Domingo, 1 de julho de 2012 - 21h15
Qualquer nivelamento que se queira fazer em relação aos seres humanos é injusto. Cada pessoa é única. Esse pensamento, propagado por aqueles que se dizem preocupados com o coletivo e com a igualdade está a serviço da estupidez e da nulidade. Tocqueville, no século 19, em seu livro Democracia na América, a maior obra já editada sobre o tema, escreve que a igualdade ama a mediocridade.
De fato, como reitera o polêmico filósofo Luiz Felipe Pondé, em seu excelente Guia Politicamente Incorreto da Filosofia: “Os homens não são iguais – os poucos melhores sempre carregam a humanidade nas costas“.
A clássica imagem mitológica de Atlas com o mundo sobre os ombros se encaixa perfeitamente nesse contexto. Esse papo de alicerçar nesse pensamento a correção das injustiças sociais é mais do que furado. É assertiva tida como politicamente correta, por isso utilizada em abundância nos discursos políticos, posto que tenta expressar ”amor à humanidade”, mas, na verdade, dissemina falsidade e prestigia a letargia, a preguiça e a incompetência.
Há pessoas cujas vidas foram construídas sob a égide da determinação em atingir seus objetivos, da procura incessante pelo conhecimento, da prática do trabalho profícuo, da intensa utilização de sua capacidade intelectual, da busca da excelência. São essas atitudes que catalisam relações produtivas (existenciais, econômicas e políticas) que efetivamente constroem o progresso e o desenvolvimento pessoal e coletivo.
Por outro lado, há outras – infelizmente a esmagadora maioria – , que em preguiçosa atitude expectante nada fazem para merecer conquistas. Apenas levam uma vidinha despretensiosa, devagar quase parando, simplesmente medíocre. Disciplina e esforço não é com elas. Sacrifícios, nem pensar. O que querem mesmo é vida mansa. Verdadeiros estorvos, além de atravancarem o caminho daqueles que lutam por seus nobres objetivos, ainda tentam se locupletar deles sem razões convincentes.
Como podemos ousar igualar pessoas tão diferentes? Sob que propósito que não seja uma sórdida manifestação de falsa bondade? De modo enfático, diga-se logo: a verdadeira bondade anda de mãos dadas com a justiça. Merecem prêmio, aplauso e apoio aqueles que conquistam pelo mérito. Os outros apenas parasitam os circunstantes.
O pior desse pensamento deformado é não perdoar aqueles que realizam, que vencem , que brilham. Em terra de medíocre, quem faz sucesso é vilão – e por isso deve ser punido. Esse tipo de igualdade fantasiada de bondade é um mentira moral nauseante.
Quem vençam os melhores. E os piores, se tiverem brio, que imitem os melhores e também conquistem a vitória. Pode não ser fácil. Porque facilidade não combina com mérito.
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Até que ponto é válido ouvir uma ou mais opiniões de outros médicos quando se quer avaliar a do médico que nos trata? Essa atitude tem resultados pr