Domingo, 8 de dezembro de 2013 - 10h30
Até o momento não tivemos a satisfação de ver a iluminação natalina feita anualmente pelo poder público, na medida que se esperava. Dezembro já anda a passos largos e pouco se vê dessas luzes que tanto encantam crianças e adultos, e dão às cidades um clima de Natal.
O cenário temático, como se sabe, é importante para qualquer evento. Nos faz vivenciar o acontecimento com maior intensidade, mexe com as emoções. Festas de final de ano sem decoração apropriada, perdem parte de seu brilho.
Até a área comercial mostrou-se timidamente decorada. A Av. Sete de Setembro, artéria mais tradicional do comércio da capital, até o momento em que foi publicado este artigo, estava com poucas luzes. É claro que as empresas gostariam de se mostrar reluzentes neste período do ano, mais propício ao aquecimento do mercado em alguns setores. Mas o custo de energia elétrica em nosso meio desestimula essa iniciativa. Nosso estado é uma expressiva fonte desse tipo de emergia para o Brasil, porém, paradoxalmente, continuamos pagando mais caro por esse produto sem uma explicação convincente.
Os dias que agora vivenciamos, não só para o povo cristão, mas até mesmo para aqueles não sensibilizados por qualquer crença religiosa, é um tempo especial. Tempo que define o final de mais um jornada de 365 e cria expectativas diante da chegada de mais um ano. Festas religiosas e pagãs tomam conta da vida da maioria das pessoas: comes e bebes, troca de presentes e gestos afetuosos, solidários. Diante tamanha importância, é absolutamente inaceitável que as autoridades não disponibilizem ao povo que os elegeu dias mais alegres, especiais.
Todo o homem público sabe que gente gosta de pão e circo. Para ser mais explicito ainda: gosta de comida e de festa. Isso se sabe há muito, desde o Império Romano, quando essa política era praticada: “Panem et circenses”, no original em latim. Por isso, custa-nos acreditar que o poder público deixará de iluminar nossos mais importantes logradouros com uma decoração mais apropriada. Ano que vem é ano político; mais esse descaso poderá ser somado a outros para tirar votos de candidatos da situação.
Todavia, colocando os dois pés atrás como manda a prudência de quem já esta cansado de ser decepcionado (assim como você também, por certo) não seria capaz de jurar que teremos um Natal iluminado a contento. Afinal, nosso 2013 inteiro deixou muito a desejar quanto as ações do pessoal que está mandando, e não provocaria grande admiração se essa turma apenas apagasse as luzes e fechasse as portas do ano que, na verdade, não aconteceu da melhor maneira.
Aos que têm fé cristã, resta pedir, em nome de Jesus, dito o caminho, a verdade e a luz, que ilumine nossos gestores públicos para que construam novos e eficazes caminhos que melhorem a qualidade de vida de nossa gente, pautando seus atos na verdade necessária para a construção de um novo e melhor porvir concreto, no limite de suas competências. Amém.
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