O MÉDICO ENTRE ASPAS (Final)

Ao longo da semana que antecedeu o Dia do Médico, 18 de outubro, publiquei neste site uma série de citações escolhidas de um livro de minha autoria, O Médico entre Aspas, que convida à reflexão sobre esse profissional que nos assiste nos piores momentos de nossa existência. (Viriato Moura)

“O melhor médico é aquele capaz de estabelecer  um prognóstico, penetrar e expor antes de tudo, à cabeceira da cama, o presente, o passado e o futuro de seus pacientes e adicionar o que estes omitiram em seus relatos.”

                                             Hipócrates

“O médico não pode ser um alienado e nem ficar obnubilado pelo flagrante da prática médica cotidiana. É preciso refletir sobre os efeitos adversos da medicina.”

                                            Wilson Luiz Sanvito

“Desta forma, acrescido pela íntima convivência que tivemos neste campo, acreditamos que a formação médica exige uma visão cultural, um caráter eminentemente eclético. Pois o homem não pode ser visto apenas em termos técnico-cirúrgicos, mas dentro de todo o espaço físico, morfológico, cultural, psicológico e evolutivo em que se encontra. E é certamente o domínio e o conhecimento destes campos que discernem o profissional do homem.”

                                              Ivo Pitanguy

“O mero conhecimento de que alguém havia ido ao telefone da drogaria para chamar o médico, e a notícia de que ele estava a caminho, mudavam o clima em nosso apartamento, de uma terrível insegurança para um senso tranqüilo de que, de algum modo, a situação pavorosa poderia ser corrigida.”                                                                                                                    

                                          Sherwin B. Nuland

“A preservação da existência de um homem não interessa somente a ele, mas a sua família e à sociedade; por isso é dever do médico salvar-lhe a vida, mesmo contra sua própria vontade.” 

                                          Nelson Hungria

“O tratamento bem sucedido do paciente começa, a rigor, com o desenvolvimento e maturidade emocional do próprio médico.”

                                         E. T. Harrison

“O médico fiel à vocação tem fome de certeza, embora esteja mergulhado na dúvida. Contudo, a dúvida não pode retardar a urgência de tratar e a necessidade de curar. A essência do genuíno profissionalismo é agir mesmo quando não há conhecimento adequado sobre o caso. A cura deve ser prescrita imediatamente. A dor não espera por um estudo mais definitivo, que poderá levar anos, e muitos problemas clínicos são únicos, excepcionais, nunca antes encontrados pelo médico e jamais capazes de ser subjugados pelos embates estatísticos.”

                                       Bernard Lown

“Entre todos os aparatos técnicos que aumentam o poder de observação do médico, nenhum se aproxima em valor ao uso habilidoso das palavras faladas—palavras do médico e do paciente. Em todos os campos da medicina, o emprego das palavras ainda é a principal técnica de diagnóstico e, na terapia, embora muitos auxílios mecânicos e químicos sejam de fato miraculosos em seus efeitos, as palavras continuam exercendo papel essencial.”

                                         Brian Bird

“Esforçai-vos  por ver, com os olhos do espírito, os germes vivos que podem, do ar, infeccionar um ferimento, justamente como  vedes as moscas com os olhos do corpo.”

                                        Joseph Lister

“Um cirurgião precisa possuir três coisas diferentes. Isto é, um coração de leão, olhos de falcão e mãos de mulher.”

                                      John  Halle

“O relacionamento médico-paciente é o ponto central da profissão médica. Somente pode haver ensino médico de qualidade onde existe uma relação efetiva aluno/paciente/comunidade. No centro dessa relação deve estar o paciente. Paciente-sujeito, e não objeto de estudo, atendido e tratado de acordo com sua cultura.”

                                Benedictus Philadelpho

“Medicina, antes de mais nada é conhecimento humano. E este está também nos livros de patologia e de clínica como na obra de Proust, Flaubert, Balzac, Rabelais, poetas de hoje  e de ontem, nos modernos como nos antigos”.

                                                         Pedro Nava

Fonte: Viriato Moura / jornalista DRT-RO 1067 - viriatomoura@globo.com
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