondon, uma dívida quase secular que temos para com a memória de uma das mais eminentes personalidades brasileiras de todos os tempos, o grande Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, que inspirou merecidamente o nome do nosso estado.
O proativo general, em comunicado pessoal, traduziu esse breve período que aqui esteve como um ano maravilhoso de suas vidas pessoal e profissional. Se para ele sua permanência entre nós teve esse significado realizador, para nós que aqui vivemos, beneficiários de suas ações, sua estada em Rondônia representou um a concretização de alguns anseios nativos há muito almejados. Confirma-se assim o que ensinou Sócrates: “Sob a direção de um forte general, não haverá jamais soldados fracos”. Que isso ecoe na mente e repercuta nas ações daqueles que exercem o poder. Quanto a nós: sermos soldados fortes e determinados, eis a questão!
Nesta quinta-feira, o eminente militar passará o comando da Brigada ao general Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves para assumir outra função de expressiva relevância para nosso país: será o comandante da Academia Militar das Agulhas Negras, a única escola formadora de oficiais de carreira das armas de infantaria, cavalaria, artilharia engenharia e comunicação do quadro de material bélico e do serviço de intendência do Exército Brasileiro.
Na oportunidade, manifestamos ao general André Luiz Novaes Miranda nossa gratidão nativa, que será materializada por essa homenagem que lhe será prestada pela Justiça Federal e por outras entidades locais, ao tempo em que lhe auguramos continuado sucesso na nova missão, que certamente cumprirá com competência e denodo. Selva!
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